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Até os mortos assinam lista para legalizar PSD

Começaram bem, hein?

O novo partido  dos deputados Kennedy Nunes e Darci de Matos – o PSD – nem ainda foi legalizado e já está envolvido em casos de corrupção. Matéria do Diário Catarinense de hoje mostra que eleitores mortos apareceram “assinandO” as listas que pedem a legalização do partido. 

Os eleitores mortos que aparecem na listagem são Ivo Pavan Libardoni, Herminio Joacir Cacciatori, Affonso Martignago, João Dall Pont e Diva Lucena Libardoni. 
A suspeita de fraude ganhou corpo, quando o Cartório Eleitoral de São Lourenço, no oeste do estado, constatou que, de 130 assinaturas entregues, apenas sete tiveram sua veracidade comprovada. Ao todo, eram cinco assinaturas de pessoas que já morreram. Outras 117 eram de pessoas que afirmam não ter assinado as listas de apoio, assinaturas duplicadas e outras as quais não foram confirmadas como verídicas. 
Mas não é só em Santa Catarina que as fraudes apareceram. Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab, idealizador do PSD, colocou funcionários da prefeitura para coletar assinaturas de legalização para o partido. 
Para se legalizar, o PSD precisa coletar 482 mil assinaturas de eleitores em apoio à formalização do partido. A regra foi criada no início dos anos 2000, e aplicada pela primeira vez quando da criação do PSOL, que se legalizou em 2005. 

Mauro Mariani diz que não concorre à prefeitura de Joinville em 2012

O deputado federal Mauro Mariani (PMDB) declarou que não irá concorrer novamente à prefeitura de Joinville nas próximas eleições municipais. A informação foi publicada pelo colunista Cláudio Prisco, de A Notícia.

Segundo o colunista, Mariani estaria descontente com as decisões tomadas pelo PMDB e considerou a indicação de Dalmo Claro de Oliveira para a Secretaria da Saúde uma verdadeira afronta. Ambos foram os candidatos a federal do PMDB em Joinville.
Recentemente, Mauro afirmou que o PMDB deveria sair do governo Carlito Merss (PT) caso desejasse candidatura própria. O partido permanece na base do prefeito petista. Sem Mauro, Dalmo poderia ser o candidato do PMDB caso faça uma gestão que agrade na Saúde.
Mas será que Mauro está fora mesmo? Ou é apenas uma manobra para mostrar seu descontetamento com Luiz Henrique?
As eleições de 2012 tem tudo par serem um repeteco das eleições 2008. Os principais nomes para a disputa permanecem, pela oposição de direita, com Darci de Matos (DEM), Keneddy Nunes (PP) e o próprio Mauro Mariani (PMDB). Pelo governismo, Carlito Merss (PT) deve candidatar-se à reeleição. A participação dos ex-prefeituráveis Rodrigo Bornholdt (PDT) e Rogério Novaes (PV) não está descartada, apesar de que ambos poderiam ser candidatos com chances de vitória, caso concorressem à Câmara de Vereadores.
Pela esquerda, o PSOL deve apresentar um nome para concorrer à prefeitura, mas esse debate ainda não foi realizado no partido.

PRESTAÇÃO DE CONTAS: Candidatos já gastaram R$ 403,1mil

23 dos 46 concorrentes da região de Joinville entregaram os números à Justiça Eleitoral
Apenas 23 dos 46 candidatos da região de Joinville que disputam uma vaga na Assembleia e na Câmara Federal declararam à Justiça Eleitoral o que arrecadaram e o quanto gastaram até agora na campanha. Somando os números, os concorrentes conseguiram R$ 793,4 mil em dinheiro, mas já gastaram R$ 403,1 mil. Ainda têm em caixa R$ 390, 3 mil.
O campeão em arrecadação foi o estreante Dalmo Claro de Oliveira, que concorre a uma vaga na Câmara Federal pelo PMDB. Desde que estão autorizados a angariar dinheiro, no início de julho, o peemedebista recebeu R$ 350 mil – a maior parte veio de pessoas jurídicas. O gasto foi de R$ 91,5 mil – pelo menos R$ 80 mil desse dinheiro foi repassado ao PMDB.
Do outro lado, na lanterninha entre os que enviaram a declaração ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), está Leonel Camasão (PSOL), que disse ter R$ 1 mil de recursos próprios. O candidato à Câmara Federal não gastou nada. Teve ainda gente que desembolsou mais do que arrecadou. É o caso de Darci de Matos, candidato à AL pelo DEM, que teve despesa de R$ 37,8 mil, mas arrecadou R$ 28,6 mil (no final da terceira prestação de contas, a conta deve fechar).
A principal fonte de recurso dos candidatos foi a doação, seja de pessoa física ou jurídica. Quando se fala em despesa, observa-se o investimento em infraestrutura para a campanha, como o aluguel de carros, gasolina, material impresso e a contratação de cabos eleitorais. Entre aqueles que mais gastaram na divulgação da campanha até agora está Marco Tebaldi (PSDB), que desembolsou R$ 29,4 mil na contratação de serviços de terceiros.
As informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral foram entregues pelos próprios candidatos até o dia 3 de agosto. Nesta documentação ainda não aparecem informações sobre os autores das doações (empresas e pessoas físicas). Esses dados serão detalhados somente depois da campanha. Nesta conta, o valor arrecadado não pode ser menor do que o valor gasto. Caso contrário o candidato terá problemas com a Justiça Eleitoral.
joao.kamradt@an.com.br
JOÃO KAMRADT
Fonte: A Notícia

PSDB de Joinville: tradição em casos de corrupção

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Este post surgiu, originalmente, em novembro de 2009. A ideia era listar as matérias publicadas na imprensa que falassem sobre a grande corruptela que é o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Joinville. Como os casos e as condenações não param de acontecer, resolvi criar uma sessão fixa, com chamada na capa do blog para que todos possam relembrar as agruras do governo demo-tucano.

Segue as principais notícias.

Os escândalos tucanos em Joinville

24 de abril de 2005
Delegado Marcucci já está preso – O então vereador Delegado Marco Aurélio Marcucci (PSDB) e outros seis policiais civis foram presos sob a acusação de extorquir dinheiro de arrombadores de caixas eletrônicos, os famosos caixeiros, entre dezembro de 2004 e fevereiro de 2005. Ele ficou preso por quase dois anos, não foi cassado pela Câmara de Vereadores. Mas em 2008, não se reelegeu e foi para o PSC. 

23 de dezembro de 2005
Vereador oferece dinheiro a jornalista – O vereador Lauro Kalfels (PSDB) tentou subornar a jornalista Betina Weber, repórter de política de A Notícia na época. Na ocasião, eu, enquanto presidente do DCE do Ielusc, e outros seis estudantes, oferecemos pedido de cassação do vereador, mais a proposta foi arquivada.

16 de maio de 2006
Deputado distribui passagens aéreas para a imprensa – O então deputado e atual senador Paulo Bauer, sorteou pelo menos seis passagens aéreas de sua cota pessoal para jornalistas, em um jantar promovido no Piazza Italia, em Joinville. Casos envolvendo passagens aéreas do congresso ficariam famosos em 2010, no conhecido esquema de “Farra das Passagens”.

14 de janeiro de 2008
Secretário de Saúde de Joinville está preso – Norival Silva, secretário de Saúde de Joinville e vice-presidente do PSDB da cidade é preso sob suspeita de cobrar propina de fornecedores da secretaria estadual de saúde.

23 de abril de 2008
Justiça manda prefeito do PSDB pagar reforma para mudar “telhados tucanos” – Prefeito de Joinville, Marco Tebaldi, é multado por fazer telhados em formato do símbolo de seu partido. Arquiteto que projetou a obra, Clovis Dobner, tinha sido candidato a prefeito pelo PSDB em 1996.

26 de junho de 2008
Móveis doados à uma creche acabam em escritório de pré-candidato em Joinville – Walkíria Lennert, tesoureira do PSDB e ocupante de um cargo de confiança na secretaria de Educação durante o governo Tebaldi, desvia mesas da secretaria e as envia para comitê eleitoral de Darci de Matos (DEM).

27 de junho de 2009
Ministério Público aponta superfaturamento de 2,6 milhões na compra de terreno da UFSC em Joinville – Operada pelo ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB), a compra do terreno teria sido superfaturada.

9 de outubro de 2008
Darci de Matos sob investigação eleitoral – Escutas telefônicas mostram que desvios cometidos pelo ex-secretário da Saúde Norival Silva serviriam para favorecer campanha a prefeito de Darci de Matos (DEM). Deputado Nilson Gonçalves (PSDB) estaria envolvido. Em programa de TV, ele chora e acusa Darci e Tebaldi de culpado. Parte 1 e Parte 2.

16 de setembro de 2009
Norival Silva pega 12 anos por corrupção passiva – Após o trâmite judicial, o ex-secretário é condenado por corrupção passiva.

25 de novembro de 2009
Gravação deflagra esquema de desvio de dinheiro envolvendo Paulo Bauer, Fábio Dalonso e Acélio Casa Grande – Uma gravação obtida pelo site Congresso em Foco deflagrou um suposto esquema de desvio de verbas e contratação de funcionários fantasmas envolvendo o então Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina, Paulo Bauer (PSDB), o então deputado Acélio Casagrande (PMDB) e o ex-vereador Fábio Dalonso (PSDB), candidato a vice-prefeito na chapa de Darci de Matos (DEM) em 2008.

14 de junho de 2011
Ex-prefeito Marco Tebaldi é condenado por utilizar dinheiro público para promoção pessoal – Ex-prefeito Marco Tebaldi é condenado por utilizar dinheiro público para promoção pessoal

21 de Junho de 2011
Ex-presidente da Fundação de Esportes de Joinville é condenado por corrupção – Toninho Lennert, ex-vereador do PSDB, é condenado por corrupção passiva, falsificação de documentos, entre outros. Após não se reeleger, foi para o PSC.

Fábio Dalonso: o fim de uma carreira promissora?

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Fábio Dalonso era um político promissor dentro do PSDB de Joinville. Em 2004, concorreu a vereador pela primeira vez na vida, sendo o mais votado do PSDB, com 4.875 votos. Logo que chegou ao parlamento joinvilense, foi eleito vice-presidente da Câmara, em dobradinha com Darci de Matos (DEM).

Darci se elegeu deputado estadual, e Dalonso virou presidente da Câmara ainda no primeiro mandato. Ganhou prestígio na cidade e era visto como um dos quadros da “renovação” do PSDB, que iriam reoxigenar o partido.

Em 2008, a pedido dos tucanos, Dalonso seguiu, mais uma vez, em dobradinha com Darci de Matos, mas agora, para prefeito e vice de Joinville. Era uma eleição “ganha”: Darci aparecia em primeiro lugar nas pesquisas desde 2007. Mas no meio da campanha, quase no fim do primeiro turno, Carlito Merss (PT) virou a mesa. Era o começo do fim.

Ambos foram ao segundo turno. A campanha demo-tucana apelou para a baixaria e para o terrorismo contra o PT, num discurso reacionário que costumava funcionar há uns 15 anos. Darci triplicou seus índices de rejeição.

A dobradinha promissora foi derrotada. Darci voltou para a Assembleia, mas Dalonso ficou sem cargo eletivo. Decidiu arriscar e perdeu.

Mas agora, isso será suficiente para abalar a pré-candidatura de Dalonso à Alesc? Outras figuras tucanas não se abalaram após esse tipo de episódio e seguiram em frente na carreira política. É o caso de outra “revelação” do PSDB, o ex-vereador Marco Aurélio Marcucci. Ele chegou a ficar preso por mais de um ano, sob a acusação de peculato e formação de quadrilha. Mesmo assim insistiu e concorreu à reeleição em 2008. Não só não se elegeu, mas quis denunciar uma pretensa fraude na urna eletrônica, o que acabou virando piada.

Marcucci mudou o domicílio eleitoral para Barra Velha, e deverá concorrer em 2010. E Dalonso, concorrerá?

Interiorizar a UFSC é federalizar a Univille

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O recente seminário para debater um novo marco regulatório para as universidades comunitárias revelou a verdadeira situação do sistema Acafe em Santa Catarina: ele está à beira da falência. O evento contou com vários debates sobre o financiamento e a viabilidade econômica dessas instituições, ameaçada por vários motivos.

Enquanto o movimento estudantil acusa as reitorias de má-gestão e até mesmo de corrupção, propostas como a do deputado Darci de Matos (DEM) objetivam retirar dinheiro das universidades comunitárias para entregá-las às universidades privadas. Para piorar o quadro, a interiorização da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está sendo feita de maneira atropelada, ouvindo apenas a classe empresarial. Isso mostra como os governos estão errando a mão nas políticas de ensino superior para a região.

Enquanto a Acafe agoniza, esperando que a prefeitura pague a dívida de R$ 21 milhões, a implantação da UFSC em Joinville já se demonstrou corroída por casos de corrupção na compra do terreno, denunciado pelo Ministério Público e não acatado pelos juízes. A localização da UFSC vai gerar crescimento desordenado, trânsito, acidentes e outros problemas nas proximidades da curva do arroz, o que não nos parece muito inteligente.

Aqui é o ponto chave: o que é mais caro hoje, federalizar a Univille, que tem 10 mil alunos e mais de 35 cursos, em todas as áreas, com toda a estrutura, ou torrar dinheiro público para construir uma universidade mal localizada, de um curso só? O que é custo-benefício para o governo? O que é custo benefício para a sociedade, para os professores, para os alunos?

Esta é a chance de recolocarmos a política do ensino superior no caminho certo: federalizar Univille, evitando a sua falência, e democratizar, de fato, o acesso ao ensino superior de qualidade na região. Interiorizar a UFSC, seus cursos e suas potencialidades, hoje, passa pela federalização da Univille.

Leonel Camasão

Jornalista, membro da executiva estadual do PSOL

Tucanos de Joinville: só gente boa

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A direção Municipal do PSDB de Joinville está com um time bastante complicado. Na presidência, o ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB), que dispensa comentários.

Na vice-presidência, Norival Silva, que acaba de ser condenado a 12 anos por corrupção passiva e formação de quadrilha, acusado de cobrar quse R$ 1 milhão dos fornecedores da secretaria estadual da saúde.

Na tesouraria, Walkíria Lennert, acusada de desviar móveis da secretaria de educação para o comitê eleitoral de Darci de Matos (DEM), durante as eleições 2008.

Certo é que o governo do PT vai mal. Mas certo é que os tucanos vão sem moral.

Kennedy divulga pesquisa eleitoral em Twitter

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O deputado estadual Kennedy Nunes (PP/Joinville) divulgou nesta tarde em seu Twitter números de uma suposta pesquisa eleitoral encomendada à FHB Pesquisas. Nunes não deixou claro, mas, em princípio, ele mesmo teria encomendado a pesquisa, a julgar por uma das perguntas. Kennedy não divulgou dados específicos, como número de entrevistados e em qual período a pesquisa foi realizada.

Segundo o deputado, a pesquisa foi realizada somente com o eleitorado joinvilense. Seguem os números abaixo.

1. Qual politico mais honesto e que você confia plenamente?

Luiz Henrique da Silveira (PMDB) – 12%
Kennedy Nunes (PP) – 10%
Carlito Merss (PT) – 8%
Nilson Gonçalves (PSDB) – 7%
José Carlos Vieira (DEM) – 6%
Mauro Mariani (PMDB) – 5%
Darci de Matos (DEM) – 4%
Marco Antônio Tebaldi (PSDB) – 3%

2. Em quem você votaria para deputado federal?

Marco Antônio Tebaldi (PSDB) – 24%
Kennedy Nunes (PP) – 21%
Mauro Mariani (PMDB) – 12%
José Carlos Vieira (DEM) – 10%
Marcos Aurélio Fernandes (PT) – 6%
Marinete Merss (PT) – 5%
Rodrigo Bornholdt (PDT) – 5%
Paulo Bauer (PSDB) – 4%

3. Em quem você votaria para deputado estadual?

Nilson Gonçalves (PSDB) – 24%
Kennedy Nunes (PP) – 20%
Darci de Matos (DEM) – 18%
Marcos Aurélio Fernandes (PT) – 5%
Sandro Silva (PPS) – 2%
Maurício Peixer (PSDB) – 2%

4. Em quem você votaria para governador do Estado?

Leonel Pavan (PSDB) – 20%,
Angela Amin (PP) – 17%
Ideli Salvatti (PT) – 14%
Raimundo Colombo (DEM) – 10%
Eduardo Pinho Moreira (PMDB) – 7%

4. Em quem você votaria para presidente da república?

José Serra (PSDB) – 35%
Ciro Gomes (PSB) – 16%
Dilma Roussef (PT) – 12%
Heloísa Helena (PSOL) – 6%
Marina Silva (PV) – 6%

O Google Guarda tudo mesmo (2)

Achei este também. 

Do antigo site do AN

Novos lances no Caso Kalfels

Entidades pressionam por investigação em razão da tentativa de suborno

Oliver Albert

O silêncio foi quebrado e o caso da tentativa de suborno envolvendo o vereador Lauro Kalfels (PSL) foi explorado ontem no Legislativo. Além da fala de um parlamentar sobre o episódio, houve o encontro de jornalistas com o presidente da casa, Darci de Matos (PFL), que recebeu em mãos um pedido de investigação e punição exemplar se os fatos forem comprovados. Kalfels ofereceu R$ 200,00 à repórter Betina Weber (A Notícia) e admitiu que a prática é comum. Betina devolveu a quantia.

O pefelista leu o documento e o encaminhou à diretoria jurídica da Câmara. Durante a conversa com os presidentes do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC), Rubens Lunge, e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo de Andrade, Matos admitiu que a atitude de Kalfels “é muito ruim para nós”.

“Pelas entrevistas do vereador (Kalfels), parece que é uma prática comum e que vem acontecendo há algum tempo. O que preocupa é a possibilidade de outros estarem recebendo. Isso é uma relação de compra com o dinheiro”, condenou o presidente da Fenaj.

Integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Ielusc aproveitaram o encontro e entregaram ao parlamentar uma nota de repúdio. Os alunos do curso de jornalismo, Leonel Camasão e Melanie Peter, foram os representantes e cobraram uma investigação para o caso.


“Presentinho” condenado por Mariano

Ao contrário da primeira sessão do ano, ocorrida na quarta-feira, o caso Kalfels foi comentado no plenário da Câmara. Mas apenas um parlamentar utilizou o tempo da palavra livre para discutir o assunto: foi o petista Adílson Mariano, que chegou a ler trechos de reportagens publicadas pela imprensa, no final do ano passado.

Mariano definiu a atitude de Kalfels como lamentável e afirmou ter ficado perplexo com “tudo que viu” nos jornais de dezembro. “Foi uma atitude nefasta, uma prática clientelista. Por que o vereador não deu um “presentinho” para outros e, sim, para a jornalista? Nós, da política, vivemos da mídia e não se pode fazer isso”, condenou.

O petista elogiou a ação do colega Marco Aurélio Fernandes, o Marquinhos (PT) – que, na quarta-feira, protocolou requerimento à mesa diretora para que tome providências urgentes em relação ao caso de tentativa de suborno. Ele criticou a declaração de Lauro Kalfels, que garantiu que a prática de oferecer dinheiro a profissionais da imprensa é comum. “Que dê o nome para eliminar a suspeita sobre o Legislativo”, completou.

Para finalizar, Adílson Mariano disse que a publicação do caso Kalfels na mídia joinvilense revelou “os bastidores do poder” na Câmara de Vereadores de Joinville. (OA)


Análise jurídica

O diretor jurídico da Câmara de Vereadores de Joinville, Maurício Rosskamp, recebeu o documento do presidente Darci de Matos e garantiu que o caso não “vai ser arquivado”. “Nós vamos dar um parecer para orientar sobre os procedimentos que podem ser tomados”, explicou.

Rosskamp fala de duas situações diferentes sobre o episódio. “Uma é o fato de Kalfels ter oferecido dinheiro. Outra é a afirmação dele, na qual diz que outros profissionais da imprensa estão ganhando de outros vereadores”, observou.

De qualquer forma, Darci de Matos diz que a Câmara tem três caminhos a tomar. “Podemos advertir, suspender ou até mesmo cassar o mandato do parlamentar. Por isso estamos encaminhando o material para a diretoria jurídica, que vai analisar as alternativas possíveis”, frisou. (OA)

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07/03/2006 – Relação entre poder e imprensa causa polêmica

Plenário lotado na noite de segunda-feira (06/03) para discutir a relação entre o Poder e Imprensa. Cerca de 150 acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus/ Ielusc estiveram presentes, além de profissionais da imprensa e vereadores. 

O vereador Adilson Mariano (PT), abriu a Audiência Pública lembrando que “corromper o jornalista é uma forma de enganar a sociedade”. Para Mariano, vivemos em uma sociedade que o errado não é mais exceção e quem faz o certo vira notícia. O diretor do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Hilton Maurenti, afirmou que o clientelismo acontece porque os profissionais não são jornalistas. “Os políticos deveriam ser os primeiros a apontar os maus profissionais que pedem gratificações”. Argumentou ainda que “quem não denuncia vira refém”. 

Marco Aurélio Marcucci (PSDB), criticou o Jornal Gazeta de Joinville dizendo que toda semana é publicada uma matéria “requentada” sobre ele. “Sugiro que o jornal me ligue para checar as informações que serão noticiadas”. Além disso,defendeu a formação acadêmica em jornalismo para o exercício da profissão. Com relação ao caso do vereador Lauro Kalfels (PSL), o parlamentar justificou que juridicamente,levando em consideração o regimento interno da Câmara, não há como abrir um processo administrativo contra Kalfels. O que gerou discussão entre os presentes. 

O vereador Darci de Matos (PFL), rebateu uma matéria publicada no Jornal A Notícia, na qual foi divulgada a informação de que o “caso Lauro Kalfels” estaria engavetado. O presidente defendeu a Câmara dizendo que o caso não está esquecido mas, para que o processo possa andar, seria necessário a denúncia de um leitor. “A resolução dos problemas está nos debates”, concluiu. 

O presidente do Diretório Central dos Estudantes do Ielusc, Leonel Camasão, argumentou que se o regimento interno não prevê nenhum tipo de investigação o ideal é que seja rasgado. Nove acadêmicos encaminharam à Câmara uma denúncia referente ao caso do vereador Lauro Kalfels. 

Sérgio dos Santos, delegado da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), finalizou a audiência agradecendo em nome dos 40 mil jornalistas sindicalizados. “É em nome deles que agradeço a denúncia feita”, concluiu.

Darci volta a ser multado

O deputado estadual Darci de Matos (DEM) levou a segunda multa por propaganda eleitoral antes do prazo. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) mandou o deputado pagar R$ 21.282,00 pela infração.

Segundo o TRE, a irregularidade teria ocorrido em um evento no qual Darci apresentaria sua prestação de contas do mandato como deputado, em maio de 2008. No entendimento do juiz-relator, Oscar Juvêncio Borges Neto, Darci não prestou contas de seu mandato, mas referiu-se somente aos projetos que pretendia realizar no futuro.