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"Passagem de ônibus de graça" – Entrevista de Leonel Camasão ao "A Notícia"

Foto: Leo Munhoz
PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITURA DE JOINVILLE
Passagem de ônibus de graça

A candidatura a deputado em 2008*, quando era desconhecido e fez cerca de mil votos em Joinville, levou o jovem Leonel Camasão (PSOL), de 25 anos, a buscar mais oportunidades na política. O desejo de concorrer à Prefeitura em 2012 ainda deve ser avaliado no partido, mas é uma maneira de o PSOL marcar presença no pleito municipal

Subsídio e tarifa zero no transporte público
“O transporte público acessível é uma das principais propostas do PSOL. Melhora a mobilidade e o planejamento. Para isso, é preciso criar uma estrutura que regule o sistema de ônibus. O serviço continua a ser feito por empresas, mas quem controla é a Prefeitura. Nesse sistema, aplicaríamos subsídio para chegar à tarifa zero. O dinheiro poderia vir de multas de trânsito, dos estacionamento públicos. O pagamento às empresas seria por quilômetro rodado, não por passageiros.”
Eleição direta para diretores
“Eleição direta para diretores é uma de nossas bandeiras e uma maneira de acabar com cargos comissionados também. Ela foi uma bandeira do PT no passado, mas não teve mudanças com o governo Carlito. Há exemplos interessantes em outras cidades, onde há eleições diretas para diretor, onde as escolas são melhor avaliadas. Há mais comprometimento, os pais participam mais da escola, porque são eles que escolhem o diretor, que tem autonomia para lutar por melhorias.”
Inversão da cobrança de impostos
“Defendemos uma inversão na lógica da cobrança dos impostos. Nossa visão é de que, quem tem uma renda maior, deve ser mais taxado. Quem tem renda menor, paga menos. Os maiores devedores do IPTU são grandes empresários ou empresas. É preciso fazer com que eles, que têm outras formas de sobreviver, paguem a dívida. Em último caso, pode-se até pensar na expropriação do terreno para uso público. Defendemos essa lógica para qualquer imposto.”
PLANEJAMENTO
“Pensamos o planejamento em duas linhas: a da mobilidade, que é uma das prioridades, e da habitação, que ajuda a controlar um crescimento desordenado. A proposta é de um programa habitacional consistente, que vai além do Minha Casa, Minha Vida, que hoje funciona mais como programa de aquecimento econômico do que programa de moradia. E precisa ser moradia para baixa renda. O Minha Casa, Minha Vida visa a erradicar a falta de moradia para a classe média e atinge 10%, 15% das classes mais pobres. Defendemos um programa municipal que atenda aos menos favorecidos.”
SAÚDE
“Precisamos retomar o controle efetivo do SUS. A Constituição determina que o SUS seja prioritário e a saúde privada seja complementar. Hoje, está equiparado. Em Joinville, mais ainda, até por causa desses hospitais privados que estão sendo construídos. O investimento privado desequilibra o SUS em Joinville. Não é à toa que a maior demanda em especialidades é por oftalmologista e se constrói um hospital de olhos na cidade, isso não é coincidência. A proposta do PSOL é investir pesado na Saúde, principalmente nas especialidades. Em um primeiro momento, poderia até ser feito mutirões, mas com cautela, para não exaurir os servidores da saúde. O reajuste para os médicos é bem-vindo. Também investiríamos no Programa Saúde da Família. Com mais prevenção, temos menos necessidade de alta complexidade. Outra questão importante é lutar por mais comprometimento federal com a Saúde. Só o município não dá conta.”
EDUCAÇÃO
“Uma proposta é inserir mais atividades complementares no currículo da educação, como aulas de artes, música, de cultura afro-brasileira, esportes, orientação sexual etc. Isso tem que ser feito aos poucos, começando com algumas experiências. A outra proposta é eleição direta para diretores.”
MOBILIDADE
“Há obras viárias que serão inevitáveis, mas não defendemos grandes elevados, grandes obras viárias, até porque não resolvem o problema. Esses grandes eixos, como o Eixão, mudam o congestionamento de lugar. A saída, além do transporte coletivo, é apostar em ciclovias. Talvez poderia ser discutido o anel viário, mas ele também pode ter problemas. É normal que dentro do anel, a cidade se desenvolva. Fora, cria-se uma periferia sem estrutura, com mais problemas ainda no transporte. Mas apostamos muito na tarifa zero do ônibus. Você melhora muito a mobilidade.”
SEGURANÇA
“O município pode trabalhar mais em relação à Defesa Civil. Temos que fazer limpeza de rios, drenagem do Cachoeira. Isso diminui o impacto das enchentes. A questão de policiamento, que não é competência do município, mas deve ser discutida, é a unificação e desmilitarização das polícias.”
MEIO AMBIENTE
“Hoje, órgãos ambientais trabalham muito para emitir licenças para obras e nada mais. A política ambiental passa por ampliação da fiscalização, com mais fiscais. E é necessário a universalização do saneamento básico, algo que não dá para fazer em quatro anos, mas que pode ser iniciado. Nesse ponto, defendemos uma Águas de Joinville inteiramente pública, sem participação privada.”
LAZER E TURISMO
“Hoje, as praças são cada vez mais feitas de concreto, de pedra. Acho que deveria ter grama, verde. Tem que ter mais praças, mais espaços de lazer na periferia. Não sei se o Parque da Cidade cumpre a demanda, mas tem que manter ele funcionando. Tem que reformar o Mirante, o Caieira. Não descartaria a construção de um grande parque. Agora, o que sentimos falta mesmo é de bibliotecas, de espaços culturais, de convivência.”
GESTÃO
“A estrutura é inchada e há ineficiência em algumas secretarias. Uma das primeiras medidas é extinguir as secretarias regionais. Os funcionários poderiam ser aproveitados em outras áreas. Geraria economia. Outra questão é a remuneração dos cargos comissionados. Londrina tem 300 cargos comissionados. Joinville, com o mesmo porte, tem 600. Precisamos combater inadimplência do IPTU e aumentar a arrecadação e implantar o IPTU progressivo. Quem tem mais vai pagar mais.”
 rogerio.kreidlow@an.com.br

"A bancada governista afrouxou no debate", afirma Marinor sobre PLC 122

Da esquerda para a direira: Leonel Camasão, secretário geral do PSOL-SC,
senadora Marinor Brito e Rodrigo Sartoti, do DCE da UFSC. 

A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no senado federal, debateu nessa sexta-feira (3) o tema da cidadania LGBT, do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A atividade foi promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), e contou com cerca de 70 pessoas.

Sobre o recente episódio envolvendo o PLC 122, que transforma a homofobia em crime similar ao de racismo, Marinor foi clara. “A bancada governista afrouxou no debate. O PT poderia ter bancado a aprovação do PLC 122 na Comissão de Direitos Humanos”, acredita.

Para ela, o governo tem recuado em propostas como o programa Escola Sem Homofobia por meio de negociatas sobre outros temas. Anthony Garotinho (PR) ameaçou o governo de votar pela convocação do ministro da Casa Civil Antônio Palocci caso Dilma não revogasse o programa.

Na abertura, Marinor fez uma explanação conjuntural sobre a situação da luta pelos direitos humanos no Brasil e suas conexões com outras lutas, e destacou o papel da universidade nessa questão.

“A universidade não pode deixar de debater os temas que interessam diretamente a sociedade brasileira. A questão da cidadania LGBT é um dos temas que tem pautado os debates em nível nacional. Quero que minha vinda aqui sirva para colaborar com esse e outros temas”, afirmou a senadora.

Apesar de elogiar a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece a união civil entre casais do mesmo sexo, Marinor criticou o que chamou de “judicialização da política”. “A política está sendo decidida na Justiça, e não no Congresso”, opinou.

O debate durou pouco mais de três horas, e contou com a presença de várias lideranças dos movimentos de direitos humanos e de cidadania LGBT da cidade.

"A juventude tem que levar adiante o nosso projeto", afirma Plínio

As considerações finais do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, durante o debate na TV Globo nesta quinta, foram emocionantes e retratam o espírito das campanhas do PSOL: a construção de um futuro sem a desigualdade, sem o desepero. Um futuro de esperança: o socialismo.

Assista as considerações finais de Plínio e no dia 3 de outubro vote pela mudança: vote 50.

Entrevista na Cultura AM: Professor Valmir defende "goverrnabilidade popular"

O candidato do PSOL ao governo de Santa Catarina, Professor Valmir Martins, defendeu durante entrevista à rádio Cultura AM de Joinville a “governabilidade popular”. Questionado como iria governar, caso eleito, sem maioria na assembleia, o candidato respondeu. “Para me eleger, seguramente terei mais de um milhão de votos. Vou garantir a governabilidade com esse um milhão de eleitores. Se for preciso protestar e pressionar a assembleia legislativa para aprovar nossos projetos, vamos mobilizar a população”, afirmou Valmir.

Além disso, Valmir Martins defendeu a auditoria da dívida pública, a aprovação da emenda 29, que obriga o governo federal a investir 10% da riqueza nacional em saúde, assim como a proposta de Tarifa Zero no transporte coletivo.

A entrevista foi acompanhada pelos candidatos Leonel Camasão (federal) e Tânia Ramos (estadual).

"Não basta ter um rostinho bonito. Tem que ter muita cuca no lance", brinca candidato Leonel Camasão

O ranking de “Musas e Galãs” elaborado pelo portal de notícias do Terra, que elencou os 25 candidatos mais belos das eleições 2010, acabou repercutindo em alguns jornais da região norte de Santa Catarina. O candidato a deputado federal Leonel Camasão (PSOL) apareceu na listagem, e acabou sendo destaque nos jornais locais por ser o único catarinense na lista.

Para o candidato, a citação na listagem de “mais belos” é elogiosa, mas pode ajudar a confundir o eleitor. “Claro que fiquei feliz com o elogio, todo mundo fica, não é mesmo? Mas acredito que só rostinhos bonitos não fazem a boa política”, afirma. “É como dizia uma personagem da escolinha do Professor Raimundo, na TV. Não basta ter um rostinho bonito, tem que ter muita cuca no lance”, brinca o candidato.

Na mesma listagem, aparecem políticos que não são comprometidos com as causas do povo, como o candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM), além de figuras inglórias da política, como Mulher-Pêra, Mulher-Melância, entre outros.

A exceção na listagem é a presença de Raul Marcelo (PSOL), deputado estadual em São Paulo e candidato a reeleição. “Raul representa o que há de melhor na Assembleia Legislativa Paulista e tem um mandato combativo, a serviço do socialismo”, argumenta Camasão.

Em Joinville, a matéria foi destaque na coluna dos jornalistas Rosane Felthaus e João Kamradt, de A Notícia.

Candidato a deputado federal pelo PSOL, Leonel Camasão apareceu no ranking elaborado pelo Terra como um dos 25 galãs e musas das eleições 2010. “A minha mãe ficou feliz da vida”, disse o candidato. Apesar de não ter a mínima ideia de como foi parar na tal lista, Leonel Camasão é o único candidato de Santa Catarina a aparecer na seleção. “Apesar de estar ao lado de algumas pessoas inglórias, tem que encarar numa boa, dar risada”, falou.

Em Jaraguá do Sul, a coluna de Carolina Tomaseli, de O Correio do Povo, destacou o candidato (foto).