Arquivo mensal: fevereiro 2010

Manifesto em apoio a Plínio de Arruda Sampaio

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O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), partido do qual faço parte, terá prévias em Abril para a escolha de seu candidato a presidente da república. Eu e outras centenas de lideranças do PSOL assinamos um manifesto pró-Plínio, como maneira de mobilizar para a Conferência Eleitoral que decidirá a candidatura. Plínio é favorito para realizar a tarefa.

Leia o Manifesto pela candidatura de Plínio de Arruda Sampaio pelo PSOL

Carlito Proíbe Protestos no Desfile

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Fiquei sabendo pelo estudante de jornalismo Gabriel Baggio: uma foto minha foi estampada na capa da Gazeta de Joinville desta semana. Em uma matéria sobre a proibição de realizar protestos no desfile de aniversário da cidade, a Gazeta utilizou uma foto do desfile de 2007.

Sobre a proibição – que considero extremamente antidemocrática – sugiro a leitura do artigo de Eliton Felipe Souza, professor de História em Joinville.

Tirando a foto, não sou citado na matéria.

Leia abaixo:

A Prefeitura de Joinville decidiu este ano proibir apresentações, ou até manifestações, em frente ao palanque de autoridades, onde estará o prefeito Carlito Merss (PT) no tradicional desfile de 9 de março, quando a cidade comemora 159 anos. Essa ação impossibilitará que entidades insatisfeitas com o Governo Municipal possam manifestar pedindo atenção do prefeito, como ocorreu em anos anteriores.

A nova norma foi divulgada pela própria Secretaria Municipal de Comunicação (SECOM). O documento delimita ainda o número de participantes de cada entidade e obriga cada grupo fazer inscrição previamente para se apresentar.

Além de causar alvoroço na oposição e na imprensa, a decisão do governo petista deixou integrante do próprio partido inconformado. O vereador petista Adilson Mariano diz que essa atitude da prefeitura é inadequada e inoportuna. “Como pode num país democrático, um prefeito proibir a manifestação. É um absurdo”, afirma o parlamentar.

Mariano explica que se o povo sabe que tem uma norma, se sente constrangido. Para ele, isso pode atrapalhar as possíveis manifestações. O petista conta ainda que o Partido dos Trabalhadores nasceu combatendo a Ditadura Militar.

‘Isso fere a democracia’, diz vereador

Se político do próprio partido está descontente, na oposição não é diferente. Segundo o vereador Maurício Peixer (PSDB), “é incoerente a ação do governo. Antes defendiam, agora estão contra”, argumenta o tucano. Para ele, o termo ‘apresentações’ coube como uma forma de proibir manifestações em frente ao palanque das autoridades.

Peixer já adiantou que vai entrar com pedido de informação e também acionará o Ministério Público e a Justiça. “Estranhamos a postura do partido. Isso fere a democracia. É ridículo”, esbraveja. Para o tucano, Carlito está com medo de manifestações.

Essa é a segunda vez que a prefeitura interfere em atos públicos e acaba com possíveis protestos contra o governo. O primeiro foi o cancelamento das comemorações do dia da Independência da República, alegando o surto de gripe A. No entanto outros eventos de grande porte realizados pela prefeitura naquele mês não foram cancelados.

Assim, em 2009, Joinville deixou de ter o Grito dos Excluídos, quadro tradicional em que diversos grupos sociais protestam contra injustiças e pedem atenção aos setores mais oprimidos da sociedade.

O que diz a prefeitura

A assessoria da prefeitura rebate e diz que essa regulação é somente para não atrasar os desfiles e manter a ordem das apresentações. O documento de regulação aponta ainda que os objetivos do desfile devam ser: promover a celebração do aniversário da cidade, possibilitar aos participantes apresentar projeto de caráter social e comunitário, além de transformar o local em alameda de lazer para a família.

Desfile temático
Para completar a lista de regras, pela primeira vez o desfile terá um tema, que será “Como gosto de você Joinville”.
Ao todo são 15 artigos apresentando todas as normas para que uma entidade possa participar do evento. O documento não foi datado e está publicado no site http://www.joinville.sc.gov.br.

Oposição de Esquerda vence eleições para o Sinsej


As eleições do Sindicato dos Servidores Municipais de Joinviille (Sinsej) culminaram com uma vitória importante para a categoria. A chapa 3, de oposição de esquerda, venceu o pleito com 1.134 votos. A segunda colocada, a chapa 5, fez 207 votos a menos.

A disputa foi histórica, já que 5 chapas se inscreveram no processo. Mesmo com uma visão estratégica equivocada – ingressar na CUT para tentar disputar seus rumos, por exemplo – a chapa representou os melhores setores organizados pela esquerda dentro da categoria.

A nova diretoria, presidida pelo professor Ulrich Beathalter (Esquerda Marxista/PT), assumirá o comando do sindicato no dia 20 de abril. As principais propostas são a recuperação das perdas salariais dos últimos dez anos e a redução da jornada de trabalho para 30 horas.

Resta saber como será a relação entre a nova gestão e a prefeitura, já que a Esquerda Marxista faz parte do PT, mesmo sendo oposição ao atual campo majoritário do prefeito Carlito.

Mega-Bancos lucram R$ 24 bilhões e demitem 10 mil em 2009

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Mesmo alcançando escandalosos lucros na ordem de R$ 24 bilhões, os três maiores bancos privados do país fecharam 10 mil postos de trabalho em 2009. Itaú-Unibanco, Bradesco e Santander são responsáveis pela façanha. Os dados são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos balanços das empresas.

O Itaú-Unibanco é responsável por boa parte dessas estatísticas. Ao todo, a instituição corresponde a 70% das demissões e a 42% dos lucros totais do “trio de ouro” banqueiro. ‘Só o Itaú lucrou R$ 10 BILHÕES no ano passado. Para se ter noção do absurdo, os lucros dos três maiores bancos são maiores do que todo o orçamento do Governo Federal para Educação em 2010, que é de R$ 21 bilhões.

Mas como é que os Mega-Bancos conseguem seus mega-lucros? Essa todo mundo sabe responder. Afinal, quem nunca foi surpreendido pelas dezenas de tarifas e taxas, pelos juros altos, pelos serviços não contratados?

Os limites da legalidade

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Leonel Camasão*

Uma onda criminosa assolava o interior do Estado da Bahia há pouco mais de 300 anos. Os governantes estavam horrorizados com a desordem social causada pelo bando. Os crimes e as fugas cometidas pelo líder dos bandidos eram tão numerosos e lendários que seu autor ganhou a fama de “imortal”.

Obviamente, o “meliante” não era imortal. Ele foi decapitado, e sua cabeça, exposta em praça pública para dar o exemplo. Seu nome era Zumbi dos Palmares, líder negro que cometeu o crime de lutar pelo fim da escravidão.

Hoje, três séculos depois, qualquer um concluí que a escravidão foi um crime contra a humanidade. A resistência “ilegal” foi amplamente necessária para o fim de tal regime. Assim foi também na ditadura militar.

Nos últimos 25 anos, temos assistido prisões e até assassinatos dos membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Diversos setores do judiciário, da sociedade e da imprensa os consideram criminosos perigosíssimos, apesar de lutarem por um motivo justo: a ampla e igualitária distribuição das terras do país.

Hoje, no Brasil, 1% dos proprietários são donos de 46% das terras privadas do País. O Índice de Gini, usado para medir a concentração de terra, confirma os dados. Em uma escala de zero a um, onde zero é a distribuição igualitária da terra e um é a concentração total, atingimos a desonrada marca de 0,872, nos tornando o país com a maior concentração de terras do mundo.

Será possível, portanto, conseguir a reforma agrária dentro da “legalidade”? Foi possível abolir a escravatura sem que milhares de negros escravos desrespeitassem as leis da época? Vemos que a legalidade tem limites e não está aí para fazer justiça, mas para impedir as mudanças que o país precisa.

Fomos o último país do mundo a abolir a escravidão. E provavelmente seremos o último a fazer a reforma agrária. Temos a esperança que, no futuro, olhem para nossa época e também considerem o latifúndio – assim como a escravidão – um crime contra a humanidade.

Leonel Camasão é jornalista e membro da Executiva Estadual do PSOL-SC

Fotos do Ato em solidariedade ao MST Santa Catarina

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Organizações populares, partidos e movimentos sociais realizaram um ato em solidariedade ao MST na cidade de Imbituba, onde três pessoas próximas do movimento foram presas no final de janeiro. Os militantes já foram libertados, mas a ação deixou evidente a criminalização dos movimentos sociais.

Estive presente fotografando o evento, e também falei em nome do PSOL Santa Catarina, prestando apoio à luta da reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais. Outros compromissos me impediram de postar as fotos aqui no blog antes, mas agora as disponibilizo para todos.

http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=71649

Carnaval 2010 – Bloco da Diversidade na rua!

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Mais de 200 pessoas participaram ontem do Bloco da Diversidade, Bloco oficial do Carnaval de Joinville organizado pela Associação Arco Íris. A participação do público foi intensa, e colocou em evidência a comunidade LGBT. Estive lá desfilando, e posto abaixo algumas fotos que foram chegando pelos e-mails.

http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=71649

PSDB acusa tríplice aliança de “Golpe contra Pavan”

O deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) divulgou, através de sua assessoria de imprensa e também pela newsletter do PSDB-SC, uma nota onde acusa os membros da tríplice aliança de armarem um “golpe” contra a candidatura do vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

A nota foi divulgada logo após o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, colocar novamente o nome à disposição do PMDB para disputar o governo do Estado. Nos bastidores, afirma-se que a movimentação é um arranjo para compor uma chapa Raimundo Colombo (DEM), com Dário de vice.

Dário estaria “cansado” da vida de prefeito (exerce o cargo a quatro mandatos consecutivos) e também dos inúmeros processos e investigações que sofre no cargo. Eleitoralmente, Dário como vice reforça a chapa de Colombo, pois Florianópolis é o maior colégio eleitoral de Santa Catarina. Além disso, a movimentação levaria o PSB de Djalma Berger para a tríplice aliança.

Leia a nota completa do PSDB

Golpe contra o PSDB/SC

A bancada do PSDB manifesta-se veementemente contra os movimentos de alguns segmentos da tríplice aliança para que Leonel Pavan não assuma o Governo do Estado. Os deputados do PSDB consideram as manobras como uma tentativa de golpe contra o vice-governador, eleito legitimamente. Também afirmam que o fogo amigo dentro da tríplice aliança está potencializando excessivamente as denúncias contra Leonel Pavan, com o objetivo de fulminar suas chances na disputa ao Governo do Estado, já que ele estava se mostrando o candidato mais forte, crescendo muito nas pesquisas internas de todos os partidos.

Nota divulgada pela Assessoria de Imprensa do
Deputado Marcos Vieira(PSDB)
Gutieres Baron
Assessor de Imprensa

PSDB acusa tríplice aliança de "Golpe contra Pavan"

O deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) divulgou, através de sua assessoria de imprensa e também pela newsletter do PSDB-SC, uma nota onde acusa os membros da tríplice aliança de armarem um “golpe” contra a candidatura do vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

A nota foi divulgada logo após o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, colocar novamente o nome à disposição do PMDB para disputar o governo do Estado. Nos bastidores, afirma-se que a movimentação é um arranjo para compor uma chapa Raimundo Colombo (DEM), com Dário de vice.

Dário estaria “cansado” da vida de prefeito (exerce o cargo a quatro mandatos consecutivos) e também dos inúmeros processos e investigações que sofre no cargo. Eleitoralmente, Dário como vice reforça a chapa de Colombo, pois Florianópolis é o maior colégio eleitoral de Santa Catarina. Além disso, a movimentação levaria o PSB de Djalma Berger para a tríplice aliança.

Leia a nota completa do PSDB

Golpe contra o PSDB/SC

A bancada do PSDB manifesta-se veementemente contra os movimentos de alguns segmentos da tríplice aliança para que Leonel Pavan não assuma o Governo do Estado. Os deputados do PSDB consideram as manobras como uma tentativa de golpe contra o vice-governador, eleito legitimamente. Também afirmam que o fogo amigo dentro da tríplice aliança está potencializando excessivamente as denúncias contra Leonel Pavan, com o objetivo de fulminar suas chances na disputa ao Governo do Estado, já que ele estava se mostrando o candidato mais forte, crescendo muito nas pesquisas internas de todos os partidos.

Nota divulgada pela Assessoria de Imprensa do
Deputado Marcos Vieira(PSDB)
Gutieres Baron
Assessor de Imprensa