Arquivo da categoria: José Serra

CARTA ABERTA A SOCIEDADE SOBRE AS ELEIÇÕES 2010

Quando o processo eleitoral foi se desenhando e a possibilidade de duas mulheres concorrem a presidência da república do Brasil, todas nós mulheres tínhamos motivos para comemorar.

Mas logo que o cenário se definiu entre os possíveis candidatos e candidatas, uma armadilha se mostrou, o uso da fé e da religião no palco eleitoral e infelizmente, uma mulher foi a protagonista.

Marina Silva entrou para a disputa, usando a sua fé, a fé d@s eleitores e se mostrando contraproducente a sua história, de quem veio da floresta, de quem luta por um mundo sustentável, por um mundo melhor e por uma cultura de paz.

E aí, nos questionamos nesse mundo cabe homofobia, machismo e sexismo? Senão cabe, porque usar @ eleit@r como escudo para decidir sobre assuntos de direitos humanos, por que tanta covardia?

Enfim, o segundo turno veio e com ele, veio o aborto. Nos perguntamos, se fossem dois homens disputando o segundo turno, o aborto seria relevante? Ao se aproximar o dia 31 de outubro, o fundamentalismo avança e agora, os direitos civis de LGBT também estão em negociação. Que país é esse que negocia direitos humanos por fé?

Nós do coletivo de mulheres feministas da ABGLT condenamos o uso da fé no processo eleitoral, o uso do aborto para desqualificar as mulheres e o uso da homofobia que mata todos os dias lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Nós do coletivo de mulheres feministas da ABGLT condenamos aqueles e aquelas que não tem coragem de transformar o Brasil num país de todas e todos, num país onde mulheres não precisam mais ser assassinadas pelo machismo, onde mulheres não precisem viver a heterossexualidade compulsória e onde as mulheres possam ocupar os distintos espaços nas mesmas condições que os homens.

Por uma sociedade justa, sem machismo, sem sexismo e sem homofobia!

Coletivo de Mulheres Feministas da ABGLT

A Globo e o lançamento das candidaturas de Dilma, Marina e Serra

Fonte: Jornalismo B

15 junho 2010

Como já foi comentado em outro post aqui do Jornalismo B, parte da imprensa dita independente tem tido rompantes de cegueira pré-eleitoral, deixando a simpatia por um partido – no caso o PT – fechar olhos, tapar ouvidos e silenciar bocas e mãos. No fim da última semana tivemos uma amostra clara dessa tendência, mas no sentido inverso. Na ânsia de criticar a grande imprensa, alguns blogueiros e twitteiros erraram a mão, se precipitaram, e não se preocuparam em admitir o erro depois.

No último sábado (12/06), o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, lançou sua candidatura oficialmente. O Jornal Nacional, em uma cobertura de quase cinco minutos, retomou sua trajetória política, mostrou o clima que antecedeu o evento de lançamento, apresentou algumas das propostas apresentadas, e deu espaço para falas dos principais apoiadores e do próprio candidato.

Então começou a gritaria, acusando o Jornal Nacional de dar muito mais espaço a Serra do que a Dilma Rousseff (candidata do PT), de defender a candidatura tucana de forma descarada, de desrespeitar deus e o mundo. Pois bem, gritaria em vão, gritaria no vazio. Não se preocuparam em raciocinar, partiram da ideia de que a Globo é tucana e pronto, então tudo é manipulação. Este post não é uma defesa da Globo ou do Jornal Nacional, fique claro. Se você, amigo leitor, não acredita, leia outros posts deste blog e verás que esse tipo de inocência não existe aqui.

O caso é que essa é a cobertura padrão da TV Globo para o lançamento das candidaturas do três candidatos considerados por ela os principais. Dois dias antes, na quinta-feira, o lançamento de Marina Silva (PV) recebera exatamente a mesma abordagem, e o mesmo tempo. E, no dia seguinte, o domingo em que foi oficializada a candidatura de Dilma, o Fantástico também fez rigorosamente o mesmo tipo de cobertura. Mesmos aspectos abordados, mesmo tempo de reportagem.

O Jornalismo B é o primeiro a levantar a bandeira da crítica de imprensa, da vigilância constante da mídia, do questionamento implacável. Mas questionamento não é picuinha, implicância, nem defesa partidária cega. Agindo e criticando sem pensar, a imprensa dita independente torna-se dependente, e causa mais três problemas básicos: reproduz tudo o que critica na grande imprensa – não checar os fatos, criticar por criticar, defender um partido com argumentos falsamente desinteressados, manipular –; prejudica a sociedade ao apresentar fatos irreais como reais; e prejudica os outros veículos e comunicadores independentes, ao enfraquecer, em argumentos defeituosos, a causa que afirmam defender.

O Jornalismo B já errou e volta e meia erra alguma análise, isso pode acontecer a qualquer veículo, a qualquer comunicador. Mas buscar seriamente não errar e, caso isso aconteça, reconhecer o erro, é pressuposto para qualquer um que pretenda trabalhar de forma ética e comprometida com a sociedade. Cuidado com o que você produz, e cuidado com o que você lê.

Postado por Alexandre Haubrich

Super-jornalismo da Folha

A Folha de São Paulo fez uma matéria realmente “incrível” sobre o lançamento oficial de José Serra a presidência da república. A manchete diz “Governo tem esquadrão de militantes, diz Serra”. No texto, serra acusa o governo de “montar um esquadrão de militantes pagos com dinheiro público”.

E mais lá no fim do texto, em uma linha e sem destaque: “A reportagem apurou que muitos militantes receberam R$ 35 para ir à convenção [ de Serra]”.

Não entendeu? de novo. O que o repórter apurou é: Serra paga R$ 35 para “militantes” irem à convenção. E a manchete é Serra acusando o governo de “montar um esquadrão de militantes pagos com dinheiro público”, sem nenhuma prova ou evidência.

Leia aqui.

Os absurdos conceituais na campanha para presidente

Por Bruno Lima Rocha*

Tenho a impressão que com este texto, serei contestado pelas equipes de campanha de todos os candidatos a presidente, incluindo os próprios. Se este for o preço da honestidade intelectual, sai até barato. O problema está na definição conceitual de esquerda e de terrorismo. Vejo com profundo pesar (os termos são outros, mas aqui não cabem) a taxação de terrorista que circula abundantemente pela internet, visando os 44 milhões de usuários-eleitores da rede. O termo, associado à economista Dilma Vana Roussef, é no mínimo uma injustiça histórica. E os absurdos não param por aí.

Comecemos pelo pensamento de esquerda para depois chegarmos ao terrorismo. Ser ou não adepto dessas matrizes de pensamento implica em, no mínimo, fazer a crítica do capitalismo tanto no modo de produção como no marco civilizatório. Não é e nem nunca foi possível afirmar essa posição no singular. Existem esquerdas. Estas podem ser de base estatista ou federalista, parlamentares ou rupturistas, centralizadoras ou democráticas. Dentre estas posições demarcadas há matizes, e para cada nova causa legitimada através de luta e embates, briga-se para constituir as bandeiras em direitos coletivos.

No meu ponto de vista, Dilma Roussef (PT) não é nada disso. Mesmo que não o diga, é uma keynesiana nacionalista, optando pelo desenvolvimento brasileiro ao custo do pacto de classes e do fortalecimento dos grandes grupos econômicos do Brasil. Daí vem tanto os números positivos do governo (irrefutáveis), como o enorme volume de fusões corporativas, o aumento do peso do Estado na organização social brasileira e as contestadas obras infra-estruturais, a exemplo da Usina Belo Monte. Outro economista, José Serra (PSDB), já foi adepto desta via embora já a abandonara, estando hoje mais à direita. Marina Silva (PV), mesmo sendo defensora da inclusão, sustentabilidade ecológica e diversidade cultural, neste sentido, tampouco é de esquerda. Da matriz de pensamento socialista concorrendo para o cargo de presidente, temos apenas outro pós-graduado em economia, o promotor público aposentado Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Plínio, longe de ser um revolucionário, é partidário do acionar reformista e reivindicativo.

Passemos para o “terrorismo” e as acusações apócrifas contra a ministra de Lula. O terror implica em atentados contra alvos não determinados. A Bomba no Riocentro seria um ato terrorista, assim como o inconcluso ataque contra o Gasômetro no Rio de Janeiro. Nenhuma organização guerrilheira operou dessa forma. O único terror praticado no Brasil foi o de Estado. Dilma não é nem foi terrorista, e sim guerrilheira. Lutou contra a ditadura de forma conseqüente. Ela se portou muito bem quando caiu presa, sobrevivendo nas masmorras da Operação Bandeirantes sem entregar ninguém. José Serra era dirigente estudantil e terminou exilando-se. O mesmo exílio atravessou a trajetória de Plínio de Arruda Sampaio. Já Marina Silva se forjou na política pela militância social acreana, durante o canto de cisne do período ditatorial. Pena que os respectivos campos de alianças dos três primeiros colocados nas pesquisas não respeitam suas trajetórias.

Podemos chegar a duas conclusões. Estes quatro candidatos à presidência, com distintos níveis de risco e compromisso, tiveram uma conduta correta diante do regime de exceção. E, para alegria dos herdeiros da ARENA e das viúvas da ditadura, do jeito que vai a campanha, ninguém mais se lembrará disso no fim de outubro.

Bruno Lima Rocha é cientista político (www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@via-rs.net)

Pesquisa RIC-Record/Brasmarket inclui Heloísa, Ciro e Requião em pesquisa estimulada

A pesquisa contratada pela Ric-Record ao instituto Brasmarket traz três nomes estranhos ao quadro nacional que se desenha na atual conjuntura. Na pesquisa para presidente da república, a BRasmarket colocou na pesquisa estimulada (onde os nomes dos candidatos aparecem para o entrevistado) nada mais nada menos do que Heloísa Helena (PSOL), Roberto Requião (PMDB) e Ciro Gomes (PSB).

Vale lembrar que já estamos em maio. No PSOL, já foi definido que o candidato a presidente será Plínio de Arruda Sampaio, conforme noticiado amplamente pelos jornais, inclusive aí, o Jornal Nacional.

Quanto a Requião, o ex-governador do Paraná parece ter desistido de ser candidato a presidente, já que há meses não há nenhuma movimentação. E Ciro Gomes (PSB) teve a candidatura retirada pelo seu partido na semana passada.
Portanto, não faz sentido que os três nomes figurem na pesquisa estimulada. A inserção dos três nomes, que juntos totalizam 12% das intenções de voto, serve apenas para não dar o quadro real da escolha do eleitorado catarinense.

O correto seria a apresentação de nomes que correspondem com a realidade dos fatos até agora: José Serra (PSDB), Dilma Roussef (PT), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), José Maria de Almeida (PSTU), entre outros que porventura já tenham obtido aval de seus partidos para concorrer ao Palácio do Planalto.

Siga os pré-candidatos a presidente e a governador de SC no twitter

O twitter realmente virou uma mega-ferramenta para receber informações relevantes.Por isso mesmo, o blog resolveu listar abaixo as contas dos pré-candidatos a presidência da república e também ao governo do estado de Santa Catarina.

Pré-candidatos a presidente

Dilma Roussef – @dilmabr
José Maria de Almeida (Zé Maria) – @zemaria_pstu
José Serra – @joseserra_
Marina Silva – @silva_marina
Plínio de Arruda Sampaio – @pliniodearruda

Pré-candidatos a governador de SC

Angela Amin – @angelaamin
Eduardo Pinho Moreira @eduardopmoreira
Ideli Salvatti – @idelisalvatti
Leonel Pavan @LeonelPavan
Raimundo Colombo – @RaimundoColombo

Band/Vox Populi: Serra despenca, Ciro e Marina caem e Dilma sobe 9 pontos

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Os cenários de 2010 começam a melhorar para a pré-candidatura governista ao Palácio do Planalto. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), teve queda de 5 pontos percentuais em relação ao último levantamento, mas ainda lidera com 34% das intenções de voto.

Já Dilma Roussef (PT) foi a única candidata que subiu nas pesquisas. E subiu bem: 9 pontos em pouco mais de um mês, marcando 27% das intenções de voto.

Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) também caíram: ele, despencou como Serra e perdeu seis pontos. Ela, dois. O deputado federal somou 11%, e a senadora ficou com 6%.

O Vox Populi – assim como outros institutos – continuam a ignorar solenemente as pré-candidaturas do PSOL, PSTU e PMDB. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) lançou sua pré-candidatura em agosto do ano passado. Zé Maria (PSTU) e Roberto Requião (PMDB) no fim do ano, mas mesmo assim, seus nomes não são testados nas pesquisas.

Acompanhem no gráfico abaixo

As dúvidas e as razões de Serra candidato

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Governador de São Paulo tem mais a perder que os demais presidenciáveis

José Roberto de Toledo, do estadao.com.br

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SÃO PAULO – O eleitor pode se perguntar: por que José Serra (PSDB), líder absoluto em todas as pesquisas, reluta tanto em se lançar candidato a presidente? O governador tem bons motivos para ser cauteloso: tem mais a perder do que os demais presidenciáveis, tem dificuldade para encontrar um mote de campanha e conhece a história.

Serra sabe que intenção de voto a esta altura do campeonato não é garantia de voto na urna em 2010. Muito saíram e chegaram na frente. Mas a história eleitoral brasileira está plena de exemplos de candidatos que largaram em primeiro lugar e nem apareceram na foto da chegada.

O fantasma de 1994

Em 1994, Lula (PT) manteve larga margem sobre Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por meses. Em junho, batia o ex-ministro da Fazenda por 41% a 19% (Datafolha) -vantagem bem semelhante à atual, de Serra sobre Dilma. Aí veio o Plano Real, a inflação foi controlada, a popularidade do governo aumentou e FH foi subindo com ela, a cada semana: 21%, 29%, 36%, 45%. Terminou eleito no 1º turno. Lula acabou com metade dos votos do adversário.

Mesmo havendo diferenças, a começar da presença de Lula, o cenário da primeira eleição de FH é o mais próximo do pleito do próximo ano. Trata-se da única outra disputa eleitoral desde a redemocratização travada por um candidato situacionista que não era o próprio presidente mas que defendia um governo com popularidade.

Em 1989, diante da hiperinflação do governo Sarney, todos os candidatos fortes eram de oposição. Em 1998, o governo era bem aceito, mas o candidato da situação era o próprio presidente. Em 2002, a popularidade do governo estava em baixa, e deu oposição. Em 2006, o presidente foi reeleito graças à sua alta aprovação.

São Paulo na mão, Brasília voando

Se a disputa presidencial é incerta, uma candidatura à reeleição como governador de São Paulo parece muito mais factível para Serra. O PT nunca conquistou o governo paulista e ainda não tem nomes fortes. Paulo Maluf não é mais uma ameaça. O PMDB, se lançar candidato, estará rachado. E o tucano desfruta de 57% de aprovação de seu governo (Datafolha, agosto), a maior desde a posse.

Pelos mesmos motivos que Serra seria favorito se fosse candidato à reeleição, Geraldo Alckmin será favorito se conseguir a legenda do PSDB. Segundo o Ibope, o ex-governador tem entre 42% e 51% das intenções de voto estimuladas, um reflexo da presença de seu nome na memória do eleitorado. O problema de Serra é que se ele for candidato a presidente e perder, e, ao mesmo tempo, o rival Alckmin vencer em São Paulo, seu espaço político estará bloqueado, e suas chances de voltar a disputar a Presidência ou o governo paulista serão quase nulas.

Por outro lado, se passar essa e tentar disputar em 2014, Serra corre o risco de ter que voltar a enfrentar Lula nas urnas. E justamente no ano da Copa no Brasil, uma Copa que, para fins eleitorais, Lula tentará faturar como obra sua.

Sem fala

Para completar, Serra tem dificuldades de encaixar um discurso de campanha com potencial de balizar o debate eleitoral. Como é visto como principal liderança da oposição, não pode dizer apenas que vai continuar o que Lula está fazendo e melhorar. Se não é para mudar, melhor votar no candidato da situação, pensará o eleitor. É preciso encontrar algo que a maioria do eleitorado queira muito, e que ele tenha mais chances de realizar do que o PT.

Enquanto espera para ver se a popularidade do governo cai, Serra testa o discurso de campanha em programas de rádio e TV. O problema é que, com previsões de crescimento de 6% do PIB em 2010, nem apagão nem mensalão nem menino do MEP têm sido capazes de derrubar a popularidade de Lula e, por tabela, solapar as chances do candidato do governo. Por isso, o governador procrastina enquanto pode. Ganha tempo para acumular mais dados e melhor avaliar suas chances. É a decisão mais importante da carreira de Serra.

Em um ano, Serra despenca quase 15%, segundo CNT/Sensus

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Leonel Camasão

O principal nome da oposição para a sucessão de Lula, o governador paulista José Serra (PSDB), teve queda de 14,7% nas intenções de voto entre Dezembro de 2008 e novembro de 2009, segundo levantamento do CNT/Census.

Enquanto isso, a candidata da coalizão governista, Dilma Roussef (PT), subiu 11,3% no mesmo período.

No intervalo de um ano, a pesquisa retirou o nome de Heloísa Helena (PSOL), que aparecia em dezembro com 11%, e substituiu por Marina Silva (PV), que agora aparece com 5,9%.

Ciro Gomes (PSB), que não aparecia nos mesmos cenários com Dilma em dezembro, marca 17,5%.

Reportagem da Revista Piauí de outubro revela que Serra só deverá assumir a candidatura se for para ganhar. Com a tendência de queda, é possível que Aécio Neves (PSDB) assuma a campanha, contando, inclusive, com o apoio de Ciro Gomes.

Caso isso ocorra, é possível uma coligação maior em torno do candidato do PSDB, incluindo DEM, PSB e PPS, entre outros. Apesar de Aécio não aparecer bem nas pesquisas, com Aécio um número maior de partidos poderá participar da coligação. E esse é o medo do governo.

Sem Heloísa, Ciro sobe e deixa Dilma em terceiro

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Última pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira, mostra a evolução do cenário para as eleições 2010. Particularmente, dos principais institutos de pesquisa eleitoral do Brasil, o que menos confio é o Ibope. Entretanto, apenas este instituto analisou as intenções de voto para presidente nos dois cenários mais prováveis: José Serra (PSDB), Dilma Roussef (PT), Ciro Gomes (PSB), Marina Silva (PV) com Heloísa ou sem Heloísa Helena (PSOL).

Apesar da torcida da imprensa nacional em boicotar Heloísa para transferir votos para Marina Silva, a pesquisa do Ibope mostra que o maior beneficiado pela retirada da socialista da disputa é Ciro Gomes.

No cenário com as cinco candidaturas, Serra lidera com 34%, seguido de Dilma e Ciro cravados com 14% cada. Heloísa aparece com 8% e Marina, com 6%.

Sem HH, Ciro recebe três dos oito pontos de Heloísa, seguido por Marina, que recebe dois. Dilma, Serra e Nulos aumentam em um ponto. Agora, com a subida de Ciro, a tática da imprensa é dizer que Dilma é um balão furado.

Não é de hoje que HH assumiu que prefere dar continuidade a um projeto pessoal (se eleger senadora) do que ajudar a construir o PSOL Brasil afora. Esta inclinação também ocorre porque o grupo político de Heloísa é, hoje, minoria dentro do partido (cerca de 40%). Sem sua presença como candidata a presidente, a eleição de parlamentares nos estados e para a Câmara fica prejudicada, dando possibilidade para ela retomar o controle do partido por ser sua única expressão nacional.

Veja os números do Ibope

Cenário 1
José Serra – 34%
Dilma Rousseff – 14%
Ciro Gomes – 14%
Heloísa Helena – 8%
Marina Silva – 6%
Brancos e Nulos – 13%
Não sabem – 10%

Cenário 2
José Serra – 35%
Ciro Gomes – 17%
Dilma Rousseff – 15%
Marina Silva – 8%
Brancos e Nulos – 14%
Não sabem – 10%