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Deputado evangélico quer institucionalizar propaganda antiaborto nas escolas de Santa Catarina

Kennedy Nunes (PSD) propôs a criação do “Dia do Nascituro”

O deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) que pretende criar o “dia do nascituro”, a ser “comemorado” em oito de outubro. O deputado é membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus e desponta como um dos favoritos na disputa da Prefeitura de Joinville, maior colégio eleitoral do estado.

O Projeto de Lei 362.2/2011 propõe ainda a institucionalização de uma verdadeira campanha antiaborto na rede pública estadual de ensino. O texto prevê que o governo terá que incentivar as escolas a abordadem junto aos estudantes, professores, funcionários e comunidade escolar palestras, trabalhos e atividades com o tema “O Direito do Nascituro à vida”.

“Nascituro” é o termo utilizado no ambito jurídico para dizer “feto”. Existe, inclusive, um projeto no Congresso Nacional criando o “Estatuto do Nascituro”, concedendo diversos direitos às pessoas não nascidas.

O objetivo principal dessas propostas é não só acabar com o direito já garantido às mulheres de realizar o aborto em caso de estupro ou quando a gravidez coloca em risco à vida da mãe, mas também, enterrar todo e qualquer debate em torno da descriminalização do aborto no Brasil.


Quase 40% da população mundial vive em países onde o aborto é legalizado

A proposta de Kennedy vai na contramão dos direitos das mulheres. Em todo o mundo, cada vez mais países legalizam o aborto seguro, por entender que a proibição não impede a prática, o que via de regra deixa sequelas e causam até a morte de quem se submete ao aborto ilegal. 

Segundo dados do Center for the Reproduction Rights, 40% da população mundial vive em países onde o aborto já é legalizado, entre eles, Portugal, Estados Unidos, Canadá, Rússia, entre outros. Veja mapa abaixo. Os países em azul claro já legalizaram totalmente o aborto. 

Fonte: PSOL Joinville

‘PSOL tem vocação de poder’, afirma novo presidente

Najla Passos
BRASÍLIA – Órfão de uma liderança nacional desde o afastamento da ex-senadora Heloísa Helena, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu apostar no deputado federal Ivan Valente (SP) para comandar a legenda por dois anos, em convenção realizada no fim de semana, em São Paulo. 
Representante da corrente majoritária do partido, Valente assume com o desafio de ampliar não só a base de filiados e a proximidade com os movimentos sociais, mas também de aumentar as vitórias eleitorais. 
A começar já em 2012, nas disputas para prefeitos. Para isso, o Congresso do PSOL aprovou resolução que libera a direção para fechar alianças com legendas menos radicais do que os parceiros mais comuns nos seus sete anos de vida, PCB e PSTU. Segundo Valente, a decisão é necessária para o PSOL se consolidar como alternativa concreta de poder. 
Fundador do PT, o deputado deixou o partido em 2005, junto a outros dois mil filiados, por insatisfação com os rumos petistas. Apesar disso, no segundo turno das duas últimas eleições presidenciais, defendeu que o PSOL desse “voto crítico” em Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010) e “nenhum voto” nos tucanos Geraldo Alckmin (2006) e José Serra (2010).
Deputado por São Paulo pelo quinto mandato seguido (está na Câmara desde 1995), Valente é um dos cinco parlamentares psolistas em Brasília – ao lado de mais dois deputados (total: 513) e dois senadores (total:81). Engenheiro e professor, iniciou a carreira política no movimento estudantil, combatendo a ditadura militar, opção que lhe custou prisão e tortura. 
A seguir, o leitor confere a íntegra da entrevista exclusiva de Valente à Carta Maior, na qual ele também faz um balanço do primeiro ano do governo Dilma e comenta como ser oposição de esquerda diferenciando-se dos principais adversários da presidenta, situados à direita. 
Qual será sua linha de atuação à frente da presidência do PSOL?
Ivan Valente: Dentro da complexidade do PSOL, foi importante a nossa vitória não só para a presidência, mas também na aprovação das nossas propostas de resoluções em todas as decisões principais tomadas pelo Congresso. Vamos atuar na linha de ampliar o partido, de dar uma face PSOL, aproximando-o da sociedade. O PSOL é um partido com vocação de poder, com proximidade com os movimentos sociais, com forte protagonismo político e que mantém o seu programa. É isso o que queremos consolidar e ampliar. 
O PSOL está organizado em todos os estados brasileiros? Em quantos municípios?
Valente: Hoje, temos 60 mil filiados, presentes em praticamente todos os estados. Desse total, mais de 16 mil participaram do processo formal da Convenção, incluindo as etapas regionais. Mas o partido ainda é desigual nas diferentes regiões. Há estados em que está melhor estruturado, e outro em que não. Em São Paulo, por exemplo, são 180 diretórios ou comissões permanentes. Mas a realidade muda em outras regionais. Nas últimas eleições municipais, lançamos candidaturas em 400 municípios. 
E para as eleições de 2012, o partido pretende concorrer em quantos?
Valente: Ainda não temos essa previsão. O objetivo é ocupar o maior espaço possível. Já definimos candidaturas para três capitais: Rio de Janeiro, Belém e Macapá. Mas queremos concorrer em um número bem maior de estados.
O PSOL já trabalha algum nome para as eleições presidenciais de 2014? A consolidação da sua liderança vai nesta linha?
Valente: Não, o partido ainda não está fazendo esta discussão, até porque nossa participação nas eleições de 2014 irá depender dos nossos resultados em 2012. O PSOL tende a apresentar candidatura majoritária sempre que possível, mas só iremos discutir isso após fazermos o balanço das eleições do ano que vem. O que nós podemos adiantar é que acreditamos que o partido crescerá muito. Os movimentos sociais estão crescendo. A crise econômica abre este espaço de crescimento para partidos de esquerda, e o PSOL é o melhor posicionado para capitalizar esses votos. Temos recebido muitas adesões de ex-militantes do PT, do PV e do PDT, por exemplo, o que comprova que estamos nos constituindo a melhor alternativa à esquerda. 
E como é o desafio de fazer oposição de esquerda ao governo, tendo que se diferenciar da direita convencional?
Valente: Os parlamentares do PSOL têm feito isso com muita sabedoria. Até porque a maioria dos nossos militantes saiu dos quadros do próprio PT e sabe como esse governo funciona. Nós fazemos a diferença na votação dos grandes projetos do país, como foi o caso da DRU [Desvinculação das Receitas da União] O governo do PT é favorável, e a oposição do DEM e do PSDB tentam parecer contrários. Mas eles também são favoráveis à DRU. A diferença é que querem parcelá-la para poder chantagear o governo de dois em dois anos. Com o PSOL, é diferente. Nós realmente somos contrários e nos posicionamos assim, claramente. O mesmo ocorre com o Código Florestal que, apesar dos protestos da população, irá à votação final agora e nós corremos o risco de ser o único voto contrário.
Na questão econômica, também temos posicionamento diferenciado, que é manifestado no dia a dia. Somos contra essa política liberal adotada pelo PT e, por isso, nos posicionamos contra o pagamento da dívida pública, por exemplo. Fomos nós que conduzimos a CPI da Dívida. E isso porque nós mantemos coerência entre política econômica e social. Não é coerente, por exemplo, defender a política econômica atual e pedir 10% do PIB [Produto Interno Bruto] do país para a educação, porque uma coisa inviabiliza a outra. Aliás, nós já defendíamos os 10% do PIB para educação, desde 1998, quando ainda estávamos no PT. Naquela época, o Congresso aprovou 7%. O percentual foi vetado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e o veto foi mantido pelo ex-presidente Lula. Agora, 20 anos depois, a Dilma quer reaprovar os mesmos 7%. É pouco. E não fazemos oposição irresponsável. Nós dizemos exatamente as fontes de onde virão os recursos necessários: da taxação das grandes fortunas e da auditoria da dívida pública. 
Outra bandeira que continuamos defendendo é a da reforma agrária. Este governo do PT já abandonou a questão: zero assentamento este ano. O governo Dilma está muito mais ligado ao agronegócio. 
A propósito, qual é a avaliação que o senhor faz deste primeiro ano de governo Dilma?
Valente: É um governo que goza da popularidade herdada do governo Lula, construída pelo bom momento econômico e por políticas compensatórias. Mas também é um governo que vem sofrendo um grande desgaste, justamente porque estabeleceu uma base de governabilidade que não o diferencia dos demais partidos que admitiu na sua base aliada. Um imenso desgaste ético, embora ainda haja uma blindagem em torno do nome da presidenta Dilma. Mas é uma média de um ministro demitido por mês em função de denúncias de corrupção. Isso é muito grave. 
Mas o PSOL também aprovou uma resolução que lhe permite ampliar suas alianças políticas para as próximas eleições… quais os riscos da medida?
Valente: Nas eleições municipais passadas, já realizamos alianças políticas, como com o PV, no Rio Grande do Sul, e com o PSB, no Amapá. Esta resolução, portanto, não é uma novidade tão grande. Na verdade, ela aponta no sentido de que o PSOL é uma alternativa real de poder. E, por isso, não pode restringir suas alianças apenas aos partidos da chamadas Frente de Esquerda (PCB e PSTU), com quem compomos tradicionalmente. Em vários locais, o PSOL é cabeça de chapa, é hegemônico e vai dar as direções das campanhas. Vamos compor com outros partidos de esquerda para termos maior desempenho eleitoral e ganhar mais visibilidade. De qualquer forma, todas as possibilidades de coligação fora da Frente de Esquerda terão que ser analisadas e aprovadas pelo Diretório Nacional do partido. 
Os critérios para construções de alianças são rígidos?
Valente: Nas eleições passadas, por exemplo, concorremos para 400 prefeituras, mas só fizemos alianças em 14. Agora, a possibilidade também está aberta, desde que se preserve o lado ético das nossas candidaturas. Porque esta causa nos tem sido muito cara. O PSOL é o partido que mais tem se destacado na luta pela ética na política, com a defesa de projetos como o da Ficha Limpa, o que institui o voto aberto no parlamento e o que defende financiamento público de campanha, dentro da reforma política. O objetivo de ampliar as coligações é tornar o partido simpático a novas parcelas da população, mas sem comprometer o cumprimento do nosso conteúdo programático.

Ex-deputado do PMDB é barrado novamente pelo STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em votação extra-pauta, realizada na sessão desta quarta-feira (09), julgou os Embargos Declaratórios (ED) ao Recurso Extraordinário (RE) 631162 interposto pelo ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) com o objetivo de anular o acórdão e tomar posse no senado federal. Os ministros julgaram se Barbalho teria ou não direito de assumir no Senado Federal a vaga hoje ocupada pela senadora Marinor Brito (PSOL-PA).
Na votação, após a manifestação dos 10 ministros que hoje compõem o STF, estabeleceu-se um empate em 5 a 5, e com isso, ficou a cargo da manifestação para desempate da futura ministra Rosa Maria Weber, ainda sem data definida para assumir a vaga na suprema corte, em substituição a ministra Ellen Gracie, que se aposentou.
Jader Barbalho foi barrado pela lei da Ficha Limpa em 2010 por ter renunciado ao cargo de Senador, em 2001, para não ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar por ter desviado recursos do Banpará e Sudam.
Com o empate, fica mantida a decisão do TSE, e o ex-deputado Jader Barbalho, segue impedido de tomar posse.
Acompanhando o julgamento, a senadora Marinor Brito, se manifestou no final da sessão do STF.
– Essa votação [recurso do ex-deputado] mesmo com empate, fortalece a luta pela validação da Lei da Ficha Limpa para 2012 e também significa mais uma derrota para todos os fichas sujas. Vamos continuar firmes, consolidando a cada dia, nosso mandato de senadora do Pará e do Brasil e nosso empenho, agora, é pela validação pelo STF da lei para as próximas eleições, disse Marinor.
Voto a voto: O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, votou pela não alteração da decisão da Corte que, em outubro de 2010, após empate na votação do julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 631102, ajuizado por Jader, decidiu manter o indeferimento do registro do candidato. Para ele, o caso estaria encerrado. O relator foi acompanhado pelos ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia e Ayres Britto.
Já o ministro Dias Toffoli votou para acolher os embargos e deferir o registro do candidato, com base no entendimento de que a Lei da Ficha Limpa não surtiu efeito no pleito de 2010. Ele foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.
Ameaça: O ministro Joaquim Barbosa, relator dos Embargos Declaraclatórios interposto ao Recurso Extraordinário pelo ex-deputado Jader Barbalho, afirmou que foi ameaçado por Barbalho por ter recebido correspondências em sua casa exigindo, por parte do ex-deputado, a celeridade do julgamento de seus recursos.
– Em oito anos e meio que aqui estou nesta Corte nunca recebi nada parecido. E no meu entendimento, esse tipo de manifestação da Parte soa como ameaça, afirmou Barbosa.

Tricampeão: Chico Alencar (PSOL-RJ) é eleito melhor deputado do Brasil pela terceira vez consecutiva

Entre os cinco melhores deputados de 2011,  três são do PSOL. 
O líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ), foi eleito pela terceira vez consecutiva como o melhor deputado federal do Brasil. A premiação é realizada pelo reconhecido site Congresso em Foco. 
O prêmio possui duas categorias: escolha dos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional e escolha do público, via votação pela internet. Na primeira categoria, Chico é tricampeão, tendo levado o título em 2009 e 2010. Na votação do público, é a segunda vez consecutiva que o socialista ganha o prêmio. 
O restante da pequena, porém aguerrida bancada do PSOL também está no topo da lista. Jean Wyllys (RJ) ficou como segundo melhor parlamentar no voto popular. Ivan Valente (SP) ficou em quarto. 
Na votação para melhor senador, o líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues, ficou na sexta posição. 
Chico também leva prêmio por defesa da democracia
Chico Alencar também foi premiado na categoria especial “Destaque por Defesa da Democracia e da Cidadania. 
Trajetória
Carioca, 62 anos, Chico está no terceiro mandato na Câmara. Projetou-se na política como líder comunitário. Mestre em Educação, autor de 26 livros, é professor licenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 1987 e 2005, foi filiado ao PT, pelo qual conquistou seu primeiro mandato na Câmara.
Foi vereador e deputado estadual. Trocou o PT pelo Psol em 2005, no auge do escândalo do mensalão. Contundente nas críticas ao governo e também à oposição feita pelo PSDB e pelo DEM, é uma das principais referências na defesa da ética e da transparência na administração pública.
Chico Alencar foi contemplado em todas as edições do Prêmio Congresso em Foco. Nos últimos três anos, foi considerado o melhor deputado pelos jornalistas que cobrem o Congresso. Em 2010, foi o mais votado pelos internautas. O atual líder do Psol também foi o mais votado pelos 267 profissionais de imprensa que participaram da primeira fase do prêmio, o que ainda lhe permite concorrer ao título de melhor deputado. O anúncio do vencedor desta categoria ocorrerá em instantes.
Com informações do Congresso em Foco

3° Congresso do PSOL elege nova direção do partido

Com delegações de 12 municípios e com a presença de mais de 60 pessoas, o 3° Congresso Estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu neste sábado a nova direção do partido para os próximos dois anos. O 3° Congresso ocorreu no Plenarinho Paulo Stuart Wright, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Composta de 21 membros titulares e oito suplentes, o novo Diretório Estadual fará sua primeira reunião no dia 10 de dezembro, onde escolherá também os membros da Executiva Estadual, entre eles, a presidência da sigla.
Chapa única
A eleição da direção estadual ocorreu em chapa única, respeitando critérios de pluralidade política e geográfica. Diversos segmentos estão representados na nova direção, com integrantes do movimento sindical, estudantil, de mulheres, movimento popular, indígena, LGBT e movimento ecológico, entre outros. Regionalmente, o Diretório possui representação das seis macrorregiões do estado.
Resoluções políticas
O 3° Congresso também aprovou resoluções políticas para orientar as ações da militância do PSOL no próximo período. Entre as resoluções, destacam-se os documentos em defesa do Sistema Acafe 100% Público, da luta contra as Organizações Sociais na Saúde, pela criação de um núcleo de formação política para o PSOL-SC, entre outros. As resoluções congressuais serão publicadas após a primeira reunião do novo Diretório Estadual.

PSOL quer afastamento imediato de Orlando Silva e apuração das denúncia

Presidente do PSOL, Afrânio Boppré

A Executiva  Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tomou a decisão política de exigir o afastamento imediato do ministro do Esporte,  Orlando Silva, e a apuração de todas as denúncias. Afrânio Boppré, presidente em exercício do PSOL, afirma que algo precisa ser feito de forma imediata. “A Controladoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades em 67 convênios da pasta, totalizando R$ 49 milhões. Em Brasília, cinco pessoas foram presas em função de desvios no Programa Segundo Tempo, promovido pelo Ministério. Situação que iniciou desde o mandato anterior, de Agnelo Queiroz, hojegovernador do Distrito Federal. A impunidade não pode mais uma vez prevalecer”, disse.
Boppré lembra que a cada dia surgem novas denúncias sobre o papel de ONG’s fantasmas no recebimento e desvios de recursos ou aquisição de serviços de empresas indicadas pelo PC do B e que o governo de Dilma Roussef coleciona um rol de sucessivos escândalos de corrupção que inclui desde o ex-ministro Palocci/PT (Casa Civil), passando por Alfredo Nascimento/PR (Transportes), Pedro Novais/PMDB (Turismo), Wagner Rossi/PMDB (Agricultura) e agora chegam denúncias sobre Orlando Silva/PCdoB (Esporte).
“O PSOL, por coerência, exige a apuração de todas as denúncias. Sendo assim, apontamos pelo imediato afastamento dessas autoridades de seus cargos, enquanto durarem as investigações sobre o escândalo das propinas e roubos do ‘Projeto Segundo Tempo’, do Ministério dos Esportes, desde o ano de 2003 até o presente momento. Se as investigações não progredirem e o povo não se mobilizar os meganegócios dos megaeventos como a Copa e Olimpíadas serão fonte inesgotável de negociatas. O PSOL está fazendo a sua parte para banir a corrupção”, finaliza Afrânio Boppré.
Fonte: Jornal do Brasil

"Passagem de ônibus de graça" – Entrevista de Leonel Camasão ao "A Notícia"

Foto: Leo Munhoz
PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITURA DE JOINVILLE
Passagem de ônibus de graça

A candidatura a deputado em 2008*, quando era desconhecido e fez cerca de mil votos em Joinville, levou o jovem Leonel Camasão (PSOL), de 25 anos, a buscar mais oportunidades na política. O desejo de concorrer à Prefeitura em 2012 ainda deve ser avaliado no partido, mas é uma maneira de o PSOL marcar presença no pleito municipal

Subsídio e tarifa zero no transporte público
“O transporte público acessível é uma das principais propostas do PSOL. Melhora a mobilidade e o planejamento. Para isso, é preciso criar uma estrutura que regule o sistema de ônibus. O serviço continua a ser feito por empresas, mas quem controla é a Prefeitura. Nesse sistema, aplicaríamos subsídio para chegar à tarifa zero. O dinheiro poderia vir de multas de trânsito, dos estacionamento públicos. O pagamento às empresas seria por quilômetro rodado, não por passageiros.”
Eleição direta para diretores
“Eleição direta para diretores é uma de nossas bandeiras e uma maneira de acabar com cargos comissionados também. Ela foi uma bandeira do PT no passado, mas não teve mudanças com o governo Carlito. Há exemplos interessantes em outras cidades, onde há eleições diretas para diretor, onde as escolas são melhor avaliadas. Há mais comprometimento, os pais participam mais da escola, porque são eles que escolhem o diretor, que tem autonomia para lutar por melhorias.”
Inversão da cobrança de impostos
“Defendemos uma inversão na lógica da cobrança dos impostos. Nossa visão é de que, quem tem uma renda maior, deve ser mais taxado. Quem tem renda menor, paga menos. Os maiores devedores do IPTU são grandes empresários ou empresas. É preciso fazer com que eles, que têm outras formas de sobreviver, paguem a dívida. Em último caso, pode-se até pensar na expropriação do terreno para uso público. Defendemos essa lógica para qualquer imposto.”
PLANEJAMENTO
“Pensamos o planejamento em duas linhas: a da mobilidade, que é uma das prioridades, e da habitação, que ajuda a controlar um crescimento desordenado. A proposta é de um programa habitacional consistente, que vai além do Minha Casa, Minha Vida, que hoje funciona mais como programa de aquecimento econômico do que programa de moradia. E precisa ser moradia para baixa renda. O Minha Casa, Minha Vida visa a erradicar a falta de moradia para a classe média e atinge 10%, 15% das classes mais pobres. Defendemos um programa municipal que atenda aos menos favorecidos.”
SAÚDE
“Precisamos retomar o controle efetivo do SUS. A Constituição determina que o SUS seja prioritário e a saúde privada seja complementar. Hoje, está equiparado. Em Joinville, mais ainda, até por causa desses hospitais privados que estão sendo construídos. O investimento privado desequilibra o SUS em Joinville. Não é à toa que a maior demanda em especialidades é por oftalmologista e se constrói um hospital de olhos na cidade, isso não é coincidência. A proposta do PSOL é investir pesado na Saúde, principalmente nas especialidades. Em um primeiro momento, poderia até ser feito mutirões, mas com cautela, para não exaurir os servidores da saúde. O reajuste para os médicos é bem-vindo. Também investiríamos no Programa Saúde da Família. Com mais prevenção, temos menos necessidade de alta complexidade. Outra questão importante é lutar por mais comprometimento federal com a Saúde. Só o município não dá conta.”
EDUCAÇÃO
“Uma proposta é inserir mais atividades complementares no currículo da educação, como aulas de artes, música, de cultura afro-brasileira, esportes, orientação sexual etc. Isso tem que ser feito aos poucos, começando com algumas experiências. A outra proposta é eleição direta para diretores.”
MOBILIDADE
“Há obras viárias que serão inevitáveis, mas não defendemos grandes elevados, grandes obras viárias, até porque não resolvem o problema. Esses grandes eixos, como o Eixão, mudam o congestionamento de lugar. A saída, além do transporte coletivo, é apostar em ciclovias. Talvez poderia ser discutido o anel viário, mas ele também pode ter problemas. É normal que dentro do anel, a cidade se desenvolva. Fora, cria-se uma periferia sem estrutura, com mais problemas ainda no transporte. Mas apostamos muito na tarifa zero do ônibus. Você melhora muito a mobilidade.”
SEGURANÇA
“O município pode trabalhar mais em relação à Defesa Civil. Temos que fazer limpeza de rios, drenagem do Cachoeira. Isso diminui o impacto das enchentes. A questão de policiamento, que não é competência do município, mas deve ser discutida, é a unificação e desmilitarização das polícias.”
MEIO AMBIENTE
“Hoje, órgãos ambientais trabalham muito para emitir licenças para obras e nada mais. A política ambiental passa por ampliação da fiscalização, com mais fiscais. E é necessário a universalização do saneamento básico, algo que não dá para fazer em quatro anos, mas que pode ser iniciado. Nesse ponto, defendemos uma Águas de Joinville inteiramente pública, sem participação privada.”
LAZER E TURISMO
“Hoje, as praças são cada vez mais feitas de concreto, de pedra. Acho que deveria ter grama, verde. Tem que ter mais praças, mais espaços de lazer na periferia. Não sei se o Parque da Cidade cumpre a demanda, mas tem que manter ele funcionando. Tem que reformar o Mirante, o Caieira. Não descartaria a construção de um grande parque. Agora, o que sentimos falta mesmo é de bibliotecas, de espaços culturais, de convivência.”
GESTÃO
“A estrutura é inchada e há ineficiência em algumas secretarias. Uma das primeiras medidas é extinguir as secretarias regionais. Os funcionários poderiam ser aproveitados em outras áreas. Geraria economia. Outra questão é a remuneração dos cargos comissionados. Londrina tem 300 cargos comissionados. Joinville, com o mesmo porte, tem 600. Precisamos combater inadimplência do IPTU e aumentar a arrecadação e implantar o IPTU progressivo. Quem tem mais vai pagar mais.”
 rogerio.kreidlow@an.com.br

Descoberto plano para assassinar Marcelo Fleixo, deputado do PSOL no Rio de Janeiro

Ex-policial foragido de presídio da PM receberia R$ 400 mil para matar deputado que presidiu CPI das Milícias
RIO – Ex-cabo da Polícia Militar que fugiu do Batalhão Especial Prisional (BEP), em setembro passado, estaria articulando um plano para executar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Ligado a um grupo paramilitar de Campo Grande, na Zona Oeste, Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, receberia R$ 400 mil para matar o parlamentar, que presidiu a CPI das Milícias. De acordo com documento reservado da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, o ex-PM já teria feito levantamento da rotina do político, inclusive dos horários em que ele dispensa a segurança da Assembleia Legislativa do Rio.
Procurado pelo GLOBO, Marcelo Freixo confirmou ter sido informado sobre a existência do plano pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), que aumentou o aparato de segurança do parlamentar:
– Após a morte da juíza Patrícia Acioli as ameaças feitas a mim triplicaram. Isso pode ser um sinal de que o crime organizado no Rio pretende avançar nas suas fronteiras, não aceito que esse problema seja exclusivamente meu. As milícias continuam com seus negócios e territórios em expansão, somente as prisões não vão deter esses grupos. É preciso retirar deles as fontes de lucro. Convivo com o medo, a vontade de viver e de continuar fazendo o que acredito – afirma Marcelo Freixo.
Fonte: O Globo