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Passeata pela federalização da Furb reúne 7 mil pessoas em Blumenau

Manifestantes protestaram embaixo de chuva pela federalização da Furb
A cidade de Blumenau vivenciou mais um protesto, na noite deste dia 24, pela federalização da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Segundo a assessoria do Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau (Seterb), aproximadamente 7 mil pessoas participaram da passeata.
No último dia 17 de agosto, o ministro da Educação Fernando Haddad descartou a possibilidade de federalização de universidades já existentes, como era a expectativa dos estudantes da Furb.A intenção do governo federal é criar uma nova universidade em Blumenau, ao invés de utilizar a estrutura já existente da Furb. 
A Furb é uma instituição de ensino ligada ao município de Blumenau, pertencente ao sistema Acafe. A passeata teve início na Furb e terminou no centro da cidade, nas escadarias da torre da catedral de Blumenau.
Tanto a reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como o sindicato dos professores da Furb estão apoiando a medida de federalização. 
Caso concretizada, essa será uma das maiores vitórias do movimento estudantil de Santa Catarina. A luta pela federalização da Furb deve se estender a todas as universidades ditas “comunitárias” do Estado, como a Univille, para garantir o real acesso dos estudantes ao ensino superior.

Dívidas do Sistema Acafe podem chegar a R$ 500 milhões

As instituições de ensino do sistema Acafe podem somar dívidas de R$ 500 milhões de reais com a Receita Federal. A quantia seria relativa ao Imposto de Renda (IR) não pago pelas Universidades e Centros Universitários da Acafe. 
Segundo o colunista Cláudio Prisco, de AN, a crise é tão grave, que desde 2002 nenhuma fundação pleiteou mais a transformação em universidade. Manter as fundações como Centros Universitários desobriga as instituições de compromisso com pesquisa e extensão, dois dos três pilares da educação superior. 
Ao mesmo tempo, as reitorias da Acafe querem aprovar um projeto de Lei que as isenta do imposto de renda, regularizando as chamadas “universidades comunitárias”ou universidades “públicas de direito privado”. Públicas na hora de pagar os devidos impostos ao governo, e privadas na hora de massacrar seus alunos com mensalidades. 
Prova deste déficit está na Univille. A universidade fechou o ano de 2010 com R$ 1,02 milhão no vermelho. Em 2009, teve déficit de R$ 4,56 milhões. 
É hora do movimento estudantil e social pautar com força a questão da federalização do sistema Acafe. É a maneira mais barata de ampliar o ensino público e gratuito.