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Carlito à vontade no Ielusc

Blogueiro durante entrevista com prefeito eleito
Foto: Caroline Bernardo


Carlito Merss era só sorrisos na noite de sexta-feira, 14 de novembro. O prefeito eleito deu sua primeira entrevista coletiva após o dia 26 de outubro – a última foi logo após vencer a eleição na mesma data. Ao invés de jornalistas da RBS e RIC, 60 alunos do curso de Jornalismo do Bom/Jesus Ielusc tiveram oportunidade de fazer qualquer pergunta ao futuro prefeito.

Carlito parecia descontraído e concentrado ao mesmo tempo. Alunas de Fotografia rodeavam-no, tentando um melhor ângulo. Chamou os servidores da saúde de heróis,e ainda disse que o São José vive um “literal desgoverno sob interferência político-partidária”.

Carlito falou ainda sobre esporte, educação e divisão de cargos. Gabriel Fronzi, do 2º semestre do curso, fez a pergunta na lata: quem o petista escolheria para presidir a Felej? Carlito despistou, e disse que tem nomes na cabeça. Até falou que pode ser “ele” ou “ela”. Será?

Carlito apelou também para adjetivos mais ideológicos ao falar de seu rival, Darci de Matos (DEM). Classificou a campanha de segundo turno como “padrão nazi-facista dos adversários”.

A última pergunta dos estudantes foi sobre transporte coletivo. Somente nessa, ele levantou-se para responder. Mesmo sem ninguém tocar no assunto, falou ser contra o passe-livre ou meia passagem para estudantes ricos e pobres.

– Daí vocês vão dizer que eu não sou comunista, que eu não sou socialista. Eu sou socialista. Só não acho que nós temos que tratar iguais os desiguais – disse.

O secretariado

Muito se especula sobre os novos secretários do prefeito eleito Carlito Merss (PT). Reproduzo aqui alguns palpites, sopros, boatinhos e conversas sérias sobre a nova equipe da prefeitura.

A Fundação Cultural de Joinville (FCJ) está em disputa entre Borges de Garuva e Silvestre Ferreira, ambos do PT. Charles Narloch (PDT), que até pouco tempo atrás presidia o órgão, pode ser um terceiro nome.

O PDT também tem interesse na pasta de Educação, que deve ser disputada com petistas como Ilanil Coelho, pró-reitora de Ensino da Univille.

A Secretaria de Infra-estrutura (Seinfra) deve ser ocupada por Nelson Trigo (PP), antigo candidato a vice na chapa de Kennedy Nunes (PP).

Tusi Helena, que coordenou a parte de rádio da campanha, deve ocupar algum cargo de chefia na Secretaria de Comunicação.

Outro nome que pode ser reaproveitado é o do ex-deputado estadual Francisco de Assis, candidato natural a deputado federal já que Carlito não vai concorrer em 2010. Assis ocupou nos últimos anos a Secretaria de Turismo de Itapema, no Litoral catarinense. A migração para a Promotur não seria maluquice.

Caso não tivesse apoiado Darci de Matos (DEM), Rogério Novaes (PV) seria o nome ideal para presidir o Ippuj. Entretanto, o PV deve ficar de fora do governo Carlito.

O único nome confirmado até agora é o do futuro chefe de gabinete do petista, Eduardo Dalbosco. Dalbosco é chefe do gabinete de Carlito em Brasília há 10 anos.

Palpitem aí também!

Placas irregulares no Petrópolis


Como é uma infração leve – a Justiça manda apenas retirar a placa – não virou matéria. Mas os candidatos Dalila Leal (PSL) e Darci de Matos (DEM) colocaram placas de campanha em terreno público, na esquina da Alfredo Wagner com a Pinheiro Preto. Diga-se de passagem, em frente à minha casa.

Nunca imaginei que o terreno fosse da prefeitura. Mas depois de checar no cadastro técnico, constatei que a área é do governo municipal, portanto, as placas estão irregulares. A justiça Eleitoral já foi informada, e prometeu mandar um fiscal para checar a situação.

Briga de sexta continuou na internet

O confronto físico entre cabos eleitorais do PDT e do PMDB, na sexta-feira, continuou com troca de ofensas entre Mauro Mariani (PMDB) e Rodrigo Bornholdt (PDT). Desta vez, as agressões foram por escrito, e distribuídas pela internet. Mariani afirmou em seu site que o líder maior do PDT, Leonel Brizola, “deve ter se revirado no túmulo” por conta do posicionamento do pedestista, o qual classificou de “antidemocrático”.
Já Rodrigo acusou que “o candidato de Rio Negrinho que veio exclusivamente para concorrer a essa eleição”, e que, “segundo o seu candidato a vice-prefeito, se ganhar, abandonará a cidade para ir para Florianópolis na próxima eleição”.
O comportamento de Rodrigo se tornou mais agressivo nas últimas semanas. As críticas são dirigidas principalmente contra Mauro Mariani e Darci de Matos (DEM). Sem subir nas pesquisas, Rodrigo parece ter partido para o tudo ou nada.

Por enquanto, Darci e Carlito no segundo turno

Se as pesquisas de opinião se confirmarem em votos, Joinville terá mesmo Darci de Matos (DEM) e Carlito Merss (PT) no segundo turno. Tem muita gente do PMDB torcendo para que Mauro Mariani (PMDB) cresça um pouco mais – ele tem 9.9% na pesquisa Mapa/RBS e 12% na Brasmarket/RIC.

Caso se confirme o embate clássico PT contra DEM, Darci de Matos não terá muito o que comemorar. Além de Kennedy Nunes (PP), Rogério Novaes (PV) e Rodrigo Bornholdt (PDT),tudo caminha para que Mauro Mariani (PMDB) – pelo menos por vontade própria – apóie o PT. Em debates, eventos públicos e entrevistas, Mariani sempre elogia Carlito e ambos trocam sorrisos e gracejos.

O DEM, por sua vez, conta com a intervenção do governador para ter o apoio do PMDB. Vamos ver no que vai dar.

“Tenho certeza de que o PMDB será governo a partir de 2009”

Posso estar sendo cruel, mas achei muito pertinente a fala do senador Neuto de Conto (PMDB) durante comício de Mauro Mariani, aqui em Joinville. Aos berros, como em todo bom comício, Neuto disparou. “Tenho certeza de que o PMDB será governo a partir de 2009”.

Sim, eu também tenho quase certeza. A única possibilidade de o PMDB não ser governo em 2009 é com a vitória de Kennedy Nunes (PP) para prefeito.Ou o leitor do blog acha que o PMDB não será base caso o novo prefeito seja Darci de Matos (DEM), Carlito Merss (PT) ou Rodrigo Bornholdt (PDT)?

Comícios/1

“Aquele homem que matava e torturava o povo catarinense na ditadura militar também tem um candidato em Joinville”.

“O Amim tem o seu candidato porque quer mandar em Joinville”.

“O Luiz Henrique chegou com esse cara lá do interior e disse: votem nele porque eu estou mandando. Será que Joinville não tinha um candidato para a cidade? Não queremos mais as oligarquias no poder. “

Essas foras três frases de efeito pronunciadas pelo candidato a vice na chapa de Rodrigo Bornholdt, João Gaspar Rosa, durante comício da coligação Força Joinville, na sexta-feira. Gaspar comandou a festa e falou, no mínimo, o triplo de tempo de Rodrigo.

Com críticas severas à Kennedy Nunes (PP), Darci de Matos (DEM) e Mauro Mariani (PMDB), Gaspar parece ter se convertido na arma de Rodrigo para atacar os adversários sem se queimar.

A fala de Rodrigo foi breve. O candidato acusou os oponentes de estarem “desesperados” e de que as pesquisas de intenção de voto são compradas. Na última delas, Rodrigo não marca nem cinco pontos.

Dois pesos, duas pesquisas

Mesmo que cada um esteja puxando para o seu lado, a divulgação de duas pesquisas eleitorais em Joinville deixou o meio político em polvorosa essa semana.

No domingo, A Notícia publicou estudo feito pelo Instituto Mapa, que mostra Darci de Matos (DEM) e Carlito Merss (PT) em situação de empate técnico. Darci apresenta 23%, enquanto Carlito, 21,6%. O terceiro colocado, Kennedy Nunes (PP), aparece com 16,3%.

Já na quinta-feira, pesquisa realizada pela Gazeta/Univali mostra Carlito com 23,4%, enquanto Darci estaria empatado com Kennedy Nunes (PP), ambos com 18,65%.

A pesquisa do Grupo RBS é a primeira do ano, portanto, não há como comparar com resultados anteriores.

Já a pesquisa Gazeta/Univali foi feita nos meses de abril, junho e agosto. Segundo o semanário, o candidato do DEM teria caído 10 pontos entre abril e agosto.

Vale lembrar: Yeda Crusius (PSDB) e Jacques Wagner (PT) ganharam as eleições em 2006 contradizendo todas as pesquisas de opinião.

santinho do milhão

Hoje, chegou em minhas mãos o primeiro santinho da campanha eleitoral. Nele, Darci de Matos (DEM) aparece em um bom retrato, ladeado por um Fábio Dalonso (PSDB) quase chinês de tão amarelo. Carregaram na maquiagem do candidato a vice.

Mas não é só a maquiagem que chama a atenção do panfletinho. Observando aquelas letras miúdas, onde constam CNPJotas e outras burocracias, aparece a tiragem do material: 1 milhão de exemplares.

São dois panfletos para cada habitante da cidade.

O crescimento do dem em Joinville…

O Democratas, partido de um dos principais candidatos a prefeito em Joinville, está prestes a sofrer um crescimento considerável. Em 2004,ainda chamado PFL, o partido elegeu dois vereadores: Darci de Matos e Odir Nunes. Darci foi o vereador mais votado da história de Joinville, com mais de 7 mil votos. A bancada aumentou depois que Zulmar Valverde trocou o PT pelo PFL.

Como Darci virou deputado estadual em 2006, Sargento Eduardo assumiu a cadeira, depois de ter uma votação expressiva em 2004.

De uma forma ou de outra, o DEM de Joinville fez um movimento incomum nos partidos políticos em geral: permitiu o desenvolvimento de novas lideranças. Com candidato a prefeito, o partido ganhará muitos votos na proporcional, e provavelmente aumentará a bancada, independente de Darci ganhar ou não a prefeitura.

O movimento partidário joinvilense, entretanto, contraria a tendência nacional do DEM. Entre os seis maiores partidos do país (PMDB, PP, PT, PSDB, PDT e DEM), a queda no número de candidatos a prefeito pela legenda foi de 29% comparando com as eleições de 2004. Em vereadores, a baixa foi de 17,6%.Em seguida, também com queda muito grande, vem o PT, com 16,4% em prefeituráveis e 8,6% em vereadores.

… e o encolhimento do DEM no Brasil

Mas não foi apenas em prefeitos que o partido está caindo. Em 2007, o DEM deixou o seleto grupo de seis partidos com mais de 1 milhão de filiados. No ano passado, mais de 31 mil pessoas cancelaram a ficha no partido, diminuindo os militantes de 1,028 milhão para 996 mil. O motivo da queda, a princípio, foi uma “limpa” no partido, que mudou de nome para tentar mudar a situação.

Em número de estados governados, o DEM também passa pela pior fase de sua história. Em 1990, o PFL tinha o poder em sete estados. Em 1994, caiu drasticamente para dois. Recuperou-se bem, na reeleição de FHC, com seis estados governados. Cai para quatro na primeira eleição de Lula e para um em 2006, conquistando apenas o Distrito Federal.

Na Câmara Federal, o DEM elegeu 65 deputados. Atraídos pelas benefes de ser governo, 12 deputados deixaram o partido para integrar a base do governo Lula.

Como se não bastasse, o site do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral fez um levantamento dos políticos punidos por crimes eleitorais (compra de votos, transporte de eleitores, etc). Dos 623 políticos punidos, 20,4% são do DEM, 19,5% são do PMDB e 17,1 são do PSDB.

Ou seja, os partidos da tríplice aliança de LHS representam 57% dos políticos cassados no Brasil por crimes eleitorais. Os outros 43% se dividem em frações por outros 18 partidos. Dos grandes, PP representa 7,7%, PDT 6,8 e PT 2,9%.