Arquivo mensal: dezembro 2010

R$ 2,55 e R$ 2,90 pelo direito de ir e vir em Joinville

O prefeito Carlito Merss (PT) anunciou na manhã desta quarta-feira, 29 de dezembro, os novos valores das tarifas do transporte coletivo de Joinville. A partir da zero hora do dia 5 de Janeiro, as passagens vão custar R$ 2,55 (antecipada) e R$ 2,90 (embarcada). Percentualmente, é um aumento de 10,87% na tarifa antecipada e de 7,4% na embarcada.
O aumento nas tarifas afeta principalmente a parcela mais pobre da população – trabalhadores informais, moradores das periferias afastadas do Centro e desempregados – além dos estudantes de ensino fundametal, médio e universitário.
Ele foi dado utilizando uma velha tática das empresas de ônibus: pedem um reajuste inescrupulosamente alto para que a prefeitura dê um valor menor. Nesse ano, Gidion e Transtusa queriam uma tarifa de R$ 2,88, ou ainda, 25% de aumento. Carlito também anunciou o aumento no pagar das luzes, temeroso do desgaste político que poderá sofrer, como ocorrido em 2009. O temor tem fundamento, afinal, seu Plano de Governo prevê justamente o barateamento das tarifas, mostrando, mais uma vez, a promessa de campanha quebrada.
Além disso, janeiro é um mês estratégico para um aumento nas tarifas, pois dificulta a mobilização dos estudantes contra o aumento. Mesmo assim, a mobilização contra o aumento das tarifas já foi iniciada. A Frente de Luta pelo Transporte Público – composta pelo Movimento Passe Livre, militantes do PSOL, além de outras organizações – já iniciou panfletagens no terminal central e marcou um ato para o dia 6 de janeiro.
O ato ocorrerá na Praça da Bandeira, às 18 horas.

Censo IBGE 2010: O colapso da descentralização de LHS

Afrânio Boppré
Leonel Camasão
Uma análise preliminar dos dados recém lançados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[1] nos revela informações surpreendentes. Inicialmente, comparando os Censos de 2000 e 2010, a variação total da população brasileira foi de 1,17%. Em números absolutos, éramos 169.799.170 de habitantes no ano 2000. Já em 2010, somos 190.732.694.
Em Santa Catarina, tivemos uma flutuação maior, na ordem de 1,55%. Nosso estado é o que mais cresceu na região Sul, pois sua população no ano de 2000 era de 5.356.360 e, em 2010, representa 6.249.682. No ranking nacional, SC é o 11° estado com maior crescimento populacional. Dos 10 estados que despontaram mais do que SC, estão seis dos sete estados do Norte e todo o Centro Oeste.
Santa Catarina destoa do Sul do Brasil. Seu crescimento é três vezes superior ao crescimento populacional do Rio Grande do Sul no período comparado. Apesar do alto crescimento populacional, exatos 100 municípios catarinenses – ou 34,13% do total – encolheram.
O fenômeno produziu um efeito que variou de -20,19% em Presidente Castello Branco, enquanto Monte Castelo apontou uma diminuta redução na ordem de -0,02%. Esse efeito atingiu principalmente o Extremo Oeste, o Meio Oeste e o Planalto Serrano.
Em contrapartida, ocorreu um acentuado processo de “litoralização”, na medida em que os 30 municípios[2] litorâneos catarinenses obtiveram aumento populacional de 26,02%. Itapema lidera o crescimento no estado, com 77,10% de variação, uma verdadeira explosão populacional. Já Araquari, no norte do Estado, é o município de menor crescimento entre os municípios do litoral, com apenas 4,94%. O adensamento populacional no litoral catarinense obteve um incremento na ordem de 459.188 pessoas, maior do que a população florianopolitana.
Os dados do IBGE revelam aquilo que já vínhamos anunciando: o modelo de administração por meio das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) é pífio e mera retórica eleitoreira, além de incapaz de conquistar os objetivos prometidos. Desenvolvimento harmônico, deslitoralização, descentralização, regionalização, são palavras de um discurso político que, ao final de oito anos de governo, não tiveram efeito prático. Em mensagem ao legislativo, LHS afirmou: “O objetivo tem sido o de distribuir o desenvolvimento por toda Santa Catarina, recuperando o modelo de crescimento harmônico que tornou equilibrada nossa economia durante as sete primeiras décadas do século passado” [3]. Os dados do IBGE mostram que isso não é real.
O novo governador Raimundo Colombo (DEM), antes crítico ao modelo de descentralização de LHS, certamente perderá uma boa oportunidade de corrigir esse monstrengo burocrático que em muito se confunde com máquinas eleitorais do PMDB. Prova inconteste é o fato de o governador Colombo ter reservado a nomeação das SDRs para o período pós eleições da mesa diretora da Assembleia Legislativa (Alesc): é óbvio, as SDRs são cabides politiqueiros da fisiológica base parlamentar da “polialiança”.
Afrânio Boppré é professor, economista, doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente do PSOL Santa Catarina
Leonel Camasão é jornalista, assessor sindical e Secretário Geral do PSOL Santa Catarina
[1] Dados Preliminares divulgados pelo IBGE. Disponíveis no site http://www.censo2010.ibge.gov.br/resultados_do_censo2010.php
[2] Araquari, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Barra do Sul, Balneário Camboriú, Balneário Gaivota, Balneário Piçarras, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Içara, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Paulo Lopes, Penha, Porto Belo, São Francisco do Sul, São José e Tijucas.
[3] Luiz Henrique da Silveira, 14 de fevereiro de 2005, Mensagem do governador de Santa Catarina à Assembleia Legislativa.

Gol contra da Folha

A Folha de S. Paulo (SP) esquece a ética e o senso de Justiça e interpreta os fatos em causa própria – sem pensar no que é melhor para o cidadão.
A manchete de hoje é um gol contra na lógica de um país democrático.
Se o Governo Federal ampliou de 499 para 8.094 o número de veículos que recebem publicidade oficial isso deve ser comemorado – e não demonizado.
Mas é que, com isso, a fatia da Folha ficou menor. E se ficou menor, o jornal da família Frias reclama. Em manchete. Como já fez com um editorial de capa, há dois anos.
Gol contra. O interesse do jornal falou mais alto que o do leitor. Assim começam as crises de uma empresa de comunicação.
Fonte: Mídia Mundo

Aumento da tarifa de ônibus sai hoje

Decisão deve ser anunciada após reunião entre Carlito e Ariel Pizolatti
O reajuste da passagem de ônibus em Joinville está marcado para sair hoje. A nova tarifa custará entre R$ 2,55 a R$ 2,65 e será decidida em reunião às 10 horas entre o secretário de Infraestrutura, Ariel Pizolatti (PP), e o prefeito Carlito Merss (PT).
Os representantes das empresa Gidion e Transtusa não vão participar da discussão. Depois do novo valor ser definido, eles serão comunicados do reajuste.
No começo de novembro, as concessionárias do transporte coletivo protocolaram um pedido de aumento de 25,2% ou R$ 0,58 centavos a mais sobre a passagem, que custa R$ 2,30 (antecipada). Os técnicos da Seinfra analisaram a planilha de gastos do sistema e chegaram ao valor de R$ 2,85. Mas na avaliação de integrantes do governo, o aumento de R$ 0,55 é incompatível com a realidade e iria gerar muito desgaste político. Por isso, ficou definido que o aumento ficará em, no máximo, R$ 2,65.
Do outro lado, a Prefeitura considera que terá de dar, no mínimo, R$ 0,25 para não inviabilizar o sistema, o que elevaria o custo da passagem para pelo menos R$ 2,55. Na semana passada, por meio do Twitter, a administração afirmou que irá conceder reajuste na tarifa do transporte coletivo. Junto com o aumento, o Executivo também vai definir em qual dia de janeiro a nova tarifa passará a valer. “Salvo se houver algum fato novo e que cause grande mudança de perspectiva sob o nosso olhar da tarifa, amanhã (hoje) iremos anunciar o reajuste do passe de ônibus”, comunica Ariel Pizolatti.
O governo deu o último reajuste há 20 meses. Na época, a Prefeitura concedeu 12,2%, embora as empresas tenham pedido um reajuste de 17%. Este ano, em maio, as empresas pediram 15,2%. O prefeito negou o aumento. Alegou, na época, que era necessário criar uma data fixa para discussão de reajuste – sempre em janeiro.
Fonte: AN

Neste Natal, Prefeitura de Joinville anuncia aumento de até 15% na tarifa de ônibus

O prefeito Carlito Merss (PT) deve anunciar na próxima terça-feira, logo depois do feriado de Natal, um aumento de até 15% nas tarifas do transporte coletivo de Joinville. Este será o segundo aumento anunciado em dois anos de gestão petista. O primeiro ocorreu em 2009, de 12,2%. O segundo aumento passa a valer apenas em janeiro de 2011.Com a porcentagem, o preço da tarifa deverá ser de até R$ 2,65.
O anúncio é, mais uma vez, um “presente de grego” para a população joinvilense. As argumentações da Prefeitura para justificar o aumento serão as mesmas de seu antecessor Marco Tebaldi (PSDB), a saber, reajuste menor do que o solicitado pelas empresas, tempo sem aumento nas tarifas, viabilidade econômica do sistema, etc.
Promessa quebrada, de novo
O plano de governo do então candidato petista nas eleições 2008 prometia, textualmente, o “barateamento das tarifas”. A informação está transcrita nas páginas 25 e 26 do “Plano 13”. Você pode conferir o Plano 13 clicando aqui.

A esquerda do PT contra a parede

As novas movimentações do Partido dos Trabalhadores (PT) em Santa Catarina tem encurralado cada vez mais as poucas tendências e/ou figuras de esquerda que sobraram no partido. Os vereadores Antônio Batistti, de São José, e Adilson Mariano, de Joinville, são os protagonistas dessa crise, acompanhados pelo ex-vereador Nildomar Freire, o Nildão, em Florianópolis. As alianças executadas pelo PT nessas três cidades e as recentes disputas nas Câmaras de Vereadores levam a mais uma das incontáveis “crises ideológicas” às quais esses companheiros são submetidos.
Em São José, três chapas disputavam a presidência da Câmara. Batistti se candidatou – para marcar posição – contra uma candidata do PSDB, apoiada pelo prefeito Djalma Berger (PSB), e contra a oposição, capitaneada pelo PMDB. A votação foi secreta, mas Batistti acabou sendo “o candidato do prefeito”, a qual ele faz tremenda oposição, e recebeu votos da tucanada josefense. Não foi eleito por uma diferença de um voto.
Para piorar o quadro, em recente entrevista, Djalma declarou que desejaria Batistti como seu líder de governo na Câmara. Único vereador do partido na cidade, Batistti é contra as decisões tomadas pelo PT em São José, principalmente agora, que o partido está embarcando na base de apoio de Djalma. Fala-se, inclusive, que Círio Vandresen (PT) será secretário no governo de Djalma Berger.
Em Joinville, o PT comanda a prefeitura, mas tem minoria na Câmara. O partido costurou um acordo com O PSDB, rompido na véspera para apoiar seu principal opositor, Odir Nunes (DEM), eleito presidente do legislativo. Adilson Mariano também era candidato, mas teve apenas o seu voto dos quatro da bancada do PT.
O PT também deverá embarcar no governo Dário Berger (PMDB), em Florianópolis. O vereador Márcio de Souza (PT) está cotado para assumir alguma secretaria. Souza foi o principal aliado petista de Dário na capital, mesmo contra as decisões partidárias. Sua expulsão foi cogitada por alas do partido, que estão descontentes com a manobra.
O fato é que os grupos mais à esquerda do PT estão cada vez mais contra a parede. Em contradição profunda com o partido a qual pertencem, se vêem obrigados a dar cada vez mais explicações e justificativas que não colam. Insistem na “disputa interna”, sabendo que esta é uma batalha perdida há muito tempo.

Tarifa do ônibus em Joinville deve aumentar pelo menos R$ 0,25

Novo preço da passagem deve ser anunciado pelo governo municipal antes do fim do ano
João Kamradt | joao.kamradt@an.com.br
Até quarta-feira que vem, a Prefeitura de Joinville define o aumento da tarifa da passagem de ônibus, que deve ficar entre R$ 2,55 a R$ 2,85. O reajuste será de pelo menos R$ 0,25.
Na proposta enviada pela Gidion e Transtusa há duas semanas, foi pedido aumento de 25,2%. Seriam R$ 0,58 sobre a passagem, que hoje custa R$ 2,30 (valor antecipado). O assunto deve ser discutido em reunião entre esta quarta e quinta-feira.
Semana passada, pelo Twitter, a Prefeitura confirmou que irá conceder o reajuste. Quando anunciar o aumento, será determinado quando o novo valor entra em vigor, em janeiro.
Desde que Gidion e Transtusa oficializaram a proposta, os técnicos da Secretária de Infraestrutura estão estudando as planilhas. Concluíram que o custo da passagem não pode ultrapassar R$ 2,85. Uma diferença de três centavos em relação ao pedido das empresas (R$ 2,88).
O último reajuste foi há 20 meses. Na época, as empresas haviam pedido um reajuste de 17%, mas levaram 12,2%. Ainda não houve aumento em 2010. Em maio, foi pedido 15,2% de reajuste. Alegando que queria criar uma data fixa para discussão de reajuste, sempre em janeiro, o prefeito Carlito Merss (PT) barrou a proposta.
Naquela época, o Executivo acenava com uma tarifa de R$ 2,55, valor que agora é o mínimo considerado pela Prefeitura.
— Vamos buscar um meio termo entre o equilíbrio econômico e o custo-benefício. Mas sabemos que qualquer aumento irá gerar críticas —, fala o secretário Ariel Pizzolatti.
Outra justificativa para não dar o aumento no início de 2010 era de que, até dezembro, o governo municipal apresentaria uma nova planilha de custos do sistema, o que não ocorreu. Como a Prefeitura de Joinville não deu reajuste, Gidion e Transtusa diminuíram o índice de renovação da frota em 2010.
Dos cerca de 330 ônibus, apenas 3% foram renovados em 2010. Historicamente, o investimento na renovação fica em torno de 9%. Com o reajuste, as empresas prometem voltar a investir em ônibus novos e modernos.
A reportagem de “AN” não localizou o empresário Moacir Bogo para falar sobre o assunto.

Deputada Juliana Brizola poderá ingressar no PSOL no Rio Grande do Sul

Juliana Brizola (PDT, à esquerda) com os vereadores Fernanda
Melchionna (PSOL) e Pedro Ruas (PSOL), discutindo CPI para
investigar prefeitura de Porto Alegre


A vereadora e deputada estadual eleita Juliana Brizola (PDT-RS), neta do ex-governador Leonel Brizola, poderá desembarcar da sigla fundada pelo avô e ingressar no PSOL. É o que conta reportagem de hoje no jornal Zero Hora. A matéria, assinada por Paulo Germano, retrata as tensões entre Juliana e a cúpula do partido, que ocorreriam desde 2004.
De acordo com a matéria, Juliana Brizola é “um peixe fora d’água” na própria sigla” Diz a matéria
“As afrontas de Juliana já renderam chacoalhões diversos no PDT: desde 2004, ano da morte do avô, ela enfileirou protestos contra a cúpula (…) Agora em dezembro, bateu de frente com o governo municipal de Porto Alegre – comandado pelo colega pedetista José Fortunati – ao se aliar à oposição para defender a abertura de uma CPI”.
Não seria a primeira vez que um quadro de esquerda do PDT gaúcho rompe com a sigla em direção ao PSOL. Em 2005, o próprio Pedro Ruas, então no PDT, saiu do partido rumo ao PSOL.Em 2008, Ruas foi o segundo vereador mais votado de Porto Alegre.
A deputada eleita chegou a fazer uma conversa informal com o presidente do TRE-RS, acompanhada do vereador Pedro Ruas (PSOL) e do presidente do PSOL no RS, Roberto Robaina. A questão tratada seria de como trocar de partido sem perder o mandato, tendo em vista a fidelidade partidária. De acordo com a Lei, a mudança de partido só poderá ser realizada em casos de perseguição política ou caso o partido esteja atuando em desacordo com o seu programa. Ambas situações conferem no caso de Juliana, já que faz tempo que o PDT abandonou a bandeira do socialismo democrático.
Saiba mais

Panfletagem contra o aumento de ônibus nesta quarta e quinta em Joinville

Na Quarta (22) e quinta (23), a partir das 18 horas, a Frente de Luta Pelo Transporte Público se concentrará na praça da bandeira para panfletar contra o aumento das passagens.

Além de alertar a população das manobras das empresas de ônibus junto com a prefeitura, estaremos convocando um ato contra o aumento no dia 06 de Janeiro de 2011.

Quem quiser ajudar a Frente na panlfetagem, é só aparecer!



(Panfleto)

Imprima o panlfeto e distribua em seu bairro e trabalho. (Download do panleto para impressão)