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Esquerda sofre dura derrota em Portugal

Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda, admitiu derrota
eleitoral, mas garantiu que o BE “não está vencido”. 

A esquerda portuguesa sofrou uma grave derrota eleitoral neste final de semana, durante as eleições legislativas para a Assembleia da República (o equivalente à nossa Câmara dos Deputados). O Bloco de Esquerda, até então principal partido de esquerda no país, viu sua bancada cair pela metade, de 16 para oito deputados. 
Já a Coligação Democrática Unitária (CDU), agrupamento que reúne o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista os Verdes (PEV), conquistou uma cadeira a mais do que nas últimas eleições, passando de 15 para 16 parlamentares. Desde 1991, a CDU varia entre 12 e 17 deputados, o que não causa necessariamente uma alteração concreta na correlação de forças portuguesas. 
Enquanto o Bloco de Esquerda caiu de 9,81% dos votos totais para 5,2%, a CDU teve uma pequena variação, de 7,86% para 7,9%. Já o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PTCP), agrupamento radicalizado e sem representação parlamentar, teve aumento na sua votação, mas ainda assim, não garantiu uma única cadeira na AR. Passou de 0,93% dos votos em 2009 para 1,1% em 2011. Ainda assim, o PCTP permanece como o maior partido extra-parlamentar de Portugal. 
Após as legislativas, apenas 5 partidos passam a ter representantes no parlamento. O Direitista PSD conquistou 105 cadeiras, seguido pelo Partido Socialista (PS) – agremiação da “ex-esquerda”  muito similar ao PT brasileiro – que conquistou 73 vagas.
A direita clássica, formada pela coligação CDS-PP, conquistou 24 vagas, seguida pela CDU com 16, e pelo BE, com 8. Com os resultados, a direita portuguesa terá maioria absoluta no parlamento, numa possível coalização entre PSD e CDS-PP. O PS deve se estabelecer como oposição numa postura de “centro-esquerda”, enquanto os 24 deputados do BE e da CDU devem protagonizar, ainda que enfraquecidos, a oposição de esquerda. 
Com informações do Público, esquerda.net e PCP