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A República da Farinha – o momento dos grandes partidos políticos brasileiros

Por Alexandre Haubrich*
A atuação dos partidos políticos brasileiros hoje pode ser explicada através da farinha. Já tivemos o Ciclo do Açúcar, o Ciclo do Ouro, o Ciclo do Café. Tivemos até a versão político-institucional mais chique, mais cheia de fricotes, o café-com-leite, assim com hífen e tudo. Pois hoje vivemos o Ciclo da Farinha. De sacos diferentes, mas ainda assim farinha.
Peguemos os mais encorpados partidos do país e vejamos se a farinha não é o elemento comum entre eles, se não é ela quem norteia os rumos da política nacional. A farinha, unida a doses variáveis de fermento, é a receita geral, ainda que um ou outro mestre-cuca da alta elite culinária prefira a farinha que passarinho não come.
O PSDB segue a receita da vovó estrangeira, que vem e volta ao Brasil de acordo com suas conveniências, mas não gosta muito daqui. De qualquer forma, ela está sempre em contato, enviando sua mais nova receita aos filhinhos tucanos, nova receita que é sempre a mesma. Está caduca ou apenas quer fixar bem seus ingredientes na nossa cabeça? Bondosa. Fato é que o contato é sempre através de cartas, para que venha junto seu cheiro de enxofre, tão agradável ao olfato das aves de bico longo que habitam essas paragens.
A receita do PSDB baseia-se, teoricamente, em fazer o bolo crescer para depois dividir. Mas, cozinheiros amadores que somos, sabemos que em qualquer casa que se preze quem está na cozinha acaba por decidir o quanto quer comer. Se muitos estão ajudando a fazer o bolo, muitos comem, irremediavelmente. Se poucos se fecham a sete chaves na cozinha, fazem um bolo enorme e comem tudo sozinhos.
Mas não veja no PSDB ou em sua avó estrangeira muita criatividade. Com problemas para manter o peso, os tucanos pouco mais fizeram do que deixar mais light a receita usada pelo seu primo DEM, receita essa criada pela querida vovó deste último, a Dona Arena. Essa rigorosa senhora passou a tal receita para o seu filho, o PFL, que a repassou para o DEM. Os passos são mais ou menos semelhantes aos da receita do PSDB, mas, para fazer o bolo como prefere o DEM, bata bastante. O bolo da Dona Arena também tem um gosto um tanto adstringente: enrola a língua do vivente, dificulta a fala. E é preciso comê-lo com cuidado, sem estardalhaço e com um ritual determinado anteriormente pelo cozinheiro. Caso contrário o cidadão ficará chocado com o que pode acontecer.
O PT, por sua vez, nunca teve muitas condições financeiras para comer bolo. Comia terra, mas comiam todos. Desde 2001, essa realidade mudou. O PT ascendeu à classe média, e ganhou até o direito a fazer seu próprio bolo. Fez, faz, e tem distribuído os pedaços para mais gente. Mas não deixa mais ninguém entrar na cozinha, e a receita, que pegou emprestada do PSDB, ganhou apenas um pouco mais de açúcar.
E o PMDB? Bom, esse não sabe cozinhar, mas come o que vier. E pede para repetir.
Alexandre Haubrich é jornalista e editor do blog Jornalismo B. www.jornalismob.wordpress.com

Pedido de cassação de vereadores é arquivado na Câmara de Florianópolis

Os pedidos de cassação dos vereadores Ricardo Vieira (PCdoB) e Asael Pereira (PSB) foram arquivados ontem, na Câmara de Florianópolis. Os pedidos de cassação foram formulados pela bancada governista, que acusava os dois vereadores de tentarem trocar voto por dinheiro na eleição da mesa diretora. 
O plenário da Câmara estava lotado por membros de associações de moradores,lideranças comunitárias, sindicatos, militantes do PCdoB, Movimento Passe Livre, DCE Luiz Travassos, entre outros. Afrânio Boppré, Leonel Camasão e Lea Medeiros, todos dirigentes do PSOL em Santa Catarina, acompanharam a sessão. 
A acusação partiu – sem qualquer prova – dos derrotados na eleição da mesa. Todo o processo foi baseado em provas testemunhais, sendo que os depoentes eram todos interessados na vitória de Bega. O placar de votos foi de seis votos pela cassação e nove contra. Eram necessários 11 votos para concretizar a cassação. 

Ricardo Vieira (PCdoB) e Asael Pereira (PSB) serão "julgados" hoje pela Câmara de Florianópolis

Os vereadores Ricardo Vieira (PCdoB) e Asael Pereira (PSB) serão “julgados” hoje pelo “Conselho de Ética” da Câmara de Florianópolis. Ambos são acusados de tentar negociar seus votos nas eleições para a presidência da Câmara da Capital. 
Os acusadores são justamente aqueles que foram derrotados nas eleições – o então candidato a presidente da Casa, João da Bega (PMDB), o prefeito Dário Berger (PMDB) e o vereador Gean Loureiro (PMDB), ex-presidente. 
Jaime Tonello (DEM) venceu a eleição em uma aliança entre os partidos que fazem oposição a Berger (DEM, PP e PCdoB), mais os votos de Asael, da base governista. O problema é que os acusadores, além de não terem provas, são os mesmos que irão analisar o processo e julgar os vereadores.
Também há a grande probabilidade de tudo isso não passar de uma armação de Berger para atingir o PCdoB, principal partido de oposição desde que o PT se dividiu entre a adesão e a oposição ao prefeito. O PCdoB também trará um nome forte para as eleições 2012, com Angela Albino. 
São necessários 11 dos 16 votos possíveis para efetivar a cassação. A sessão ocorre às 19 horas.

Caso da compra de votos: Dário está mentindo. Ou prevaricando.

O prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), é protagonista de mais um suposto escândalo de corrupção, desta vez, envolvendo a Câmara de Vereadores da capital. Entretanto, Berger passou ao papel de acusador, e não de réu, como de costume. 
Após ver seu candidato ser derrotado nas eleições para a presidência da Câmara de Vereadores, Dário Berger acusou os vereadores Asael Pereira (PSB) – governista – e Ricardo Vieira (PCdoB) – de oposição – de tentarem negociar apoio em troca de polpudas quantias de dinheiro.
A imprensa deu grande repercussão ao caso. A principal “prova” que apareceu foi um vídeo, supostamente gravado às escondidas, onde João da Bega (PMDB), candidato derrotado, aparece desabafando, dizendo que lhe pediram R$ 230 mil troca de votos. 
Primeira observação. Esta é a primeira vez que vejo, na televisão brasileira, um vídeo gravado supostamente às escondidas, filmar a “vítima”, reclamando que foi lesada. A regra geral é que as câmeras escondidas flagram os grandes acontecimentos de corrupção, como no caso Arruda, onde deputados colocavam maços de dinheiro nos bolsos, meias, etc.
O vídeo onde aparece João da Bega não prova coisa alguma. Poderia, inclusive, ser um “fake”. Ele apenas mostra o “xororô” dos derrotados, querendo invalidar o processo, e insinua a suposta tentativa de compra de votos. Veja o vídeo aqui.
O PCdoB e os Berger
O PCdoB tem se mostrado um dos principais partidos de oposição ao governo Dário Berger. Nos primeiros quatro anos, essa oposição foi protagonizada por Angela Albino. No segundo mandato de Berger, pelo Dr. Ricardo Vieira. 
Berger acusou Ricardo, afirmando que este queria o dinheiro para pagar dívidas de campanha de Angela Albino. Podemos entender que o prefeito tomou essa atitude mirando um desgaste em Angela, forte candidata a prefeita em 2012. Mas o desgaste recaiu sobre Ricardo. 
Mentindo ou prevaricando?
O fato é que, existe uma grande possibilidade de Dário estar armando contra Ricardo e o PCdoB. No caso remoto dele estar com a verdade, porque não contou tudo antes de perder a eleição? Porque não impediu o processo de ocorrer, se sabia que haviam votos comprados?
Só podemos concluir que Dário Berger está mentindo. E se não estiver, cometeu crime de prevaricação – sabia da corrupção, mas não alertou as autoridades a tempo e deixou ela se concretizar.
Longe de mim dizer que acredito piamente que esse tipo de transação não ocorra nas eleições do legislativo. Entretanto, pelo que conheço do Dr. Ricardo e de seu acusador, tenho mais propensão a acreditar no primeiro, e muitas dúvidas para acreditar no segundo. Espero que a história não mostre que estou errado. Vamos ver o que vai dar.

Vereadora Zilnete Nunes gastou R$ 10 mil em celular em 2010

A vereadora Zilnete Nunes (PP) gastou mais de R$ 10 mil reais em ligações telefônicas realizadas de seu aparelho celular oficial, pagos pela Câmara de Vereadores de Joinville. O valor é quase quatro vezes maior do que a média, que é de R$ 2.752,52. Os gastos com celular da vereadora do PP representam, em média, uma conta mensal de R$ 845.
O segundo vereador que mais gastou com ligações de celular foi o atual presidente da casa, Odir Nunes (DEM), que gastou menos da metade do valor utilizado por Zilnete. A conta telefônica de Odir foi de R$ 4.511,66.
Valor semelhante foi gasto por Osmari Fritz (PMDB) em fotocópias. O peemedebista consumiu R$ 9.506,90 na reprografia. Fritz também é o que mais gastou com material de expediente, totalizando R$ 2.072,32. Na conta geral de gastos com verbas de gabinete, ele também é o vereador “mais caro” de 2010, consumindo R$ 17.707,53. Ele é seguido por Odir Nunes, com  R$  17.348,95,e Zilnete Nunes, com  R$ 16.004,64. Cada vereador tem direito a R$ 3 mil mensais para despesas.

O levantamento dos dados foi realizado pelo jornal A Notícia. 


Kassab troca DEM pelo PMDB em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), irá mesmo para o PMDB. A manobra faz parte de um elaborado plano para chegar ao governo do Estado em 2014. Com a morte de Quércia e a supremacia de Michel Temer no PMDB paulista, Kassab tem tudo para se aliar ao PT e a outros partidos para enfrentar a hegemonia de 20 anos do PSDB governando o estado de São Paulo. 

Em conversas na última semana com aliados, o prefeito disse que aguardará a eleição do novo comando do DEM, em março, para anunciar a sua saída. Kassab articula a ida dos 70 prefeitos paulistas do DEM para o PMDB, que governa 68 cidades. Assim, ele conseguiria criar a segunda maior força partidária no Estado, ameaçando a hegemonia dos tucanos, que governam São Paulo desde 1995 e têm mais de 200 prefeituras.

PT, PCdoB e DEM ganham força na Assembleia Legislativa

O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Democratas (DEM) foram os únicos partidos que obtiveram crescimento no número de cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). PT e DEM passaram de 6 para 7 parlamentares eleitos, e o PCdoB elegeu seu primeiro parlamentar da história de Santa Catarina, com Angela Albino.

Por outro lado, essas vagas foram conquistadas diminuindo as cadeiras do PMDB, PRB e PDT. O partido do senador eleito Luiz Henrique da Silveira perdeu uma cadeira, de 11 para 10. PRB ficou fora da Alesc com a não reeleição de Odete de Jesus (eleita em 2006 pelo extinto PL). Já o PDT, que possuía dois deputados, ficou apenas com Sargento Soares. As bancadas do PTB e PPS (um cada), do PSDB e do PP (seis cada) permaneceram inalteradas.

Carro oficial com propaganda de LHS era dirigido por motorista particular de Dário Berger

O veículo oficial da Prefeitura de Florianópolis que foi flagrado com material de campanha do ex-governador e candidato ao Senado Luiz Henrique da Silveira (PMDB) estava sendo dirigido pelo motorista particular do prefeito da capital, Dário Berger, também do PMDB.

Alcebíades Pires foi pego com o carro da prefeitura na BR-101, em Biguaçu, portando diversos materiais de campanha. Para camuflar o uso do carro oficial, a placa original foi substituída por uma placa fria.

Também foi revelado nesta quarta-feira que, junto ao material de campanha de LHS, havia material de Rose Berger, ex-mulher do prefeito, e candidata à deputada estadual pelo PMDB. A PRF ainda encontrou R$ 1, 8 mil. As evidências apontam cada vez mais para o uso da máquina pública na campanha, o que é ilegal.

Por isso, repetimos aqui: pense muito bem antes de votar em Luiz Henrique novamente.

Fonte: Diário Catarinense

PMDB ameaça intervir no diretório de SC se aliança com DEM continuar

A Executiva Nacional do PMDB determinou há pouco que o diretório do partido em Santa Catarina desfaça a aliança com o DEM até a próxima quinta-feira. Caso contrário, irá intervir no diretório estadual.

Ontem, o pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, Eduardo Pinho Moreira, se retirou da disputa e anunciou apoio ao pré-candidato do DEM, Raimundo Colombo, ao cargo. A aliança com o DEM, não é um consenso entre os peemedebistas catarinenses. Parte do partido defende o apoio à candidatura da senadora Idelí Salvati (PT) ao governo, como o ex-governador Paulo Afonso.

O grupo de Pinho Moreira contrariou a cúpula nacional do partido, que oficializou no sábado passado uma aliança com o PT em torno da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. Sem a pré-candidatura de Pinho Moreira, Dilma perde um palanque no Estado.

Na semana passada, a cúpula nacional do PT impôs aos diretórios estaduais do partido em Minas Gerais e no Maranhão alianças com os peemedebistas Hélio Costa (MG) e Roseana Sarney (MA), respectivamente, para a disputa pelos governos estaduais.

A decisão da Executiva Nacional do PMDB foi tomada em uma reunião no início da noite de hoje, em Brasília, convocada pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), primeiro vice-presidente do PMDB, segundo a assessoria do partido.

A desistência de Moreira também contrariou o atual governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB). Na semana passada, ele ofereceu o cargo de vice-governador em uma possível chapa PSDB-PMDB a Pinho Moreira, mas o peemedebista recusou. Segundo Pavan, o peemedebista afirmou que sua candidatura era “irreversível”.

A reportagem tentou entrar em contato com Eduardo Pinho Moreira, mas não conseguiu localizá-lo.

Será que ele emplaca?

Ele garante que chega aos 20% com o apoio do governador Luiz Henrique e que tirará votos de Darci de Matos durante a campanha da TV. Mauro Mariani não emplacou até agora, mas suas expectativas são boas. O PMDB espera apenas um telefonema de doutor Xuxo (PPS) para que o médico seja seu vice.
Xuxo por sua vez, segue na arrogância. Garante que o PMDB e o governador já enxergaram que ele é mlhor candidato para ser prefeito.Mas se a conta de Mariani der certo, o segundo turno poderá ser entre o trio Kennedy-Carlito-Mariani. É esperar para ver.