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Amanhã tem "Fora Pavan" na esquina democrática

Estudantes e militantes ligados ao PCdoB de Florianópolis convocaram para amanhã, às 10 horas da manhã, uma manifestação pelo “Fora Pavan”, na esquina democrática (Marechal Deodoro com Felipe Schimdt).

Os protestos vem com atraso, já que Leonel Pavan (PSDB) assumiu o governo a quase uma semana. De qualquer maneira, é uma causa válida, já que Pavan é investigado pela Justiça e existem fortes evidências de seu envolvimento em casos de corrupção.

PSDB acusa tríplice aliança de "Golpe contra Pavan"

O deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) divulgou, através de sua assessoria de imprensa e também pela newsletter do PSDB-SC, uma nota onde acusa os membros da tríplice aliança de armarem um “golpe” contra a candidatura do vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

A nota foi divulgada logo após o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, colocar novamente o nome à disposição do PMDB para disputar o governo do Estado. Nos bastidores, afirma-se que a movimentação é um arranjo para compor uma chapa Raimundo Colombo (DEM), com Dário de vice.

Dário estaria “cansado” da vida de prefeito (exerce o cargo a quatro mandatos consecutivos) e também dos inúmeros processos e investigações que sofre no cargo. Eleitoralmente, Dário como vice reforça a chapa de Colombo, pois Florianópolis é o maior colégio eleitoral de Santa Catarina. Além disso, a movimentação levaria o PSB de Djalma Berger para a tríplice aliança.

Leia a nota completa do PSDB

Golpe contra o PSDB/SC

A bancada do PSDB manifesta-se veementemente contra os movimentos de alguns segmentos da tríplice aliança para que Leonel Pavan não assuma o Governo do Estado. Os deputados do PSDB consideram as manobras como uma tentativa de golpe contra o vice-governador, eleito legitimamente. Também afirmam que o fogo amigo dentro da tríplice aliança está potencializando excessivamente as denúncias contra Leonel Pavan, com o objetivo de fulminar suas chances na disputa ao Governo do Estado, já que ele estava se mostrando o candidato mais forte, crescendo muito nas pesquisas internas de todos os partidos.

Nota divulgada pela Assessoria de Imprensa do
Deputado Marcos Vieira(PSDB)
Gutieres Baron
Assessor de Imprensa

Porque Pavan quer ser investigado?

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A repercussão das atitudes do vice-governador Leonel Pavan (PSDB) está deixando muitos acompanhantes do noticiário político em dúvida. Porque Pavan não está medindo esforços para garantir que a investigação contra sua pessoa aconteça ? Porque pediu aos deputados estaduais que autorizem o Tribunal de Justiça a processá-lo? Porque tem tanto interesse em fazer com que o processo corra de maneira rápida? Afinal de contas, na história política recente do país, todos os políticos acusados de graves crimes de corrupção dão nó em pingo d’água para impedir processos, investigações, CPIs e afins. Então, porque Pavan quer permitir tudo isso?

Um dos motivos aparentes é exatamente este: inundar a cabeça das pessoas de dúvidas. Pavan quer demonstrar que age como inocente, mesmo que as imagens e gravações já exibidas pela imprensa sejam avassaladoras.

Além disso, a partir do momento em que o processo começar a tramitar no Tribunal de Justiça, o assunto tecnicamente “morre” para a imprensa. É só um dos 50 desembargadores pedir vistas do processo para que deixem de ocorrer fatos novos até a imprensa silenciar sobre o caso. Com o silêncio, a intenção de assumir o governo e tentar salvar a moribunda candidatura ganha força.

Ao mesmo tempo, Pavan, que está com o projeto eleitoral por um fio, limpa a barra dos deputados governistas, ao liberá-los a votar a favor da investigação. Afinal, o presidente tucano não precisa compartilhar o ônus eleitoral com a base do governo, pois isso afetaria os projetos da tríplice aliança.

O mesmo ocorreu quando a Assembleia Legislativa acatou o pedido de impeachment do PSOL. Ele poderia ter engavetado o pedido sumariamente, sob qualquer desculpa esfarrapada. Caso isso ocorresse, Jorginho Mello (PSDB), presidente da Alesc, arcaria sozinho com o ônus de engavetar o impeachment. Ao constituir comissão especial para realizar a investigação, ele dilui a responsabilidade com nove deputados e lava as mãos. De quebra, passa a imagem de independência e transparência.

A Alesc também tentará empurrar com a barriga o pedido de impeachment, para blindar Pavan. Possíveis fatos novos devem complicar essa estratégia de passar a imagem de bom moço e adiar sua posse como governador, quem sabe, até impedi-la.

A candidatura Pavan está se desmilinguindo

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Está cada vez mais remota a possibilidade do vice-governador Leonel Pavan (PSDB) ser candidato ao governo do estado nas eleições desse ano. Atingido em cheio por uma investigação da Polícia Federal e por um pedido de impeachment impetrado pelo PSOL, o vice faz bravata e dá entrevista dizendo: “assumo quando quiser”.

Sabemos que não é bem assim. Logo após cantar de galo e anunciar que assumiria o governo ainda em janeiro, as gravações que incriminam Pavan e dão subsídios para as conclusões da PF apareceram na RBS TV.

Os vídeos são contundentes. Independente do resultado na Justiça, a candidatura de Pavan já está abalada em suas estruturas. A tríplice aliança agora deverá caminhar com Raimundo Colombo (DEM), único candidato governista com chances reais de enfrentar Angela Amin (PP). Diga-se de passagem, são duas péssimas opções.

As denúncias prejudicam também a candidatura de LHS ao Senado. Com Pavan no alvo, fica difícil se licenciar do governo para começar a pré-campanha.

Para piorar o lado de Pavan, a Assembleia Legislativa acatou o pedido de impeachment do PSOL. Uma comissão de nove membros deverá avaliar o pedido a partir de fevereiro.

PSOL quer impeachment de Leonel Pavan (PSDB)

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O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL/SC) requer nesta terça-feira, 5 de janeiro, pedido de impeachment do vice-governador Leonel Pavan (PSDB) junto a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Segundo o presidente do PSOL, Afrânio Boppré “os fatos já apontados pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual são suficientes e justificam o pedido de impeachment”. A decisão foi tomada em reunião extraordinária do PSOL catarinense.

O documento possui 14 páginas e pede o afastamento do vice-governador de suas funções até que o processo seja analisado pelos deputados estaduais. Segundo Boppré, “se a Assembléia Legislativa quiser continuar sendo reconhecida como a Casa do Povo e Poder independente, deve acolher a iniciativa do PSOL”.

O PSOL foi o primeiro partido a requerer impeachment de José Roberto Arruda (DEM), governador do Distrito Federal flagrado com dinheiro nas meias. Também em 2008, o PSOL gaúcho se destacou pelas denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, sobre a compra de sua mansão com dinheiro de campanha eleitoral.

Após protocolo o PSOL dará coletiva na ALESC às 15 horas.

http://www.psolsc.org.br/noticias/psol-quer-impeachment-de-leonel-pavan.html