Conta de água 6,41% mais cara
Prefeito de Joinville confirmou ontem o reajuste pedido pela companhia responsável pelo abastecimento
Acabou a discussão e o jogo de empurra-empurra: está decretado o aumento de 6,41% na conta de água de Joinville. O prefeito Carlito Merss (PT) oficializou ontem o reajuste aprovado dia 7 de abril pelo Conselho Municipal de Água e Esgoto. Para o consumidor, a conta deve chegar em junho.
O reajuste de 6,41% – quase metade dos 11,4% reivindicados pela Companhia Águas de Joinville – acabou se transformando em uma das maiores polêmicas do início do governo. Nem mesmo a iniciativa de limitar o aumento à inflação dos últimos 13 meses alterou os ânimos – a Águas de Joinville queria 5% além da inflação.
Aliados do governo, como Rodrigo Bornholdt (PDT) e Kennedy Nunes (PP), pediram para que o aumento não fosse concedido. E não adiantou. Irritado com as cobranças, o próprio Carlito questionou o papel da Agência Municipal de Água e Esgoto (Amae), que na avaliação dele seria a responsável por autorizar o reajuste. “Lula assina aumento de telefone?”, questionou, em entrevista ao jornal “A Notícia”, domingo passado.
Na tentativa de reverter o desgaste, decidiu-se apostar nas mudanças da tarifa social, que hoje atende 1.440 famílias carentes, que pagam R$ 9,55 se consumirem até 10 metros cúbicos de água. O primeiro passo foi manter o valor da tarifa. Foram criados novos critérios. Antigas regras, como aquela que desclassificava a família que tinha telefone, acabaram sendo descartadas (veja quadro).
Surgiu ainda a tarifa social especial, voltada a famílias carentes e numerosas, que conseguem consumir até 15 metros cúbicos de água em um mês. Essas famílias também poderão pagar R$ 9,55 de conta, desde que a necessidade seja atestada pela Secretaria Municipal da Bem-estar Social.
A Amae acredita que, com as novas regras, pelo menos dez mil famílias devem recorrer à tarifa social. Com o reajuste, a Águas de Joinville, que hoje fatura cerca de R$ 7 milhões mensais, terá um incremento de R$ 400 mil no caixa. Considerando que a tarifa social terá um impacto de R$ 100 mil mensais, o rendimento líquido deve ser de R$ 300 mil no mês.
Fonte da matéria: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2480287.xml&template=4187.dwt&edition=12140§ion=884
Fonte do vídeo: assessoria do ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB).