Arquivo mensal: janeiro 2011

Parlamentares do PSOL tomam posse nesta terça-feira

Da esquerda para à direita, Randolfe Rodrigues, Jean Wyllys,
Marinor Brito e Ivan Valente

As novas bancadas do PSOL na Câmara dos Deputados e no Senado tomam posse nesta terça-feira, dia 01 de fevereiro. Os deputados federais Ivan Valente (SP), Chico Alencar e Jean Wyllys (RJ) e os senadores Randolfe Rodrigues (AP) e Marinor Brito (PA) serão empossados às 10 horas.
Na Câmara, logo após a posse, se iniciará a movimentação para a formação dos blocos parlamentares. A formação de blocos é que define a distribuição de cargos da Mesa Diretora e das presidências das comissões permanentes. Às 15 horas, com os blocos já definidos, haverá uma reunião de líderes para a escolha dos candidatos à eleição da Mesa Diretora, que se compõe do presidente, de dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.
Às 18 horas terá início a eleição do novo presidente da Casa e os demais integrantes da Mesa Diretora. A eleição será feita por urna eletrônica, que substitui as cédulas de papel. A estimativa da Secretaria-Geral da Mesa é que a votação esteja encerrada em três ou quatro horas, se não houver segundo turno. Haverá oito urnas eletrônicas no plenário, em cabines privadas. As votações pelo método anterior demoravam de oito a dez horas.
Os parlamentares do PSOL na Câmara e no Senado se reúnem nesta segunda (31), às 17 horas, no Senado, para decidir se lançarão candidatos independentes à Mesa Diretora da Câmara. O senador eleito Randolfe Rodrigues já anunciou na última sexta-feira sua candidatura ao Senado. De qualquer forma, o partido manterá uma postura de independência na próxima legislatura. Na última semana, o PSOL divulgou um documento em que aponta as prioridades que, na avaliação do partido, deveriam estar sendo discutidas no processo de eleição da Mesa Diretora da Câmara. CLIQUE AQUI para ler a íntegra do documento.
A sessão solene de abertura dos trabalhos da 54ª legislatura do Congresso Nacional será realizada na quarta-feira (2), às 16 horas, no plenário Ulysses Guimarães. Durante a cerimônia, representantes do Executivo e do Legislativo entregarão as mensagens dos dois poderes para o início dos trabalhos na Câmara e no Senado.
“Começaremos um novo mandato mantendo nosso compromisso com o interesse público e a defesa dos direitos da parcela mais excluída de nossa população. Nos próximos quatro anos, a bancada do PSOL seguirá firme na sua tarefa de construir uma oposição programática, ideológica, de esquerda e democrática no Congresso Nacional”, afirmou Ivan Valente.

Vereadora Zilnete Nunes gastou R$ 10 mil em celular em 2010

A vereadora Zilnete Nunes (PP) gastou mais de R$ 10 mil reais em ligações telefônicas realizadas de seu aparelho celular oficial, pagos pela Câmara de Vereadores de Joinville. O valor é quase quatro vezes maior do que a média, que é de R$ 2.752,52. Os gastos com celular da vereadora do PP representam, em média, uma conta mensal de R$ 845.
O segundo vereador que mais gastou com ligações de celular foi o atual presidente da casa, Odir Nunes (DEM), que gastou menos da metade do valor utilizado por Zilnete. A conta telefônica de Odir foi de R$ 4.511,66.
Valor semelhante foi gasto por Osmari Fritz (PMDB) em fotocópias. O peemedebista consumiu R$ 9.506,90 na reprografia. Fritz também é o que mais gastou com material de expediente, totalizando R$ 2.072,32. Na conta geral de gastos com verbas de gabinete, ele também é o vereador “mais caro” de 2010, consumindo R$ 17.707,53. Ele é seguido por Odir Nunes, com  R$  17.348,95,e Zilnete Nunes, com  R$ 16.004,64. Cada vereador tem direito a R$ 3 mil mensais para despesas.

O levantamento dos dados foi realizado pelo jornal A Notícia. 


Revistas Semanais: Cadê a revolução Árabe?

As três maiores revistas semanais do Brasil demonstraram, mais uma vez, a parcialidade com que os fatos de destaque são escolhidos. Na semana em que o mundo árabe entrou em ebulição, as capas de Veja, Istoé e Época preferiram destacar o “sexo dos anjos” ao invés das revoltas populares no norte da África e Oriente Médio.

O mesmo tratamento não é dado para os vizinhos latino-americanos. Quando Chavez não renovou a concessão da RCTV – o que é prerrogativa de qualquer governo e acontece todo dia nos Estados Unidos – , foi execrado na imprensa. O governo egípcio, além de já ter assassinado 150 pessoas, mandou fechar a Al-Jazeera, principal rede de TV na cobertura dos protestos. 

Apenas a Carta Capital deu destaque aos eventos que ocorrem naquela região. Os protestos do lado de lá do mundo já são chamados de primeiras revoluções do século XXI e são marcantes pela forma de organização – muito ligada à internet.

O Altamiro Borges escreveu um artigo sobre. Leia aqui. 

Veja aposta em capa irrelevante com Globais…
Istoé prefere as peripécias religioso-midiáticas…

Época faz matéria de serviço 

… E somente Carta Capital fala do que interessa

Brasil exporta escravos para mercado de sexo

Para a ONU, o tráfico de pessoas é uma forma moderna de escravidão, e, pelas estimativas da própria organização, mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano a cada ano. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, dentro desta estatística quase 1 milhão de pessoas são traficadas no mundo, anualmente, com a finalidade de exploração sexual, sendo que 98% são mulheres, comércio que movimenta 32 bilhões de dólares por ano. Atualmente, uma das atividades criminosas mais lucrativas, uma verdadeira mina de ouro já que o investimento é quase zero, no caso dos trabalhos de uma vítima de exploração sexual, o serviço será vendido várias vezes por dia. O maior destino destes jovens é a Europa Mediterrânea, encabeçado por Espanha, seguido por Portugal e Itália, grandes receptores desta mercadoria brasileira.
Quase todas as vítimas têm um perfil similar: jovens ilusionados em mudar de vida, com precária situação econômica, pouca ou nenhuma formação escolar, desempregados, vivenciando a falta de oportunidades e com idade entre 18 e 30 anos. Muitos vivem em zonas rurais muito pobres. A operação começa pelo aliciamento das vítimas, falsas ofertas de trabalho no exterior, promessas de um futuro promissor. Alguns são atraídos para trabalhar como modelos, dançarinos, em hotelaria, ou mesmo no labor doméstico em casas de famílias.
Muitos sabem que vão trabalhar na prostituição, mas não imaginam em que condições, idealizam uma liberdade e uma cumplicidade entre companheiros, que não existe.
Em muitos casos, a captação é realizada por conhecidos, às vezes por gente da própria família, outras por pessoas que exerceram a prostituição e agora recebem comissões da organização. Como se trata de outro país, a quadrilha geralmente organiza toda papelada necessária como passaporte e papéis essenciais para entrar no território escolhido. Também se responsabilizam pela compra do bilhete de viagem, momento em que automaticamente a vítima dá início à sua dívida.
Os aliciados recebem instruções de como se vestir e atuar perante as autoridades do setor de imigração. Alguns grupos fazem escala em outros países do território Schengen, como França, para evitar, por exemplo, voos direto à Espanha. Os controles de imigração de Paris relaxam se o destino final não é o próprio país. Algumas pessoas viajam na companhia de integrantes do grupo que os ajudam nos controles alfandegários, em outras situações são recebidos no destino final, automaticamente retirando-lhes toda documentação e dinheiro que previamente receberam para ensinar ao controle de imigração do país.
Neste momento, passam a entender que o paraíso não existe, e, no caminho para o inferno, local onde vão permanecer e prostituir-se, começa a demonstração de poder: ameaça física e moral, fundamentados na vulnerabilidade dos novos prisioneiros. Em cárcere privado são submetidos à vexação como usar roupas íntimas e sensuais. Se há resistência por parte da pessoa, seguramente sofrerá coação, ou até ameaças à própria família que está no Brasil, mas que supostamente observada por algum integrante do bando. São severos os meios de controles, como trancafiamentos em pequenos quartos ou vigilância por circuitos de videocâmaras, até brutais agressões. Em saunas, bares, apartamentos, ou vias públicas, as vítimas deste tráfico são exploradas em diferentes pontos, na maior parte não sabem nem onde estão.
Rede de mulheres
Na Espanha, a prostituição está perfeitamente integrada dentro de um ambiente urbano. Periodicamente, são feitas mudança de endereço, para que ninguém se acostume com a zona, ou possa estreitar relações com os clientes mais habituais. Cada passo é bem planejado para não deixar vestígio e para tirar melhor proveito da situação. Às vezes, fazem o traslado da jovem coincidindo com o período menstrual para otimizar seu rendimento. Importante membro das redes são as “Mamis” ou controladoras, que vigiam as vítimas, neste caso, predominantemente mulheres. Ficam ao seu lado quase todo tempo e encarregam-se de que não escapem e para tranquilizá-las e fazê-las pensar que a circunstância não é a pior.
Para ler a reportagem completa e outras matérias confira a edição de dezembro da revista Caros Amigos, já nas bancas, ou clique aqui e compre a versão digital da Caros Amigos.

Marinor Brito será líder do PSOL no Senado

A senadora eleita Marinor Brito (PSOL-PA) será a nova líder do partido no Senado. Ela assume seu primeiro mandato como senadora após intensa batalha política pela aprovação da lei da “Ficha Limpa”. A lei desbancou o candidato Jader Barbalho que foi impugnado pelo STF por ter renunciado ao mandato, no ano passado, para evitar a cassação.

Com a experiência de quem foi professora, dirigente sindical em defesa da educação pública de qualidade para todos e em todos os níveis de ensino e vereadora do município de Belém por três legislaturas, Marinor pretende representar a população do seu estado, no Senado Federal, lutando pela igualdade social e inclusão do povo da Amazônia e o combate à corrupção.

Surpresa: a Tunísia era uma ditadura

Artigo de: Igor Fuser – Brasil de Fato
Quando eu ingressei como redator na editoria de assuntos internacionais da Folha de S.Paulo, um colega veterano me ensinou como se fazia para definir quais, entre as centenas de notícias que recebíamos diariamente, seriam merecedoras de destaque no jornal do dia seguinte. “É só olhar os telegramas das agências e ver o que elas acham mais importante”, sentenciou. Pragmático, ele adotava esse método como um meio seguro de evitar que o noticiário da Folha destoasse dos jornais concorrentes, os quais, por sua vez, se comportavam do mesmo modo. Na realidade, portanto, quem pautava a cobertura internacional da imprensa brasileira era um restrito grupo de três agência noticiosas — Reuters, Associated Press e United Press International, todas afinadíssimas com as prioridades geopolíticas dos Estados Unidos.
Passadas mais de duas décadas, a cobertura internacional da mídia brasileira ainda se orienta por diretrizes estrangeiras. A única diferença é que agora as agências enfrentam a competição de outros fornecedores de informação, como a CNN e os serviços de empresas como a BBC e o New York Times, oferecidos pela internet. Mas o conteúdo é o mesmo. O resultado é que as informações internacionais que circulam pelo planeta, reproduzidas com mínimas variações em todos os continentes, são quase sempre aquelas que correspondem aos interesses de Washingon.
Quem confia nessa agenda está condenado uma visão parcial e distorcida, uma ignorância que só se revela quando ocorrem “surpresas” como a rebelião popular que derrubou o governo da Tunísia. De repente, o mundo tomou conhecimento de que a Tunísia — um país totalmente integrado à ordem neoliberal e um dos destinos favoritos dos turistas europeus — era governada há 23 anos por um ditador corrupto, odiado pelo seu povo. Como é que ninguém sabia disso?
A mídia silenciou sobre o despotismo na Tunísia porque se tratava de um regime servil aos interesses políticos e econômicos dos EUA. O ditador Ben Ali nunca foi repreendido por violações aos direitos humanos e, mesmo quando ordenou que suas forças repressivas abrissem fogo contra manifestantes desarmados, matando dezenas de jovens, o presidente estadunidense Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, permaneceram em silêncio. Não abriram a boca nem mesmo para tentar conter o massacre. Só se manifestaram depois que Ben Ali fugiu do país, como um rato, carregando na bagagem mais de uma tonelada de ouro.
O caso da Tunísia não é o único na região.
No vizinho Egito, outro regime vassalo dos EUA, Hosni Mubarak governa ditatorialmente desde 1981. Suas prisões estão lotadas de opositores políticos e as eleições ocorrem em meio à fraude e à violência, o que garante ao governo quase todas as cadeiras parlamentares. Mas o que importa, para o “Ocidente”, é o apoio da ditadura egípcia às posições estadunidenses no Oriente Médio, em especial sua conivência com o expansionismo israelense.
Por isso, a ausência de democracia em países como a Tunísia e o Egito nunca recebe a atenção da mídia convencional, ao contrário da condenação sistemática de regimes autoritários não-alinhados com os EUA, como o Irã e o Zimbábue. É sempre assim: dois pesos, duas medidas.

Tarifa em Joinville deveria ser de R$ 1,57 se fosse regulada pela inflação

Um gráfico elaborado pela Frente de Transporte Público mostra que a tarifa de ônibus em Joinville deveria custar apenas R$ 1,57, caso fosse regulada pela inflação. A conta é baseada no Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC).

O gráfico demonstra que, entre 1996 e 2010, a inflação foi de 162%, enquanto os aumentos na tarifa de ônibus somaram 325%, ou seja, mais que o dobro da inflação.

Segundo nota da Frente, as tarifas praticadas são “antissociais”. “O transporte chega a consumir mais de 20% do orçamento dos brasileiros. Desse modo, se pratica uma tarifa antissocial, fazendo do transporte um artigo de luxo e excluindo milhões de pessoas desse serviço (segundo o IBGE, cerca de 37 milhões de pessoas são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar)”, afirma o site da Frente.

“Tuitaço” Nacional contra o aumento das tarifas de ônibus é um sucesso

O “tuitaço” nacional contra o aumento das tarifas de ônibus nas cidades brasileiras foi um sucesso. Iniciado nessa sexta-feira, às 10 horas da manhã, a tag #contraoaumento logo foi parar no topo dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e até no mundo. Até o momento, a tag permanece no topo dos assuntos mais comentados no Brasil.

A campanha foi iniciada por vários coletivos do Movimento Passe Livre, apoiadores, entre outros, indignados com os aumentos nas tarifas de ônibus em pelo menos 16 cidades brasileiras, entre elas, Joinville.

"Tuitaço" Nacional contra o aumento das tarifas de ônibus é um sucesso

O “tuitaço” nacional contra o aumento das tarifas de ônibus nas cidades brasileiras foi um sucesso. Iniciado nessa sexta-feira, às 10 horas da manhã, a tag #contraoaumento logo foi parar no topo dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e até no mundo. Até o momento, a tag permanece no topo dos assuntos mais comentados no Brasil.

A campanha foi iniciada por vários coletivos do Movimento Passe Livre, apoiadores, entre outros, indignados com os aumentos nas tarifas de ônibus em pelo menos 16 cidades brasileiras, entre elas, Joinville.

PSOL deve lançar Randolfe Rodrigues para a presidência do Senado

Randolfe com adesivo da campanha “Fora Sarney”, de 2009

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) avalia o lançamento de uma candidatura oposicionista à presidência do Senado Federal. Ate agora, o único candidato é José Sarney (PMDB-AP), aparente unanimidade entre o governo e a oposição de direita (PSDB-DEM-PPS).

O senador eleito Randolfe Rodrigues, também do Amapá, seria o nome ideal para contrapor o velho oligarca. Além de term sido eleitos pelo mesmo estado, Randolfe é adversário histórico de Sarney e representa a renovação, já que é o senador mais novo dessa legislatura.

O partido também estuda lançar um nome para a presidência da Câmara dos Deputados, que poderia ser Ivan Valente (PSOL-SP) ou Chico Alencar (PSOL-RJ).