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Sete anos da morte de Leonel Brizola

Hoje completam sete anos da morte de Leonel de Moura Brizola. Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes – Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Foi também presidente de honra da Internacional Socialista. 
Brizoal foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.
No governo do RS, praticamente universalizou o ensino, estatizou empresas estrangeiras e promoveu medidas que avançaram para a reforma agrária no RS, como a criação do Instituto Gaúcho de Reforma Agrária (IGRA). No governo do Rio, implantou os Centros Integrados de Educação Pública, escolas integrais com projeto pedagógico coordenado por Darcy Ribeiro. 
Quase não tomou posse quando foi eleito governador do Rio de Janeiro, no conhecido escândalo da Proconsult, onde a Rede Globo e os egressos do regime militar tentaram fraudar as eleições. A mecânica da fraude consistia em transferir votos nulos ou em branco para que fossem contabilizados para Moreira Franco, candidato do PDS (antiga Arena). Sobre o caso, já foram publicados os livros Plim-Plim: a Peleja de Brizola Contra a Fraude Eleitoral e o documentário britânico Muito Além do Cidadão Kane.  
Foi um dos grandes defensores da democratização das comunicações no Brasil e um dos principais inimigos da Rede Globo. Concorreu à presidência do Brasil por duas vezes. Resistiu bravamente ao golpe militar no país e foi exilado pelos ditadores. Apesar das imensas contradições que Brizola protagonizou, sua contribuição política ao Brasil é importantíssima. Sem sombra de dúvida, um dos principais político brasileiros de esquerda do século 20. 
O legado do PDT
Infelizmente, o partido criado por Brizola, o PDT, já está longe da esquerda há bastante tempo. Sua natural liderança terminou com sua morte, abrindo espaço para os corruptos tomarem conta do partido. Muitos dos que ainda se reivindicam brizolistas já deixaram o PDT. 
Em Santa Catarina, algumas lideranças e coletivos se reivindicam ou afirmam ter influência do caudilho em sua atuação, como é o caso do deputado Sargento Amauri Soares e da Brigada Socialista Autônoma (Brisa). 
Familiares de Brizola ainda hoje ocupam mandatos eletivos, como a deputada estadual Juliana Brizola (RS) e o deputado federal Brizola Neto.

O direito de resposta na Globo

Um dos principais episódios da TV brasileira envolveu Leonel Brizola. Após difamatória reportagem do Jornal Nacional envolvendo o então governador do Rio de Janeiro, Brizola garantiu judicialmente seu direito de resposta no mesmo Jornal Nacional, proferido por Cid Moreira. Veja o vídeo acima. 

Deputada Juliana Brizola poderá ingressar no PSOL no Rio Grande do Sul

Juliana Brizola (PDT, à esquerda) com os vereadores Fernanda
Melchionna (PSOL) e Pedro Ruas (PSOL), discutindo CPI para
investigar prefeitura de Porto Alegre


A vereadora e deputada estadual eleita Juliana Brizola (PDT-RS), neta do ex-governador Leonel Brizola, poderá desembarcar da sigla fundada pelo avô e ingressar no PSOL. É o que conta reportagem de hoje no jornal Zero Hora. A matéria, assinada por Paulo Germano, retrata as tensões entre Juliana e a cúpula do partido, que ocorreriam desde 2004.
De acordo com a matéria, Juliana Brizola é “um peixe fora d’água” na própria sigla” Diz a matéria
“As afrontas de Juliana já renderam chacoalhões diversos no PDT: desde 2004, ano da morte do avô, ela enfileirou protestos contra a cúpula (…) Agora em dezembro, bateu de frente com o governo municipal de Porto Alegre – comandado pelo colega pedetista José Fortunati – ao se aliar à oposição para defender a abertura de uma CPI”.
Não seria a primeira vez que um quadro de esquerda do PDT gaúcho rompe com a sigla em direção ao PSOL. Em 2005, o próprio Pedro Ruas, então no PDT, saiu do partido rumo ao PSOL.Em 2008, Ruas foi o segundo vereador mais votado de Porto Alegre.
A deputada eleita chegou a fazer uma conversa informal com o presidente do TRE-RS, acompanhada do vereador Pedro Ruas (PSOL) e do presidente do PSOL no RS, Roberto Robaina. A questão tratada seria de como trocar de partido sem perder o mandato, tendo em vista a fidelidade partidária. De acordo com a Lei, a mudança de partido só poderá ser realizada em casos de perseguição política ou caso o partido esteja atuando em desacordo com o seu programa. Ambas situações conferem no caso de Juliana, já que faz tempo que o PDT abandonou a bandeira do socialismo democrático.
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Paulinho e Força Sindical são condenados a pagar R$ 706,5 mil por desvios no FAT

SÃO PAULO – A Justiça Federal condenou o sindicalista e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e a Força Sindical, presidida pelo próprio deputado, a ressarcir R$ 235,5 mil aos cofres públicos, além de arcar com multa de R$ 471 mil. O valor total da condenação é de R$ 706,5 mil.

A 25ª Vara Federal Cível julgou parcialmente procedente ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo por irregularidades cometidas por Paulinho da Força e pela central na gestão de R$ 40 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para a execução do Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador (Planfor), no ano de 2001.
O Tribunal Regional Federal manteve a condenação do deputado em segunda instância. Foi determinado, também, que tanto o sindicalista quanto a Força Sindical sejam proibidos de contratar com o Poder Público ou que recebam incentivos ou benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por um período de cinco anos.
Segundo a Procuradoria da República, as irregularidades cometidas envolvem a contratação de escolas e cursos sem licitação, pagamentos antecipados, ausência de relatórios de fiscalização de execução dos contratos e utilização dos recursos do FAT de modo diferente do previsto na legislação.
A ação civil foi proposta pelo MPF em 2003, apontando a contratação do Instituto Paulista de Ensino e Cultura (Ipec), pela Força Sindical, por R$ 20,3 milhões, sem licitação. Além disso, o MPF detectou outra irregularidades, como listagens com inscrições simultâneas de um mesmo CPF em cursos realizados em Estados diferentes e na prestação de contas.

PT, PCdoB e DEM ganham força na Assembleia Legislativa

O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Democratas (DEM) foram os únicos partidos que obtiveram crescimento no número de cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). PT e DEM passaram de 6 para 7 parlamentares eleitos, e o PCdoB elegeu seu primeiro parlamentar da história de Santa Catarina, com Angela Albino.

Por outro lado, essas vagas foram conquistadas diminuindo as cadeiras do PMDB, PRB e PDT. O partido do senador eleito Luiz Henrique da Silveira perdeu uma cadeira, de 11 para 10. PRB ficou fora da Alesc com a não reeleição de Odete de Jesus (eleita em 2006 pelo extinto PL). Já o PDT, que possuía dois deputados, ficou apenas com Sargento Soares. As bancadas do PTB e PPS (um cada), do PSDB e do PP (seis cada) permaneceram inalteradas.

Líder do PDT desafia cúpula e se lança pré-candidato ao Governo de Santa Catarina

O deputado estadual Sargento Amauri Soares (PDT) lançou um desafio à cúpula e às bases pedetistas em Santa Catarina. Contrário ao acordo quase fechado entre o PDT e o PP de Angela Amin, que garantiria aos pedetistas a vaga de vice na chapa, Soares lançou-se pré-candidato ao governo de Santa Catarina.

Soares, que fez 40 mil dos 170 mil votos obtidos pelos candidatos do PDT à Alesc em 2006, chegou a declarar que não concorreria à reeleição caso a coligação com o PP fosse confirmada. Dias depois, lançou-se ao governo, e irá propor a votação da proposta na convenção do partido, em junho.

Palanque “pluripresidencial”

Caso ganhe nas internas do PDT, Soares declarou que pretende montar um “palanque pluripresidencial”, com apoios do PSOL, PV e PCB, que vão lançar, respectivamente, Plínio de Arruda Sampaio, Marina Silva e Ivan Pinheiro à presidência. Dos três partidos, dois já se definiram por candidatura própria no estado (PSOL e PV).

A vitória dentro do PDT, entretanto, será difícil. Além do comando de Maneca Dias, que quer garantir uma cadeira de deputado federal, Soares não deverá ter o apoio das principais lideranças do partido, como a do deputado Dagomar Carneiro e da cúpula pedetista.

Por 60 dias na Alesc, Angela Albino troca coligação com PDT pelo PT em 2010

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) rompeu o acordo prévio estabelecido com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) em dezembro de 2009, que pretendia manter as siglas unidas nas eleições 2010.

O acordo não foi para frente porque o PT conseguiu seduzir o PCdoB de uma maneira bastante eficaz. Petistas ofereceram mais dois meses de mandato para Angela – que é primeira suplente do PT na Assembleia Legislativa – com a licença do deputado Padre Pedro Baldissera. Em troca do mandato e da visibilidade, o PCdoB anunciou apoio oficial à pré-candidatura de Ideli Salvatti (PT) ao governo de Santa Catarina.

Em dezembro de 2009, Angela Albino (PCdoB) e Manoel Dias (PDT) assinaram uma “carta de intenções”, que objetivava a reedição a coligação realizada em Joinville e em Florianópolis em âmbito estadual.

Para Angela, a troca é boa, já que pretende concorrer a deputada estadual em 2010. Dessa vez, ela quer ser mais do que suplente.

Sem a coligação com os “comunitas”, o PDT aumentou seu passe, sendo cogitado para inclusive compor de vice na chapa de outra Angela: a Amin.

rodrigo defende o socialismo


Rodrigo Bornholdt (PDT) foi escolhido o candidato do PDT para disputar a prefeitura de Joinville hoje a tarde. Em seu discurso, ele defendeu o símbolo do partido. “Façamos brilhar a rosa socialista e trabalhista. Vamos fazer uma revolução em Joinville”, disse.

Rodrigo deve fechar com doutor Xuxo (PPS) de vice nas próximas semanas. Isso, é claro, se Xuxo não virar vice de Mauro Mariani (PMDB).

Perfil
Rodrigo Bornholdt – 34 anos
É advogado, doutor em direito e vice-prefeito. Nascido em Joinville, seu nome ganhou mais visibilidade após assumir o comando da Fundação Cultural. Por lá, seu trabalho mais expressivo foi a efetivação do Edital das artes, que permite todos os anos a produção e divulgação do trabalho dos artistas da cidade. Rompeu com o PMDB quando o governador Luiz Henrique não privilegiou seu nome à sucessão de Marco Tebaldi (PSDB).

Eles estão otimistas…

Os partidos políticos que não tem representação na Câmara estão otimistas quanto ao número de vereadores que podem eleger. O PDT acredita que poderá fazer três vereadores. O PSOL jura de pé junto que elegerá um nome, e essa é a prioridade máxima do partido para as eleições deste ano. Pequenas bancadas, como o PP, também pensam em três vagas. A novidade que pode garantir mais cadeiras para o PP é a candidatura da irmã de Kennedy Nunes.

Como o PSDB não terá candidato próprio a prefeito e como Tânia Eberhardt provavelmente será candidata a vice de Mauro Mariani, as bancadas tucana e peemedebista deverão sofrer baixas. Sorte nossa: quem sabe assim, algumas figurinhas carimbadas como roberto Bisoni e Luiz Bini não se reelejam.

Representação dos partidos na Câmara de Vereadores

PSDB – 6 Marco Aurélio Marcucci, MaurícioPeixer, Lauro Kalfels, Fábio Dalonso, Joaquim Alves dos Santos e Luiz Bini
PMDB – 4 Tânia Eberhardt, João Luiz Sdrigotti, Jucélio Girardi e Osmari Fritz.
DEM – 3 Odir Nunes, Sargento Eduardo e Zulmar Valverde
PT- 2 Marquinhos Fernandes e Adilson Mariano
PSL -1 Dalila Leal
PP – 1 Carmelina Barjona
PPS – 1