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Essencial, Galeano completa 71 anos neste sábado

Boa parte das mais de 40 obras de Eduardo Galeano podem ser consideradas essencias para aqueles que pretendem entender um pouco mais sobre a América Latina. Permeados de vários gêneros – ficção, jornalismo, análise política, prosa, poesia – , suas obras marcam a história da nossa literatura. 
Pois neste sábado, o nobre uruguaio não só completa 71 anos, mas a sua principal obra, As Veias Abertas da América Latina, completam 40 anos da primeira publicação. No livro, o autor analisa a história do continente desde o período da colonização europeia até a Idade Contemporânea. 
Apesar de quarentão, a obra ganhou um boom de vendas em abril de 2009, quando o presidente Venezuelano Hugo Chavez presenteou o homônimo americano Barcak Obama com a obra, durante a quinta Cúpula das Américas. 
Parabéns a Galeano, pelo aniversário e por nos presentar com sua belíssima obra. 

Hugo Chavez anuncia em TV venezoelana: está com câncer

Um discurso de Hugo Chávez ontem esclareceu o mistério que cercava a estadia prolongada do presidente venezuelano na capital cubana. E confirmou as suspeitas levantadas pela oposição: Chávez, tinha sim, algo mais grave que um abscesso pélvico. O polêmico líder anunciou em pronunciamento transmitido pela TV, que teve um tumor cancerígeno retirado e trava “a batalha pela vida”.
Até ontem, o governo venezuelano afirmava que o diagnóstico de Chávez era o de um abscesso pélvico (acúmulo de pus) e que ele estava em “franca recuperação”. Na transmissão, ele afirmou ainda que está se recuperando satisfatoriamente e assegurou que continua desempenhando suas funções no governo.
Ele contou que, na capital cubana, submeteu-se à cirurgia para a remoção do abscesso, quando o câncer foi diagnosticado.
– Durante o processo de drenagem (no tratamento do abscesso pélvico) apareceram suspeitas de outras formações celulares não detectadas desde então. Foram realizados outros estudos que confirmaram a existência de um tumor com presença de células cancerígenas – afirmou.
Chávez foi então submetido a uma segunda cirurgia, segundo contou. De acordo com as palavras do venezuelano, a cirurgia procedeu a total extração do tumor. Ele afirmou estar “determinado a superar essa batalha”.
Embora tenha essa atitude questionada pela oposição, Chávez se recusa a transferir o governo para o seu vice, Elias Jaua, e continua oficialmente no comando do país. O estado de saúde de Chávez obrigou o governo ontem a cancelar a reunião de presidentes da região que ocorreria na Isla Margarita nas próximas terça e quarta-feira. A Venezuela se prepara para o maior desfile militar de sua história, em comemoração do bicentenário da independência, na próxima terça.
O retorno de Chávez havia sido anunciado por um irmão de Chávez, Adán, como previsto para o início da próxima semana. No discurso de ontem, Chávez não mencionou se voltará ao seu país para as comemorações.
Fonte: Itamaraty

Acusado de "impulsionar socialismo em Honduras", Zelaya é expulso do Partido Liberal

O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya, foi expulso nesta terça-feira (28/06) do Partido Liberal hondurenho, pelo qual foi eleito em 2005. A razão oficial alegada era de que ele estava “impulsionando o socialismo”, segundo informou Rafael Alegria, coordenador da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular), movimento do qual Zelaya também faz parte.
“Hoje, ao meio dia, em entrevista coletiva à diretiva do Partido Liberal informou ao povo hondurenho que este partido político expulsou definitivamente José Manuel Zelaya Rosales por considerar que este estava formando outro movimento político e impulsionando o socialismo em Honduras”, explicou Alegría.
A expulsão se deu após a formalização da criação oficial da FARP (Frente Ampla de Resistência Popular), que aglutina às diversas tendências políticas que integram o FNRP e pretende ser uma alternativa ao bipartidarismo no país e à influência da oligarquia hondurenha.
De acordo com a rede de notícias TeleSur, Zelaya foi expulso sem consulta prévia. Segundo Alegria, essa decisão já era esperada por Zelaya, que “vinha trabalhando arduamente para consolidar a Frente Ampla, que nos levará ao poder”.
“A diretiva deste partido político [PL], aliado com o Partido Nacional, a burguesia deste país, a igreja católica e a evangélica foram os responsáveis pelo golpe de Estado contra Zelaya, que sem dúvida não poderia voltar para uma estrutura tão arcaica”, afirmou o coordenador da FNRP.
Zelaya foi deposto por um golpe de Estado militar em 28 de junho de 2009 e se exilou na República Dominicana. A efetivação de seu retorno foi fruto de um longo diálogo com o atual governo, intermediado pela Colômbia e pela Venezuela. Os dois países também lideraram as negociações para a reincorporação de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos), órgão do qual o país foi suspenso em outubro do mesmo ano.
Fonte: Diário Liberdade

Associação José Marti promove quarta convenção em solidariedade à Cuba

A Associação Cultural José Marti de Santa Catarina promove hoje, às 19 horas, no auditório do Sindsaúde, a quarta Convenção Estadual de Solidariedade à Cuba. O evento contará com a presença do Cônsul-geral de Cuba no Brasil, Lazaro Cabrera. 
O encontro reunirá parlamentares, militantes e intelectuais que defendem o regime socialista cubano e prestam solidariedade às adversidades sofridas pelo país, em especial, o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, que impede o pleno desenvolvimento de Cuba. 
Também hoje, às 16 horas, será lançada a Frente Parlamentar de Solidariedade à Cuba, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. 

Peru: um país que decide seu modelo

Esquerda partidária e não institucional peruana se une a Humala para derrotar a possibilidade de volta do fujimorismo
Julia Nassif de Souza e Ignacio Lemus
de Lima (Peru)
Onze anos depois dos escândalos de corrupção, violações comprovadas de direitos humanos e fuga de políticos que marcaram a queda do fujimorismo, o Peru se prepara para o segundo turno das eleições presidenciais que apresentam Keiko Fujimori – filha do ex-presidente e, hoje, atrás das grades, Alberto Fujimori – em uma ferrenha disputa com o candidato progressista Ollanta Humala, que alcança pela segunda vez consecutiva o segundo turno.
Os números indicam que até 5 de junho o país viverá um clima de incertezas, após um primeiro turno em que Gana Perú, partido de Humala, superou, com 31,7% dos votos, as quatro forças apresentadas pela direita neoliberal: Keiko Fujimori (23,5%); o peruano-estadunidense Pedro Pablo Kuczynski, ex-assessor do Banco Mundial e ex-primeiro-ministro; o ex-presidente AlejandroToledo; e Luis Castañeda.
De acordo com a última pesquisa, do instituto de pesquisas Datum, de 15 de maio, o apoio dos grandes meios de comunicação à filha do ex-ditador tem dado resultado: Fujimori, com 46% das intenções de votos, supera Humala por quase 6 pontos de diferença. 8,6% dos peruanos ainda estariam indecisos.
Origem militar
Ollanta Moisés Humala Tasso, segundo de sete irmãos, é descendente do movimento militar Etnocacerista, grupo que nasceu para atuar na defesa dos direitos nacionais indígenas.
Como militar, em 1991, Humala prestou serviços combatendo os remanescentes do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, função pela qual o candidato não é muito recordado. Em 2000, ainda como militar, esteve na rebelião na cidade de Moquegua, no sul do Peru, contra o regime de Alberto Fujimori, enquanto o assessor presidencial Vladimiro Montesinos escapava do país em um veleiro.
Humala também conta em seu currículo com investigações e acusações contra ele, nenhuma delas comprovadas na Justiça peruana. Afastado do serviço militar em 2005, o candidato foi acusado de ter participado de um levante seguido de assalto em uma delegacia no qual seu irmão, o ultranacionalista Antauro Humala, terminou condenado a 25 anos de prisão por delitos de homicídio qualificado, rebelião e porte ilegal de armas.
Em 2005, como líder do Partido Nacionalista Peruano, postulou-se às eleições presidenciais, em aliança com o partido Unión por el Perú. Contando com o apoio anunciado do presidente venezuelano Hugo Chávez, disputou o segundo turno contra Alan García, que saiu vitorioso.
Cinco anos mais tarde, o Gana Perú, aliança do Partido Nacionalista Peruano com partidos de esquerda, apresenta Humala como a ْúnica força para enfrentar os quatro candidatos da direita neoliberal.
Escândalos e popularidade
Do outro lado, está Keiko Fujimori, que, com 34 anos, já carrega uma bagagem governista desde 1994 quando, aos 19 anos, enfrentou o turbulento divórcio dos pais e escolheu ficar ao lado do então mandatário. Os frutos dessa decisão ela colhe agora, alcançando altos índices de popularidade em sua primeira tentativa presidencial.
No ano 2000, na terceira gestão presidencial de Alberto Fujimori, durante os escândalos e denúncias de corrupção e violação de direitos humanos que já não se podia esconder, o presidente foge do país e só é detido em 2005, no Chile, em uma ação histórica da Justiça latino-americana.
Keiko, então, volta a morar nos Estados Unidos, onde completa sua preparação política inspirada na defesa de seu pai, que cumpre 25 anos de prisão.
Os escândalos que rondam a família Fujimori não evitaram que Keiko, em sua primeira tentativa à presidência, venha alcançando mais da metade das intenções de votos válidos no segundo turno. Mas, com tanta corrupção exposta e comprovada, prisões decretadas e fugas do país, por que a candidata tem tanta popularidade?
É o que explica o peruano Oscar Ugarteche, economista, presidente da Agência Latino-Americana de Informação (Alai) e coordenador do Observatório Econômico da América Latina (Obela). Ao analisar o processo eleitoral peruano, ele sugere que a filha de Fujimori conquista as novas gerações apresentando-se como a “jovem mãe, simpática, com um marido gringo e com três passaportes, que, vergonhosamente, são valores positivos para a sociedade peruana”.
Apoio dos movimentos
A imagem de boa moça, exemplo para a juventude desinteressada na política do país, já seria suficiente para conquistar tamanha votação de uma geração que não viveu ou não tem memória do autoritarismo fujimorista. Além disso, segundo , que teve que sair por três vezes do país na era Fujimori, “a direita promoveu tudo com tanta inteligência que Humala simboliza perda, autoritarismo, violação dos direitos humanos, expropriações, estatizações, controles de preços e tudo o que levou à hiperinflação que Alan García produziu nos anos 1980”.
Apesar das vinculações que são atribuídas a ele, no entanto, a maioria dos movimentos sociais no Peru o tem apoiado, nem sempre por identificação plena, mas sim por uma união dos movimentos e partidos da esquerda peruana contra um medo em comum: o retorno à corrupção e à “ditadura” fujimorista.
Lourdes Huanca, presidenta da Femucarinap (Federação de Mulheres Campesinas, Artesãs, Indígenas, Nativas e Assalariadas do Peru), confirma o apoio da organização e esclarece que essa decisão foi discutida e tomada pela maioria dos movimentos sociais que atuam em defesa, principalmente, da liberdade e da democracia, que estariam ameaçadas com a volta do fujimorismo.
Tais riscos são também apontadas por Ugarteche, que adverte ainda que, em uma eventual vitória de Keiko, Alberto Fujimori, o fantasma ignorado pela imprensa nesta eleição, seria solto no dia seguinte ao segundo turno.
Ao mesmo tempo em que a mídia esquece o ditador, ela tenta fazer colar a imagem de falta de autonomia da candidatura de Ollanta Humala, mostrando Hugo Chávez à sua sombra.
Hugo Chávez
Não é de hoje que isso acontece. Desde que o atual presidente, Alan García, assumiu, a mídia tem incentivado a campanha contra Chávez, comenta Ugarteche, assegurando que se trata de uma jogada política para diferenciar o governo “democrático” de García do “não democrático” do venezuelano, com o objetivo de polarizar a América do Sul e separar o Peru e a Colômbia de uma dinâmica política regional que está em curso.
O peculiar, acredita o economista, é que essa campanha não é acidental, pois estaria orquestrada pela direita venezuelana, que estaria assessorando Keiko Fujimori. Paradoxalmente, se o conceito que o imaginário midiático criou do “ditador” Hugo Chávez encontra paralelo em algum peruano, este seria Alberto Fujimori.
Ugarteche agrega que o Peru possui traumas das guerras contra Equador e Chile, das perdas ocasionadas pela inflação e das reformas de Juan Velasco Alvarado [presidente do autodenominado Governo Revolucionário das Forças Armadas, entre 1968 e 1975].
Segundo ele, cada vez que tais reformas, como a agrária e nacionalizações, são trazidas à pauta, a elite se mobiliza, temendo que a história se repita. A estratégia de associar Humala a Chávez seria a tentativa de colar no primeiro a ideia de perda (de privilégios).
Apesar dos traumas, o plano de governo de Humala se orienta para a distribuição de renda, geração de emprego e regulação dos recursos para a formação de um setor industrial produtivo que enfrente o grande setor financeiro-minerador, representado por Pedro Pablo Kuczynski e Keiko Fujimori.

Do Brasil de Fato

América Latina continua sendo a região com mais desigualdades do mundo

O relatório da Anistia Internacional ainda destaca outras violações ocorridas no continente americano ao longo do ano de 2010, como perseguição a defensores/as dos direitos humanos e violência contra mulheres e meninas.
Por Karol Assunção [13.05.2011 18h52]
“Ao terminar 2010, América Latina seguia sendo a região com mais desigualdades do mundo”. Isso é o que afirma Anistia Internacional em seu “Informe Anual 2011 – o estado dos direitos humanos no mundo”. Além da desigualdade, o relatório ainda destaca outras violações ocorridas no continente americano ao longo do ano de 2010, como perseguição a defensores/as dos direitos humanos e violência contra mulheres e meninas.
A organização internacional reconhece alguns avanços em relação aos direitos humanos nas Américas. De acordo com ela, “mesmo que parciais e lentos”, a região conseguiu alguns progressos nessas questões. Destaque para o papel das comunidades e organizações sociais que estão cada vez mais denunciando tais violações e atuando em defesa das vítimas.
O relatório cita a realidade do Haiti como exemplo. No final de 2010, mais de um milhão de pessoas que tiveram suas casas destruídas pelo terremoto – ocorrido em janeiro no mesmo ano – continuavam vivendo em acampamentos provisórios. Situação que deixou mulheres e meninas ainda mais vulneráveis a abusos sexuais. Mesmo com a dor de ter perdido familiares e pertences no terremoto e ainda de ter sido vítima de violação sexual, as mulheres se uniram e formaram “A Comissão de Mulheres Vítimas pelas Vítimas” (Kofaviv), que oferece apoio médico, psicológico e econômico às sobreviventes de violência sexual nos acampamentos haitianos.
Entretanto, mesmo com a ação de organizações sociais, o documento aponta que é preciso a posição dos Estados em defesa dos direitos humanos. Participação que, segundo revela o informe de Anistia Internacional, nem sempre acontece.
“Ainda em tempos de paz e estabilidade relativas, é frequente que os governos não garantam o respeito dos direitos na prática, nem sequer no caso de quem corre mais perigo de sofrer abusos, como as pessoas que vivem na pobreza, os povos indígenas e as mulheres e as meninas. Essa situação se dá, sobretudo, quando poderosos econômicos que consideram que respeitar os direitos das comunidades pobres e marginalizadas é contrário a seus objetivos econômicos”, aponta.
É o que o documento destaca em relação às violações aos direitos dos povos indígenas. Segundo o informe, em 2007, vários Estados do continente votaram a favor da Declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos dos Povos Indígenas. No entanto, até o final do ano passado, nenhum havia promulgado normas que garantissem o direito dos povos indígenas de serem consultados sobre projetos que os afetam.
“Em Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, Panamá, Paraguai e Peru, os indígenas considerados como obstáculo aos interesses comerciais foram objeto de ameaças, assédio, desalojamentos forçados, deslocamentos e homicídios à medida que o afã de exploração dos recursos se intensificava nas zonas que habitavam”, revela.
Outro problema enfrentado pela região é a pobreza. Mesmo com importantes avanços, de acordo com Anistia Internacional, quase um quinto da população latino-americana e caribenha ainda vive em situação de pobreza extrema, principalmente indígenas e afrodescendentes.
A situação também não é animadora para comunicadores/as e defensores/as de direitos humanos. Segundo o relatório, o continente americano é o segundo mais perigoso para os/as jornalistas, perdendo em números de assassinatos somente para Ásia. “Quase 400 trabalhadores de meios de comunicação receberam ameaças ou sofreram ataques e pelo menos 13 jornalistas morreram pelas mãos de agressores não identificados”, afirma.
Ativistas também correm risco ao defender os direitos humanos na região. De acordo com o relatório, Brasil, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México e Venezuela são alguns dos países onde defensores/as foram vítimas de assassinatos, ameaças, perseguições e atuações judiciais arbitrárias.
Para mais informações sobre o relatório, acesse: http://amnesty.org/es/annual-report/2011/introduction.

Portal Unamerica já está no ar

O portal Unamérica é um espaço a serviço da luta dos povos da América Latina e do mundo contra o imperialismo, pela liberdade e a transformação social. Criado a partir da iniciativa de militantes dos movimentos sociais, intelectuais, dirigentes políticos e ativistas com diferentes vivências internacionalistas,Unamérica se propõe a ser um instrumento de difusão de informação alternativa na internet, suprapartidário, autônomo, mas identificado com a alternativa socialista como meio para superar as desigualdades existentes em nosso continente e com a democracia direta como forma de controle popular.

Além de informar, Unamérica tem como objetivo dar voz àqueles que não abandonaram a utopia socialista e que não compartilham das teses que advogam a favor de um “capitalismo humanizado”. Se por uma lado a América Latina vive um processo de intensas transformações, por outro, é preciso diferenciar aqueles avanços que caminham na direção do enfrentamento aos interesses do imperialismo, daqueles que apenas administram o perverso sistema econômico e social vigente em mais de 500 anos de dominação imperialista em nosso continente.

Mantido pelo Centro de Estudos e Solidariedade Internacional de mesmo nome, Unamérica tem como objetivos:

 a) Promover a solidariedade internacional às lutas populares em escala continental, a defesa da soberania e autodeterminação dos povos latino-americanos, dos direitos humanos e da memória histórica dos oprimidos;

b) Estimular iniciativas de estudo e formação política que tenham como finalidade a reconstrução da memória dos povos da América Latina;

c) Promover projetos e ações que visem a democratização da comunicação e a divulgação da livre informação;

d) Promover a identidade social e cultural latino-americana e suas variadas expressões artísticas e culturais;

e) Estimular a parceria, o diálogo local e solidariedade internacionalista entre os diferentes setores populares, no Brasil e no exterior, participando junto a outras entidades de atividades que compartilhem destes objetivos.

Agora que você já sabe o que é Unamérica, acesse, divulgue, critique. Contribua com este espaço e ajude a construir a Pátria Grande.

Um abraço!

Equipe de Unamérica.


Acesse: www.unamerica.org.br

Argentina avança com matrimônio gay. E no Brasil…

O Senado da Argentina aprovou o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. Quando a presidente Cristina Kirchner sancionar a mudança (e ela o fará, pois é defensora da proposta), o país será o primeiro da nossa machista América do Sul a universalizar esse direito. Gays e lésbicas poderão constituir oficialmente casais, com os mesmos direitos dos pares heterossexuais, incluindo herança, direito a pensões, adoção de filhos. Houve fortes protestos contra e a favor da mudança na legislação mas, ao final, ganhou a razão – vitória que pode ser computada na conta da sociadede civil argentina e suas organizações em prol dos direitos dos homossexuais.

O que mostra, mais uma vez, de que a discussão de quem tem um futebol mais bonito e eficiente está em aberto, mas em termos de civilidade o Brasil ainda tem muito o que aprender com o irmão do Sul. Por aqui, a Advocacia Geral da União defende a união estável de casais homossexuais. Em nome da Presidência da República, a AGU argumenta que as relações homossexuais existem independentemente de amparo legal, embora países já tenham mudado sua legislação para incluir essa possibilidade. O parecer tratando do tema veio para apoiar a Procuradoria Geral da República, que pediu para o Supremo declarar inconstitucional o artigo do Código Civil que considera a união possível apenas entre homens e mulheres.

Na Argentina, para possibilitar o matrimônio, houve uma alteração na legislação trocando “homem e mulher” para “cônjuges”. Há propostas tramitando no Congresso Nacional brasileiro para permitir a união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas distantes de serem aprovadas. E a questão do matrimônio, então, é lenda. Afinal de contas, isso é pecado…

Apesar da influência de grupos religiosos contrários à mudança, mais cedo ou mais tarde, a lei será alterada no Brasil também, garantindo dignidade e combatendo o preconceito. Já está indo aos poucos: é um homem que consegue estender o plano de saúde para o seu companheiro, é uma mulher que consegue a pensão de sua companheira. O problema é que essa marcha está sendo bem lenta quando, em verdade, deveria correr rápida para dar tempo às pessoas que hoje vivem de desfrutarem uma nova realidade.

É um absurdo que a essa altura da história nossa sociedade ainda esteja discutindo se deve ou não universalizar direitos. Que, de tempos em tempos, gays e lésbicas sejam espancados e assassinados nas ruas só porque ousaram ser diferentes da maioria. Que seguidores de uma pretensa verdade divina taxem o comportamento alheio de pecado e condenem os diferentes a uma vida de inferno aqui na Terra.

Consciência não se aprende na escola, nem é reserva moral passada de pai para filho nas famílias. Mas sim na vivência comum na sociedade, na tentativa do conhecimento do outro, na busca por tolerar as diferenças. O Congresso Nacional, que hoje está sentado em cima de propostas de mudança, é fruto do tecido social em que estão inseridos – e sim, a esbórnia que ganha as páginas policiais, digo, de política, é sim um reflexo de nós mesmos. Na prática, uma (não) decisão legislativa tem em seu âmago o mesmo preconceito das piadas maldosas contra gays ou dos pequenos machismos em que nós (e não me excluo disso) nos afundamos no dia-a-dia. O que difere é o tamanho do impacto, não sua natureza.

Coloquemos a culpa no processo de formação do Brasil, na herança do patriarcalismo português, nas imposições religiosas, no Jardim do Éden e por aí vai. É mais fácil atestar que somos frutos de algo, determinados pelo passado, do que tentar romper com uma inércia que mantém cidadãos de primeira classe (homens, ricos, brancos, heterossexuais) e segunda classe (mulheres, pobres, negras e índias, homossexuais etc.). Tem sido uma luta inglória, mas necessária. Que inclui uma profunda reflexão sobre nossos próprios comportamentos. No final, será uma escolha entre a barbárie da intolerância e a civilização.

Fonte

Em menos de 48 horas, Hugo Chavez ultrapassa os 100 mil seguidores no Twitter

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frias, se tornou fenômeno instantâneo na rede de microblogs Twitter. Em menos de 48 horas após a sua adesão ao serviço, Chavez já somava mais de 104 mil seguidores únicos.

Sua entrada no twwitter ocorreu à zero hora de quarta-feira, 28 de abril. Às 18h12 de quinta (29), ele possuia 104.387 seguidores e já aparecia em 2.814 listas.

O presidente da Venezuela se disse surpreso com a adesão súbita. “Hola mis queridos Candangueros y Candangueras. Esto ha sido una explosión inesperada. Gracias.Thanks. Ahora en Barinas con Evo. Venceremos!!

Chavez, conhecido por seus discursos longos, fez apenas duas postagens no Twitter. Para seguí-lo també, clique aqui.