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Marta recua e lei que criminaliza homofobia será arquivada no Senado

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) e o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, cederam às pressões das bancadas evangélicas  e resolveram desistir de emplacar o Projeto de Lei Complementar 122/2009 (PLC 122), que tornava a homofobia crime similar ao de racismo. O projeto tramitava a cinco anos no congresso. 
Para arquivar o projeto, Marta afirma que o PLC 122 está “demonizado” e quer fazer nova proposta. Ou seja, começar do zero. 
O arquivamento da principal bandeira LGBT no âmbito legislativo ocorre no momento de maior visibilidade da questão na imprensa, televisão, novelas, justiça e também no Congresso. Desde dezembro, os LGBTs conquistaram vários direitos sonegados, como a possibilidade dos casais declararem imposto de renda em conjunto, a união estável, e mais recentemente, a possibilidade de visitas íntimas para LGBTs presos. Sem falar que, em 2011, assumiu o primeiro militante LGBT na Câmara dos Deputados, o professor Jean Wyllys (PSOL-RJ). 
Ainda que com grande reprovação da população em geral, vários setores sociais já incorporaram a questão LGBT. Marta, que foi a primeira parlamentar a apresentar um projeto a favor dos homossexuais no Congresso, faz um desserviço à luta pelos direitos humanos no Brasil. 

Após bate-boca, senadora do PSOL entra com representação contra Bolsonaro

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) ingressou com uma representação na Procuradoria do Senado contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por quebra de decoro parlamentar.
Na manhã de quinta-feira (12), Marinor e Bolsonaro bateram boca no final da reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que discutiu o projeto que prevê punições para discriminação de homossexuais.
Na representação, a senadora disse que se sentiu ofendida pelas declarações do deputado.
Bolsonaro afirmou ao G1 nesta sexta-feira (13) que foi a senadora quem começou a discussão. “Todo mundo que ver a fita vai ver que eu estava lá, em silêncio, quieto, como papagaio de pirata, e ela veio para cima de mim, me agrediu, me chamou de corrupto e homofóbico. Ela deveria agradecer por eu estar divulgando uma cartilha do governo”, disse o deputado.
Durante a discussão no Senado na quinta, Bolsonaro afirmou que iria sugerir a elaboração de um projeto para aplicar punições para discriminação de heterossexuais e ainda provocou Marinor. “Ela [Marinor] não pode ver um heterossexual perto dela que sai batendo. Ela não pode ver um macho que fica louca. Tem que ter um projeto para criminalizar o preconceito hetero”, falou Bolsonaro.
Na justificativa da representação, a senadora afirmou que a atitude do deputado é “desrespeitosa”. Ela ainda disse que “sentiu ofendida em sua feminilidade”. Além da representação no Senado, o PSOL pretende ingressar com uma representação na Corregedoria da Câmara dos Deputados contra o parlamentar.
Bolsonaro criticou a senadora pela representação. “Ela tinha era de ficar quieta. Está faltando com o caráter, não tem vergonha na cara. Se ela acha que eu vou me acovardar está muito enganada. Que feminilidade tem uma mulher que sai batendo por ai. Ela [Marinor] não tem nada de feminilidade”, disse o deputado.
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‘Tu deveria ir pra cadeia’, diz senadora a Bolsonaro no Congresso
Presente à reunião, Bolsonaro, que é crítico das causas homossexuais, tentou exibir um panfleto “antigay” atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP) durante a entrevista que a parlamentar, relatora da matéria, concedia.
A atitude de Bolsonaro irritou a senadora Marinor, que iniciou a confusão dando um tapa nas mãos do deputado do PP, na tentativa de arrancar o panfleto exibido por ele.”Tira isso daqui, rapaz. Me respeita!”, advertiu Marinor, batendo no panfleto de Bolsonaro. “Bata no meu aqui. Vai me bater?”, respondeu Bolsonaro. “Eu bato! Vai me bater?”, rebateu Marinor. “Depois dizem que não tem homofóbico aqui. Tu és homofóbico. Tu deveria ir pra cadeia! Tu deveria ir pra cadeia! Tira isso daqui. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!”, prosseguiu a senadora do PSOL.
Fonte: G1