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PT no divã

Por Upiara Boschi*
Da senadora Ideli Salvatti (PT), terceira colocada na disputa pelo governo estadual, aos vereadores petistas do interior do Estado, uma avaliação sobre eleições de outubro é unânime: o partido subestimou a capacidade de reagrupamento da tríplice aliança. Esse foi um dos principais pontos da reunião ampliada do diretório estadual do PT, realizada no sábado na Assembleia Legislativa dois meses depois do primeiro turno.
Fora das unanimidades, foram muitos os pontos levantados pelas lideranças petistas no auditório Antonieta de Barros. Mesmo a passagem do tempo e a necessidade de mostrar unidade para emplacar nomes nos cargos federais não impediram os petistas de colocarem muitos dedos em suas próprias feridas.
Erros na comunicação, simbolizados na figura do Louro Zezé, o personalismo de uma campanha praticamente toda voltada a falar de ações do governo Lula, a desvinculação das estratégias das candidaturas de Ideli Salvatti ao governo e de Cláudio Vignatti ao Senado, o privilégio de interesses pessoais na formação das chapas proporcionais, a baixa votação em Joinville, cidade do prefeito Carlito Merss (PT), e até o conservadorismo do eleitorado catarinense. Tudo isso e mais um pouco foi citado no encontro, na prometida lavagem de roupa suja do partido.
Entre possíveis motivos para a derrota, um não foi sequer citado: a falta de acordo para coligar com o PP de Angela Amin, segunda colocada na disputa.
Para Ideli, a vitória de Raimundo Colombo (DEM) em primeiro turno surpreendeu até mesmo a tríplice aliança. Ela avalia que petistas e pepistas apostaram em defecções do PMDB e do PSDB que acabaram não acontecendo. Essa aposta inviabilizava um palanque único.
Olhando para a frente, o PT tem a complicada missão de manter a unidade visando as eleições de 2012. Na Assembleia, será praticamente a única voz de oposição ao governo Colombo – que já conta com a simpatia declarada do PP. Com sete deputados, mais Angela Albino (PCdoB) e Sargento Soares (PDT), a oposição terá que gritar muito para ser percebida. Alguns temas da agenda do futuro governo, como a ideia de repassar o controle de hospitais públicos para organizações sociais, já estão sendo monitorados.
Sem eleger a governadora e perdendo a vaga no Senado, o PT catarinense sai menor de uma eleição em que apostou tudo. Das urnas, traz uma pergunta que é respondida com divagações: como derrotar a tríplice aliança?. O único caminho concreto apontado é conquistar o PMDB, aliado petista em nível nacional.
Como destacou Lino Peres, de Florianópolis, se o PT resignar-se em dizer que o eleitorado catarinense é conservador e por isso não o elege, estará condenado a repetir esse tipo de reunião a cada dois anos.
*Jornalista do Diário Catarinense

Ideli cumpre a palavra e "corta cabeça" de diretor do ICMBio contrário a Estaleiro em Biguaçu

A senadora e candidata ao governo de Santa Catarina Ideli Salvati (PT) cumpriu sua palavra e mandou “cortar a cabeça” dos diretores do ICMBio contrários a instalação do Estaleiro de Eike Batista em Biguaçu. Neste dia 15, foi publicado no Diário Oficial da União a exoneração de Apoena Calixto Figueiroa do cargo de Chefe da Unidade Avançada da Estação Ecológica de Carijós.

Em julho de 2010, o jornalista Moacir Pereira publicou a seguinte nota:

Das duas conversas mantidas com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília, a senadora Ideli Salvatti firmou convicção de que “cabeças vão rolar “ no Instituto Chico Mendes em Santa Catarina.

Apoena era um dos opositores do empreendimento, pois ele pode causar danos irreversíveis ao meio ambiente na região de Florianópolis. Além de prejudicar fortemente a cultura pesqueira local, o estaleiro pode dizimar todo o ecossistema, incluindo aí a extinção de uma espécie de golfinhos e outra de estrelas do mar únicas no mundo, que só se reproduzem naquela região do litoral catarinense.

Veja a portaria na íntegra

“PORTARIA Nº 485, DE 13 DE SETEMBRO DE 2010

O PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, no uso das competências atribuídas pelo Decreto nº. 6.100, de 26 de abril de 2007, e pela Portaria nº. 532/Casa Civil, de 30 de julho de 2008, publicada no Diário Oficial da União de 31 de julho de 2008, resolve:

Exonerar APOENA CALIXTO FIGUEIROA, CPF 268.740.448-93, do cargo em comissão de Chefe de Unidade Avançada, Código DAS-101.1, da Estação Ecológica de Carijós/SC, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

RÔMULO JOSÉ FERNANDES BARRETO MELLO”

PMDB ameaça intervir no diretório de SC se aliança com DEM continuar

A Executiva Nacional do PMDB determinou há pouco que o diretório do partido em Santa Catarina desfaça a aliança com o DEM até a próxima quinta-feira. Caso contrário, irá intervir no diretório estadual.

Ontem, o pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, Eduardo Pinho Moreira, se retirou da disputa e anunciou apoio ao pré-candidato do DEM, Raimundo Colombo, ao cargo. A aliança com o DEM, não é um consenso entre os peemedebistas catarinenses. Parte do partido defende o apoio à candidatura da senadora Idelí Salvati (PT) ao governo, como o ex-governador Paulo Afonso.

O grupo de Pinho Moreira contrariou a cúpula nacional do partido, que oficializou no sábado passado uma aliança com o PT em torno da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. Sem a pré-candidatura de Pinho Moreira, Dilma perde um palanque no Estado.

Na semana passada, a cúpula nacional do PT impôs aos diretórios estaduais do partido em Minas Gerais e no Maranhão alianças com os peemedebistas Hélio Costa (MG) e Roseana Sarney (MA), respectivamente, para a disputa pelos governos estaduais.

A decisão da Executiva Nacional do PMDB foi tomada em uma reunião no início da noite de hoje, em Brasília, convocada pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), primeiro vice-presidente do PMDB, segundo a assessoria do partido.

A desistência de Moreira também contrariou o atual governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB). Na semana passada, ele ofereceu o cargo de vice-governador em uma possível chapa PSDB-PMDB a Pinho Moreira, mas o peemedebista recusou. Segundo Pavan, o peemedebista afirmou que sua candidatura era “irreversível”.

A reportagem tentou entrar em contato com Eduardo Pinho Moreira, mas não conseguiu localizá-lo.

Eleições 2010: Vale tudo por Dilma Roussef

A aproximação do prazo legal para a definição de candidaturas tem demonstrado o que já dizemos a algum tempo: a completa descaracterização do projeto do Partido dos Trabalhadores (PT). Com o objetivo primordial de eleger Dilma Roussef à presidência da república, a cúpula do PT não tem medido esforços para transformar antigos inimigos em aliados, conciliando, muitas vezes, interesses qque eram, até pouco tempo, inconciliáveis.
Santa Catarina é um bom exemplo. No dia 28 de abril, o Diário Catarinense publicou uma imagem onde, na mesma mesa, sentavam Ideli Salvatti e Dilma Roussef, de um lado, e Angela Amin do outro. Como disse o amigo Afrânio Boppré em seu twitter, a imagem “é a aliança dos torturados com os torturadores”, referindo-se aos lados opostos em que Ideli e Angela estavam durante a ditadura militar.
Mas não é só por aqui que a coisa anda mal. Reportagem do Estadão on-line de hoje atesta que há problemas políticos graves na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O jornal omitiu Alagoas, onde Fernando Collor (PTB) declarou-se candidato e espera apoio de Lula e Dilma para se eleger.
Abaixo, a íntegra da lista publicada pelo estadão sobre os problemas nos Estados. Leia a matéria completa aqui.
Maranhão
Lula entrou em campo para obrigar o PT do Maranhão a apoiar a candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB). Antigo adversário da família Sarney, o PT decidiu se aliar ao deputado Flávio Dino (PC do B). Mas uma ala do partido, com cargos na equipe de Roseana, promete rever a decisão.
Pará
Para apoiar a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT), o deputado Jader Barbalho (PMDB) quer reconquistar cargos estratégicos. Em rota de colisão com Ana Julia, Jader flerta com os tucanos e ameaça lançar seu sobrinho, José Priante, ao governo, garantindo um lugar na chapa para o Senado.
Rio
Candidato a um segundo mandato, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), prometeu aval a Dilma, mas não admite que ela pise no palanque de seu adversário, Anthony Garotinho (PR). O PT não sabe como administrar o problema, pois Garotinho também espera retribuição por aderir à campanha de Dilma.
Paraná
O PT pode perder o apoio do senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo. Ele está aborrecido com a insistência do PT em lançar Gleise Hoffmann ao Senado porque quer que ela seja vice na chapa. Alega que o PT está atrapalhando as negociações com o PP e flerta com o PSDB de Beto Richa.
Rio Grande do Sul
O PMDB está em cima do muro. O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, não declarou apoio ao tucano José Serra, nem fechou com Dilma. A base aliada está dividida: o PT lançou Tarso Genro, o PSB apresentou Beto Albuquerque e o PP ameaça fechar aliança com a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Bahia
São cada vez mais fortes as estocadas entre o governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Os partidos governistas estão divididos e o PR aderiu a Geddel.

Por 60 dias na Alesc, Angela Albino troca coligação com PDT pelo PT em 2010

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) rompeu o acordo prévio estabelecido com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) em dezembro de 2009, que pretendia manter as siglas unidas nas eleições 2010.

O acordo não foi para frente porque o PT conseguiu seduzir o PCdoB de uma maneira bastante eficaz. Petistas ofereceram mais dois meses de mandato para Angela – que é primeira suplente do PT na Assembleia Legislativa – com a licença do deputado Padre Pedro Baldissera. Em troca do mandato e da visibilidade, o PCdoB anunciou apoio oficial à pré-candidatura de Ideli Salvatti (PT) ao governo de Santa Catarina.

Em dezembro de 2009, Angela Albino (PCdoB) e Manoel Dias (PDT) assinaram uma “carta de intenções”, que objetivava a reedição a coligação realizada em Joinville e em Florianópolis em âmbito estadual.

Para Angela, a troca é boa, já que pretende concorrer a deputada estadual em 2010. Dessa vez, ela quer ser mais do que suplente.

Sem a coligação com os “comunitas”, o PDT aumentou seu passe, sendo cogitado para inclusive compor de vice na chapa de outra Angela: a Amin.

Se critério for pesquisa, PMDB está fora da cabeça

A
Se o critério para a escolha do candidato a governador da tríplice aliança (PMDB-PSDB-DEM) forem as pesquisas eleitorais, como vem alardeando as principais lideranças do partido, o PMDB pode se considerar fora da cabeça de chapa em 2010.

Pesquisa publicada neste domingo pelo Grupo RBS mostra que, nos cenários com Angela Amim (PP) e Ideli Salvatti (PT), as possibilidades do PMDB decepcionam. Com Eduardo Pinho Moreira, o PMDB fica com reles 6,6% das intenções de voto, contra 29,5% de Angela e 23,6% de Ideli.

Já com Dário Berger, o resultado é um pouco melhor, mas não atinge os dois dígitos. Angela fica com 27,5%, Ideli com 23,7% e Dário com 9,2%.

A pressão da base do PMDB – partido que comanda 111 das 293 prefeituras do estado – é grande pelo nome de Moreira, principalmente no Sul e no interior de Santa Catarina. O tempo de TV poderia fazer Moreira avançar, mas ele deixa de ser a opção da tríplice, já que, contra Angela e Ideli, Leonel Pavan (PSDB) fica em segundo, com 20,6%. Se (DEM) for a opção, fica em terceiro, com 19,1%. Com PSDB ou DEM, a disputa fica muito mais equilibrada a favor da tríplice.

Ideli vota a favor de Sarney no Conselho de Ética

da coluna do Cláudio Prisco

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2624087.xml&template=4191.dwt&edition=12956&section=884

O DESGASTE DE IDELI SALVATTI

A senadora Ideli Salvatti (PT) sabe muito bem que vai acumular desgaste político por ter dado ontem, no Conselho de Ética, um dos votos salvadores para José Sarney continuar na presidência do Senado. Ao longo da campanha de 2010, quando deverá concorrer ao governo do Estado, os adversários serão inapeláveis, inclusive preparando adesivos com uma foto que sugere que a petista está beijando o peemedebista.

Incomodada, mas serena, Ideli deixou claro que se não fosse em nome da governabilidade, não teria votado para arquivar os recursos da oposição contra Sarney. “O governo Lula ou qualquer outro necessita do respaldo do PMDB no Congresso para administrar”, reconheceu, lembrando que na eleição para presidência do Senado, em fevereiro, coordenou a campanha de Tião Viana (AC-PT).

“Quem votou e cabalou voto para Sarney foram os senadores Raimundo Colombo (DEM) e Neuto de Conto (PMDB), que lavaram as mãos, até porque não integram o Conselho de Ética”, assinalou Ideli, que ainda alfinetou o liberal: “Essa semana Colombo sequer apareceu no Senado”.