Arquivo mensal: dezembro 2008

Quarteto “fantástico”

Quatro nomes estão lançados para a presidência da Câmara de Vereadores de Joinville. Além de Tânia Eberhardt (PMDB), candidata natural para selar a coalização PT-PMDB, o PT andou botando as garras para fora e dizendo que Manoel Francisco Bento (PT) poderá ser o candidato do partido para o cargo.

Ainda pelo bloco “situacionista” está Sandro Silva (PPS), que já declarou que a eleição para Câmara nada tem a ver com ser governo ou não, dando a entender que poderá fazer parcerias com DEM e PSDB. Pela oposição , Odir Nunes (DEM) aparece como candidato mais forte.

A candidatura de Bento revela duas coisas: setores do PT querem o cargo a todo o custo e Marquinhos Fernandes deve mesmo ocupar um cargo no secretariado, provavelmente, educação. Se Tânia vencer, Bento se tornaria facilmente líder do governo Carlito na Câmara.

Sandro Silva pode conseguir a vitória somente se uma parceria com DEM/PSDB acontecer e se Odir abrir mão da presidência, o que poderia dar toda a mesa diretora para a oposição. Essa hipótese é mais remota, pois poderia fazer o PPS perder cargos na administração Carlito.

Quarteto "fantástico"

Quatro nomes estão lançados para a presidência da Câmara de Vereadores de Joinville. Além de Tânia Eberhardt (PMDB), candidata natural para selar a coalização PT-PMDB, o PT andou botando as garras para fora e dizendo que Manoel Francisco Bento (PT) poderá ser o candidato do partido para o cargo.

Ainda pelo bloco “situacionista” está Sandro Silva (PPS), que já declarou que a eleição para Câmara nada tem a ver com ser governo ou não, dando a entender que poderá fazer parcerias com DEM e PSDB. Pela oposição , Odir Nunes (DEM) aparece como candidato mais forte.

A candidatura de Bento revela duas coisas: setores do PT querem o cargo a todo o custo e Marquinhos Fernandes deve mesmo ocupar um cargo no secretariado, provavelmente, educação. Se Tânia vencer, Bento se tornaria facilmente líder do governo Carlito na Câmara.

Sandro Silva pode conseguir a vitória somente se uma parceria com DEM/PSDB acontecer e se Odir abrir mão da presidência, o que poderia dar toda a mesa diretora para a oposição. Essa hipótese é mais remota, pois poderia fazer o PPS perder cargos na administração Carlito.

A volta para casa

28/11/2008

Leonel Camasão

A vista não era nada agradável ao chegar em casa depois de uma semana fora: madeira inchada, paredes tortas, forro apodrecendo. A pequena habitação na esquina das ruas São Lourenço e São João Clímaco, no Jativoca, estava condenada. Lá, vivem a diarista Bernardete Delgado, de 45 anos, a filha, Celma, de 18, e outras seis pessoas. Quase tudo, a começar pela casa, foi perdido.

É a segunda vez que a família Delgado fica sem ter onde morar este ano por conta das chuvas. A primeira vez foi durante as cheias de Janeiro. O lugar onde viviam veio abaixo com a força das águas. Após passar um período na casa de familiares, alugaram, pela bagatela de R$ 100, o casebre onde estavam até o dia 21 de novembro, primeiro dia das cheias. O preço baixo se justifica pelos alagamentos freqüentes, ruas de barro e completa falta de infra-estrutura no Jativoca.

“O meu pensamento é de que vamos lutar para construir uma casinha só nossa. A gente já tem o terreno, onde ficava a outra casa que caiu”, lamenta-se Bernardete. As paredes da nova morada já foram erguidas, mas a falta de dinheiro impediu a conclusão da casa. Para piorar, a família Delgado perdeu oito sacos de cimento, cal, areia e outros materiais que estavam no terreno, por conta da chuva. “A gente espera conseguir ajuda”, conclui.

Os moradores que estavam alojados na Igreja Nossa Senhora da Aparecida começaram a retornar aos seus lares na quarta-feira. Ainda assim, de quinta para sexta-feira, oito famílias dormiram por lá. O local também está centralizando a distribuição de cestas básicas, roupas, calçados, colchões e outros donativos. Durante a tarde, agentes comunitárias de saúde visitaram as casas para dar orientações sobre como prevenir leptospirose e outras doenças.

Na casa de Grasiela Ribeiro, trabalhadora em uma fábrica da cidade, os únicos móveis que serão reaproveitados são uma mesa de cozinha e o fogão. Lá, a água chegou a ficar no nível do umbigo de Grasiela, o suficiente para encobrir por completo o filho dela, Carlos Eduardo de sete anos. Os pais da moça perderam a casa e devem ficar com ela até conseguirem outro lugar para morar. “A casa tá úmida, parece que não presta mais. Vamos tentar construir um segundo andar e usar isso aqui de garagem”, afirmou.

*Texto produzido originalmente para o jornal A Notícia. A versão publicada pelo impresso, com pequenos ajustes, está disponível aqui.